quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Homilia de Bento XVI na Quarta-feira de Cinzas - 17/02/2010

"Vós amais as criaturas, Senhor,
e nada desprezais daquilo que criastes;
vós esqueceis os pecados daqueles que se convertem e os perdoa,
porque vós sois o Senhor nosso Deus"
(Antífona de Entrada)

Venerados Irmãos no episcopado,
queridos irmãos e irmãs!

Com essa comovente invocação, extraída do Livro da Sabedoria (cf. 11, 23-26), a liturgia introduz a celebração eucarística da Quarta-feira de Cinzas. São palavras que, de certo modo, abrem todo o itinerário quaresmal, colocando como seu fundamento a onipotência do amor de Deus, o seu absoluto senhorio sobre toda a criatura, que se traduz na indulgência infinita, animada pela constante e universal vontade de vida. Efetivamente, perdoar alguém equivale a dizer-lhe: não quero que você morra, mas que viva; quero sempre e somente o seu bem.

Essa absoluta certeza ajudou Jesus durante os quarenta dias transcorridos no deserto da Judeia, após o batismo recebido por João no Jordão. Aquele longo tempo de silêncio e de jejum foi para Ele um abandonar-se completamente ao Pai e ao seu desígnio de amor; esse tempo foi ele mesmo um "batismo", isto é uma "imersão" na sua vontade, e, nesse sentido, uma antecipação da Paixão e da Cruz. Adentrar-se no deserto e permanecer ali longamente, sozinho, significava expor-se voluntariamente aos assaltos do inimigo, o tentador que fez Adão cair e por sua inveja a morte entrou no mundo (cf. Sb 2, 24); significava travar com ele a batalha em campo aberto, desafiá-lo sem outras armas a não ser a confiança sem limite no amor onipotente do Pai. Basta-me o vosso amor, alimento-me da vossa bondade (cf. Jo 4, 34): essa convicção habitava a mente e o coração de Jesus durante essa sua "quaresma". Não foi um ato de orgulho, uma iniciativa titânica, mas uma escolha de humildade, coerente com a Encarnação e o Batismo no Jordão, na mesma linha de obediência ao amor misericordioso do Pai, que "amou tanto o mundo que entregou o seu Filho único" (Jo 3, 16).

O Senhor Jesus fez tudo isso por nós. O fez para salvar-nos, e ao mesmo tempo para mostrar-nos o caminho para segui-lo. De fato, a salvação é dom, é graça de Deus, mas para ter efeito na minha existência requer o meu assentimento, um acolhimento demonstrado nos fatos, isto é, na vontade de viver como Jesus, de segui-lo. Seguir Jesus no deserto quaresmal é, portanto, condição necessária para participar da sua Páscoa, do seu "êxodo". Adão foi expulso do Paraíso terrestre, símbolo da comunhão com Deus; agora, para retornar a essa comunhão e, portanto, à vida eterna, é preciso atravessar o deserto, a provação da fé. Não sozinhos, mas com Jesus! Ele – como sempre – precedeu-nos e já venceu o combate contra o espírito do mal. Eis o sentido da Quaresma, tempo litúrgico que todo ano nos convida a renovar a escolha de seguir Cristo no caminho da humildade para participar da sua vitória sobre o pecado e sobre a morte.

Nessa perspectiva se compreende também o sinal penitencial das Cinzas, que são colocadas na cabeça daqueles que iniciam com boa vontade o itinerário quaresmal. É essencialmente um gesto de humildade, que significa: reconheço-me por aquilo que sou, uma criatura frágil, feita de terra e destinada à terra, mas também feita à imagem de Deus e destinada a Ele. Pó, sim, mas amado, plasmado por seu amor, animado por seu sopro vital, capaz de reconhecer a sua voz e de responder-lhe; livre e, por isso, capaz também de desobedecer-lhe, cedendo à tentação do orgulho e da autossuficiência. Eis o pecado, doença mortal entrada cedo para poluir a terra abençoada que é o ser humano. Criado à imagem do Santo e do Justo, o homem perdeu a sua inocência e agora pode voltar a ser justo somente graças à justiça de Deus, a justiça do amor que – como escreve São Paulo – "opera pela fé em Jesus Cristo" (Rm 3, 22). Dessas palavras do Apóstolo extraí a abordagem para a minha Mensagem, dirigida a todos os fiéis por ocasião da Quaresma: uma reflexão sobre o tema da justiça à luz das Sagradas escrituras e de seu cumprimento em Cristo.

