sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

MINISTÉRIO DA ACOLHIDA

SEJAM TODOS BEM- VINDO... QUE A PAZ ESTEJA COM TODOS!


O Ministério da Acolhida é um elemento constitutivo da evangelização que revela o coração de Jesus cheio de misericórdia e de esperança. Sendo ela uma ação eclesial, o Ministériol envolve a todos, pois "a evangelização é obra de todos e a unidade é força motora de qualquer pastoral "(EM 60).
Assim como Deus nos acolheu como filhos pelo batismo e outras graças, devemos acolher os irmãos. Jesus foi o primeiro e grande acolhedor do Novo Testamento, como provam tantos episódios do Evangelho. O seu amor trabalha com o caráter de cada um Pedro, Nicodemos, Levi, Zaque, Saulo de Tarso, etc. Jesus, o missionário, sai à procura das pessoas.
É importante manter em mente a quem queremos acolher. Cada pessoa, inserida num contexto social, mantém a sua individualidade que deve ser respeitada ao ponto de ser considerada o alicerce sobre o qual se constrói a fé, a mensagem de Jesus. O Ministériol visa respeitar para evangelizar a índole da pessoa, da sua cultura e do seu contexto sócio político. A História da Igreja primitiva nos mostra como os Apóstolos acolheram, de forma diferenciada, judeus e pagãos, gregos e romanos. Eles souberam inculturar a doutrina em diferentes ambientes. Hoje, nós vivemos num mundo de transformações rápidas e profundas. O nosso modo de acolher deve acompanhar este passo e encontrar estratégicas pastorais diferenciadas e adequadas à diversas situações e centros de decisões que afetam a vida do nosso povo. O Ministério da acolhida deve exercer um carinho especial para com os mais sofredores e os carentes de Deus Libertador.

Hospitalidade é Acolhimento. É saber ouvir, atender, servir e lidar bem com as pessoas.
O acolhimento é um trabalho interminável e muito dinâmico. Exige persistência, perseverança e criatividade. O Movimentol da Acolhida deve deixar transparecer que os católicos também são pessoas vitoriosas e vencedoras. Passar uma imagem real de que o Catolicismo também aprova a prosperidade, para isso são exigidas Audácia e Coragem, porque Acolher é também ir além do âmbito interno da igreja. Há necessidade de sair, ir a campo, usar a criatividade para atrair e reconquistar os católicos que se afastaram da prática religiosa. Esse é o principal objetivo do Ministério da Acolhida, atrair e conquistar cada vez mais a comunidade, cultivando o sentido de que somos uma grande Família. “Faça aos outros o que gostaria que os outros fizessem à você.” Lc 6, 31
O Ministério da acolhida não se trata de mais um movimento, que eventualmente ficasse na porta da igreja para receber fiéis. Quer-se promover uma mentalidade que perpasse todas as pastorais e empenhe cada fiel no sentido de acolher, com carinho e fé, os irmãos. Nem se limitará a receber os que vêm, para lhes dar as boas-vindas e criar em torno deles um ambiente de bem-querer, mas também irá àquelas pessoas que, por uma ou outra razão, não se aproximam de nós. Sentimo-nos impelidos a ir até elas. Nesse sentido, entende-se que evangelizar é acolher. Ninguém nos pode ser estranho ou excluído.

O espírito da acolhida deve permear todos os ambientes da Igreja. Privilegiará os afastados e os que mais necessitam de carinho. Precisamos criar um espírito de família. Não de uma família esfacelada e em crise. Aprendemos das Diretrizes da Ação Evangelizadora que a essência da vida cristã é o amor. Por isso entendemos que católico verdadeiramente praticante é quem ama. E amor necessariamente tem nome próprio. Não se ama em geral. São pessoas concretas, que se procuram conhecer, acolher e amar.

S. João, na sua Primeira Carta, dá a razão mais profunda de amor como essência da vida cristã. Poderíamos apelar para o mandamento de Cristo, que Ele chama de 'novo': 'O que vos mando é que vos ameis uns aos outros'. Mas como o termo mandamento, derivado de mandar, cheira a imposição, o discípulo amado explicita, na sua Primeira Carta: 'Quem ama conhece a Deus' (1 Jo 4,7). E inverte, para garantir que não exagerou nem se enganou: 'Aquele que não ama não conhece a Deus' (1 Jo 4,8). Isso significa que, quando alguém se professa ateu ou entra em crise de fé, o problema não é intelectual. Não se trata de idéias mal formuladas ou de argumentos racionais insuficientes. Em outras palavras: não é a cabeça que está em crise, mas o coração. Quem não crê em Deus tem o coração vazio: não ama, o que equivale a dizer: não sente e não faz uma experiência de Deus. O próprio João nos dá a razão disso: 'Deus é amor' (1 Jo 4,8). Ele não cabe em nossas idéias, que são finitas e tiradas das coisas sensíveis, mas cabe no amor, que é participação de sua natureza. Quem ama, pelo próprio fato de amar, faz uma experiência de Deus. Sente Deus, mesmo que não consiga exprimi-lo em conceitos. Por isso tinha, razão Pascal ao refutar os racionalistas de seu tempo. Dizia que o coração tem razões que a própria razão desconhece. Quem experimenta sabe!

O Ministério da Acolhida leva-nos, pois, ao âmago da fé e da vida cristã. Começa em casa, entre os familiares; estende-se aos vizinhos, aos membros da comunidade e vai mais longe, para atingir os irmãos de outras confissões religiosas, os afastados, os tristes, os sofredores... É o amor que não tem limites. Por ele somos capazes de dialogar com todas as pessoas e todas as instituições.

Mas a convivência humana não é sempre pacífica. Envolve tensões, ofensas e até traições. Por isso exige não só compaixão, como também perdão. Convivemos com pessoas e instituições diferentes e, muitas vezes, contrapostas. Elas têm a missão de purificar nosso amor, tornando-o autêntico e desinteressado. Não por nada o perdão é exigência fundamental numa igreja e humanidade pecadora. Até sete vezes? Não! garante Jesus: até setenta vezes sete. E Ele mesmo põe a condição para nossa oração e o perdão por parte de Deus: 'Perdoai-nos assim como nós perdoamos' (Mt 6,12).

Cada irmão que se propõe a estar no Ministério da Acolhida em uma Paróquia precisa ter a certeza no coração de que cada pessoa que ele acolhe é o próprio Jesus que nele se manifesta de maneira concreta para que aquele que chega possa sentir o amor de Deus.
O acolhedor faz o que Jesus pediu que fizessemos:
Acolher: que significa = admitir em sua casa ou companhia, receber bem, hospedar, amparar no sentido de prestar auxilio e sustentar na queda, preservar, apoiar.
Todos nós precisamos aprender acolher do jeito de Jesus, que não olha o pecado mas o pecador, e agindo assim,ama aquele que chega,ao ponto desse amor transformar a vida daquele que foi acolhido.
Força irmãos na acolhida da nossa Santa Igreja Catolica Apostólica Romana que sempre foi guiada pelo Espírito Santo e que suscita nos seus membros um novo ardor e novos métodos de evangelizar.


(Texto original do site www.pvsantoantonio.com.br)

Um comentário:

Divinius disse...

A LUZ QUE TE DEIXO É DA COR DA MINHA VIDA...)
Gostei de ler:)
Comenta o meu blog:)
Bom fim de semana:)