Também nas leituras bíblicas da Quarta-feira de Cinzas está bem presente o tema da justiça. Em primeiro lugar, a página do profeta Joel e o Salmo responsorial – O Miserere – formam um díctico penitencial, que evidencia como na origem de toda injustiça material e social se encontra o que a Bíblia chama "iniquidade", isto é, o pecado, que consiste fundamentalmente numa desobediência a Deus, significa uma falta de amor. "Pois – confessa o Salmista – reconheço minhas transgressões e diante de mim está sempre meu pecado; pequei contra ti, contra ti somente, pratiquei o que é mau aos teus olhos" (Sl 50/51, 5-6). O primeiro ato de justiça é, portanto, reconhecer a própria iniquidade, e reconhecer que ela está radicada no "coração", no próprio centro da pessoa humana. Os "jejuns", os "prantos", as "lamentações" (cf. Gl 2, 12) e toda expressão penitencial têm valor aos olhos de Deus somente se são sinal de corações sinceramente arrependidos. Também o Evangelho, extraído do "sermão da montanha", insiste sobre a exigência de praticar a própria "justiça" – esmola, oração, jejum – não diante dos homens, mas somente aos olhos de Deus, que "vê no segredo" (cf. Mt 6, 1-6.16-18). A verdadeira "recompensa" não é a admiração dos outros, mas a amizade com Deus e a graça que dela deriva, uma graça que doa paz e força para fazer o bem, amar também quem não o merece, perdoar quem nos ofendeu.

A segunda leitura, o apelo de Paulo a deixar-nos reconciliar com Deus (cf. 2 Cor 5, 20), contém um dos célebres paradoxos paulinos, que reconduz toda a reflexão sobre a justiça ao mistério de Cristo: "Aquele que não conhecera pecado – isto é, o seu Filho feito homem – Deus o fez pecado por causa de nós, a fim de que, por ele, nos tornemos justiça de Deus" (2 Cor 5, 21). No coração de Cristo, isto é no centro da sua Pessoa divino-humana, jogou-se em termos decisivos e definitivos todo o drama da liberdade. Deus levou às extremas consequências o seu desígnio de salvação, permanecendo fiel a seu amor também a custa de entregar o Filho unigênito à morte, e à morte de cruz. Como escrevi na Mensagem quaresmal, "aí se abre a justiça divina, profundamente diferente da justiça humana [...] graças à ação de Cristo, nós podemos entrar na justiça "maior", que é a justiça do amor" (cf. Rm 13, 8-10).

Caros irmãos e irmãs, também em nossos dias a humanidade precisa ter esperanças em um mundo mais justo, acreditar que isso é possível, apesar das desilusões que vêm das experiências cotidianas. Iniciando uma nova Quaresma, um novo caminho de renovação espiritual, a Igreja indica a conversão pessoal e comunitária como único caminho não ilusório para formar sociedades mais justas, onde todos possam ter o necessário para viver segundo a dignidade humana (cf. Mensagem para a Quaresma 2010). Confessemos, portanto, sinceramente os nossos pecados, convertamos-nos a Deus com todo o coração e deixemos-nos reconciliar com Ele. Assim, com a graça de Cristo e a celeste intercessão de Maria Santíssima, poderemos testemunhar com toda humildade a justiça que é dom de Deus, e ajudar a comunidade humana a progredir segundo a caridade na verdade.



Mensagem do Papa Bento XVI para a Campanha da Fraternidade 2010



Ao Venerado Irmão D. Geraldo Lyrio Rocha
Presidente da CNBB e Arcebispo de Mariana (MG)

Com a quarta-feira de cinzas, volta aquele tempo favorável de salvação, que é a Quaresma, com seu apelo insistente: "Reconciliai-vos com Deus" (2Cor 6,2); brado este, que deve ressoar nos lábios daqueles que anunciam a Palavra de Deus: "Encarregarei os meus ministros de anunciar aos pecadores que estou sempre pronto a recebê-los, que a minha misericórdia é infinita" (Carta para a proclamação de um Ano Sacerdotal, 16/VI/2009). Estes sentimentos divinos foram confiados ao Santo Cura d'Ars, que, no seu tempo, soube transformar o coração e a vida de muitas pessoas, porque conseguiu fazer-lhes sentir o amor misericordioso do Senhor.

Eu desejo o mesmo sucesso às Igrejas e Comunidades Eclesiais no Brasil que, este ano, decidiram unir seus esforços para reconciliar as pessoas com Deus, ajudando-lhes a libertarem-se da escravidão do dinheiro. É que, como lembra a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010 – citando palavras de Jesus -, "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro". Alegrando-me com tal propósito de conversão, recordo que a escravidão ao dinheiro e a injustiça "tem origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa convivência com o mal" (Mensagem para a Quaresma 2010, 30/X/2009). Por isso, encorajo-vos a perseverar no testemunho do amor de Deus, do Filho de Deus que se fez homem, do amor agraciado com a vida de Deus, do único bem que pode saciar o coração da gente, pois, "mais do que de pão, [o homem] de fato precisa de Deus" (Ibid). Conseguireis assim, fazer frente ao "deserto interior" de que falei no início do meu ministério petrino, convidando a Igreja, no seu conjunto, a "pôr-se a caminho, para conduzir as pessoas fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude. (...) Nós existimos para mostrar Deus aos homens. E só onde se vê Deus, começa verdadeiramente a vida" (Homilia, 24/IV/2005). Se "a boca fala daquilo que o coração está cheio" (Mt 12, 34), podeis conhecer vosso coração a partir das vossas palavras. "Reconciliai-vos com Deus", de modo que as vossas palavras sirvam sobretudo para falar de Deus e a Deus.

Implorando as maiores bênçãos de Deus sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010, aproveito a ocasião para enviar aos meus irmãos e amigos do Brasil cordiais saudações com votos de todo bem em Jesus Cristo, único Salvador de todos!

Vaticano, 8 de fevereiro de 2010

Benedictus XVI

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE O PAPA BENTO XVI PARA A QUARESMA DE 2010

A justiça de Deus está manifestada
mediante a fé em Jesus Cristo (cfr Rom 3, 21–22 )

Queridos irmãos e irmãs,

todos os anos, por ocasião da Quaresma, a Igreja convida-nos a uma revisão sincera da nossa vida á luz dos ensinamentos evangélicos . Este ano desejaria propor-vos algumas reflexões sobre o tema vasto da justiça, partindo da afirmação Paulina: A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo (cfr Rom 3,21 – 22 ).

Justiça: “dare cuique suum”

Detenho-me em primeiro lugar sobre o significado da palavra “justiça” que na linguagem comum implica “dar a cada um o que é seu – dare cuique suum”, segundo a conhecida expressão de Ulpiano, jurista romana do século III. Porém, na realidade, tal definição clássica não precisa em que é que consiste aquele “suo” que se deve assegurar a cada um. Aquilo de que o homem mais precisa não lhe pode ser garantido por lei. Para gozar de uma existência em plenitude, precisa de algo mais intimo que lhe pode ser concedido somente gratuitamente: poderíamos dizer que o homem vive daquele amor que só Deus lhe pode comunicar, tendo-o criado á sua imagem e semelhança. São certamente úteis e necessários os bens materiais – no fim de contas o próprio Jesus se preocupou com a cura dos doentes, em matar a fome das multidões que o seguiam e certamente condena a indiferença que também hoje condena centenas de milhões de seres humanos á morte por falta de alimentos, de água e de medicamentos - , mas a justiça distributiva não restitui ao ser humano todo o “suo” que lhe é devido. Como e mais do que o pão ele de facto precisa de Deus. Nora Santo Agostinho: se “ a justiça é a virtude que distribui a cada um o que é seu…não é justiça do homem aquela que subtrai o homem ao verdadeiro Deus” (De civitate Dei, XIX, 21).

De onde vem a injustiça?

O evangelista Marcos refere as seguintes palavras de Jesus, que se inserem no debate de então acerca do que é puro e impuro: “Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tornar impuro. Mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro. Porque é do interior do coração dos homens, que saem os maus pensamentos” (Mc 7,14-15.20-21). Para além da questão imediata relativo ao alimento, podemos entrever nas reacções dos fariseus uma tentação permanente do homem: individuar a origem do mal numa causa exterior. Muitas das ideologias modernas, a bem ver, têm este pressuposto: visto que a injustiça vem “de fora”, para que reine a justiça é suficiente remover as causas externas que impedem a sua actuação: Esta maneira de pensar - admoesta Jesus – é ingénua e míope. A injustiça, fruto do mal , não tem raízes exclusivamente externas; tem origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa conivência com o mal. Reconhece-o com amargura o Salmista:”Eis que eu nasci na culpa, e a minha mãe concebeu-se no pecado” (Sl. 51,7). Sim, o homem torna-se frágil por um impulso profundo, que o mortifica na capacidade de entrar em comunhão com o outro. Aberto por natureza ao fluxo livre da partilha, adverte dentro de si uma força de gravidade estranha que o leva a dobrar-se sobre si mesmo, a afirmar-se acima e contra os outros: é o egoísmo, consequência do pecado original. Adão e Eva, seduzidos pela mentira de Satanás, pegando no fruto misterioso contra a vontade divina, substituíram á lógica de confiar no Amor aquela da suspeita e da competição ; á lógica do receber, da espera confiante do Outro, aquela ansiosa do agarrar, do fazer sozinho (cfr Gn 3,1-6) experimentando como resultado uma sensação de inquietação e de incerteza. Como pode o homem libertar-se deste impulso egoísta e abrir-se ao amor?

Justiça e Sedaqah

No coração da sabedoria de Israel encontramos um laço profundo entre fé em Deus que “levanta do pó o indigente (Sl 113,7) e justiça em relação ao próximo. A própria palavra com a qual em hebraico se indica a virtude da justiça, sedaqah, exprime-o bem. De facto sedaqah significa, dum lado a aceitação plena da vontade do Deus de Israel; do outro, equidade em relação ao próximo (cfr Ex 29,12-17), de maneira especial ao pobre, ao estrangeiro, ao órfão e á viúva ( cfr Dt 10,18-19). Mas os dois significados estão ligados, porque o dar ao pobre, para o israelita nada mais é senão a retribuição que se deve a Deus, que teve piedade da miséria do seu povo. Não é por acaso que o dom das tábuas da Lei a Moisés, no monte Sinai, se verifica depois da passagem do Mar Vermelho. Isto é, a escuta da Lei , pressupõe a fé no Deus que foi o primeiro a ouvir o lamento do seu povo e desceu para o libertar do poder do Egipto (cfr Ex s,8). Deus está atento ao grito do pobre e em resposta pede para ser ouvido: pede justiça para o pobre ( cfr.Ecli 4,4-5.8-9), o estrangeiro ( cfr Ex 22,20), o escravo ( cfr Dt 15,12-18). Para entrar na justiça é portanto necessário sair daquela ilusão de auto – suficiência , daquele estado profundo de fecho, que á a própria origem da injustiça. Por outras palavras, é necessário um “êxodo” mais profundo do que aquele que Deus efectuou com Moisés, uma libertação do coração, que a palavra da Lei, sozinha, é impotente a realizar. Existe portanto para o homem esperança de justiça?

Cristo, justiça de Deus

O anuncio cristão responde positivamente á sede de justiça do homem, como afirma o apóstolo Paulo na Carta aos Romanos: “ Mas agora, é sem a lei que está manifestada a justiça de Deus… mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os crentes. De facto não há distinção, porque todos pecaram e estão privados da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, por meio da redenção que se realiza em Jesus Cristo, que Deus apresentou como vitima de propiciação pelo Seu próprio sangue, mediante a fé” (3,21-25)

Qual é portanto a justiça de Cristo? É antes de mais a justiça que vem da graça, onde não é o homem que repara, que cura si mesmo e os outros. O facto de que a “expiação” se verifique no “sangue” de Jesus significa que não são os sacrifícios do homem a libertá-lo do peso das suas culpas, mas o gesto do amor de Deus que se abre até ao extremo, até fazer passar em si “ a maldição” que toca ao homem, para lhe transmitir em troca a “bênção” que toca a Deus (cfr Gal 3,13-14). Mas isto levanta imediatamente uma objecção: que justiça existe lá onde o justo morre pelo culpado e o culpado recebe em troca a bênção que toca ao justo? Desta maneira cada um não recebe o contrário do que é “seu”? Na realidade, aqui manifesta-se a justiça divina, profundamente diferente da justiça humana. Deus pagou por nós no seu Filho o preço do resgate, um preço verdadeiramente exorbitante. Perante a justiça da Cruz o homem pode revoltar-se, porque ele põe em evidencia que o homem não é um ser autárquico , mas precisa de um Outro para ser plenamente si mesmo. Converter-se a Cristo, acreditar no Evangelho, no fundo significa precisamente isto: sair da ilusão da auto suficiência para descobrir e aceitar a própria indigência – indigência dos outros e de Deus, exigência do seu perdão e da sua amizade.

Compreende-se então como a fé não é um facto natural, cómodo, obvio: é necessário humildade para aceitar que se precisa que um Outro me liberte do “meu”, para me dar gratuitamente o “seu”. Isto acontece particularmente nos sacramentos da Penitencia e da Eucaristia. Graças á acção de Cristo, nós podemos entrar na justiça “ maior”, que é aquela do amor ( cfr Rom 13,8-10), a justiça de quem se sente em todo o caso sempre mais devedor do que credor, porque recebeu mais do que aquilo que poderia esperar.

Precisamente fortalecido por esta experiencia, o cristão é levado a contribuir para a formação de sociedades justas, onde todos recebem o necessário para viver segundo a própria dignidade de homem e onde a justiça é vivificada pelo amor.

Queridos irmãos e irmãs, a Quaresma culmina no Tríduo Pascal, no qual também este ano celebraremos a justiça divina, que é plenitude de caridade, de dom, de salvação. Que este tempo penitencial seja para cada cristão tempo de autentica conversão e de conhecimento intenso do mistério de Cristo, que veio para realizar a justiça. Com estes sentimentos, a todos concedo de coração, a Bênção Apostólica.

Vaticano, 30 de Outubro de 2009

BENEDICTUS PP. XVI

© Copyright 2009 - Libreria Editrice Vaticana
Fonte: www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/messages/lent/documents/hf_ben-xvi_mes_20091030_lent-2010_po.html

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

PARTILHAR PARA PROMOVER A VIDA...


“Economia e Vida” é o Tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano (CFE/2010). E o Lema é: “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6, 24).

Tudo o que existe, é dádiva gratuita do Criador a serviço da vida. Promover e compreender o sentido da vida e das coisas criadas significa ser fiel à vontade de Deus e ao Evangelho. Significa não compactuar com as injustiças que causam exclusão social e miséria. Ainda estamos longe de querer perceber e administrar corretamente as riquezas que Deus colocou a nosso dispor.

Ao longo desta Campanha, queremos fazer parte dos que se mobilizarão e trabalharão na promoção do bem comum e na implantação de uma “economia fraterna e solidária” a serviço da vida e do ser humano integral. A pessoa só é tal em sua unidade e só pode ser considerada em toda sua integridade, sendo a origem, o foco e o propósito de toda a vida econômica, social e política (cf. Texto Base (TB), 10; GS, 63). Mas nada de novo acontecerá, se não houver mudança radical em nossas atitudes pessoais, comunitárias e sociais (cf. TB, 4), se não mudarmos nossos critérios de valor em relação ao ter e ao ser. A Quaresma é tempo privilegiado para essa conversão.

O objetivo geral e os objetivos específicos da CFE indicam claramente os caminhos para a construção de uma sociedade pacífica, harmoniosa e tranquila (cf. TB, 16-18). Para se atingirem tais objetivos, o Texto-Base aponta algumas estratégias bastante incisivas: “Denunciar a perversidade de todo modelo econômico que vise em primeiro lugar ao lucro, sem se importar com a desigualdade, miséria, fome e morte. Educar para a prática de uma economia de solidariedade, de cuidado com a criação e valorização da vida como o bem mais precioso. Conclamar as Igrejas, as religiões e toda a sociedade para ações sociais e políticas que levem à implantação de um modelo econômico de solidariedade e justiça para todas as pessoas” (TB, 19). No entanto, objetivos e estratégias da Campanha só produzirão frutos na medida em que forem trabalhados, sobretudo, nos níveis: social, eclesial, comunitário, pessoal (cf. TB, 20).

Nesse sentido, urge intensificar nossos laços de única e mesma família humana; melhorar nossa convivência fraterna e nossa comunhão; construir uma justiça econômica mais sólida diante da persistência da indigência, da pobreza e das grandes desigualdades sociais (cf. TB, 25).

Por que tanta desigualdade? Por que tantos indigentes?” É hora de estendermos mãos fraternas, em primeiro lugar, a todas as pessoas que buscam o necessário para viver dignamente, e juntos caminhar com os que trabalham sem ganhar o necessário, com os enfermos que não conseguem remédios e cuidados, com os moradores de rua sem-teto, os acampados sem-terra, os desempregados e famintos (cf. TB, 45). Mais do que nunca, “somos chamados a estar juntos com o povo que sofre e com a Criação que geme, em solidariedade com aqueles e aquelas que estão construindo comunidades alternativas de vida” (TB, 68).

A sociedade e a ação governamental têm a obrigação moral de garantir oportunidades iguais, satisfazer as necessidades básicas das pessoas e buscar a justiça na vida econômica (cf. TB, 26). Os pobres não precisam apenas ser socorridos, mas também devem ser ouvidos, levados a sério, valorizados em suas capacidades e potencialidades (TB, 46). Portanto, não basta crescer no volume global de recursos, se os pobres não atingirem as condições a que todo ser humano tem direito (cf. TB, 51).

É preciso criar uma nova mentalidade em relação à economia. Ela existe para a pessoa e para o bem comum da sociedade, não a pessoa para a economia (cf. TB, 69). A economia para a vida será solidária, quando tivermos a coragem de mudar nossa atitude diante do dinheiro e dos bens materiais. Na verdade, onde estiver o meu tesouro, ali também estará o meu coração (cf. Mt, 6, 21). “Se soubermos partilhar, certamente vai haver pão, casa, cura, saúde, educação e participação para muito mais gente” (TB, 88). Não nos contentemos, porém, em ajudar as pessoas somente, quando acontece alguma desgraça ou uma catástrofe. São necessárias ações concretas que transformem o modelo de vida e o modelo econômico de nossa sociedade (cf. TB, 91). O ideal das primeiras comunidades cristãs é ainda o jeito melhor de partilharmos solidariamente nossos bens e nossos dons (cf. At 4, 32).

Dizemos que “a caridade começa em casa”. A economia de solidariedade também. Mas como é difícil partilhar até mesmo entre os irmãos/ãs de sangue, membros de uma mesma família!... A sociedade será mais solidária, quando as famílias aprenderem a partilhar e a repartir segundo as necessidades de cada membro. Também as Paróquias “mais ricas” têm um longo caminho a percorrer na busca de Paróquias-irmãs “mais pobres”, necessitadas de ajuda concreta e generosa.

Enfim, tornemo-nos sensíveis aos sofrimentos do povo e disponíveis às suas necessidades. Contemplando o Coração misericordioso de Jesus, seremos capazes de transformar nossa partilha solidária em caridade fraterna.

Dom Nelson Westrupp, scj
Bispo Diocesano de Santo André
Fonte: http://www.diocesesantoandre.org.br

Quarenta Dias de Reflexão

Em um mundo dessacralizado, distante da prática religiosa, percebe-se a influência dos tempos litúrgicos. Embora deformados, o Natal, a Páscoa e outras festividades têm ressonância no ambiente humano. Ainda que seja débil sua repercussão na consciência dos indivíduos, devem ser utilizadas em favor dos objetivos de evangelização, que é levar aos homens a Mensagem de Cristo.

As semanas que antecedem as comemorações da Morte e Ressurreição do Salvador, denominadas “tempo quaresmal”, nos proporcionam ricos ensinamentos, farta e bela semeadura, capaz de, uma vez aproveitada, produzir abundantes frutos espirituais.

Recordam outra “quaresma”, os quarenta dias de Jesus no deserto, preparando-se para sua missão salvífica. Ensina-nos o evangelista Marcos (1, 12-13): “E logo o Espírito o impeliu para o deserto. E ele esteve no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás e vivia entre as feras e os anjos o serviam”. E Lucas (4, 1-13) completa a descrição mostrando a vitória de Jesus sobre as tentações. Esse fato é revivido pela Igreja a cada ano e isso ocorre, entre outros motivos, pela sua própria natureza. Diz o Vaticano II em “Lumen Gentium” nº8: “A Igreja, reunindo em seu próprio seio os pecadores, ao mesmo tempo santa e sempre na necessidade de purificar-se, busca sem cessar a penitência e a renovação”. Queremos uma Igreja sem mancha nem rugas, embora composta de homens. Isso somente será possível através de uma verdadeira conversão. Exatamente é este o alvo do tempo litúrgico da quaresma.

São seis semanas de preparação para a Páscoa. Ela une profundamente cristãos e judeus. A mesma Sagrada Escritura serve de elemento constitutivo para uns e outros. A diferença é que nós celebramos o que já aconteceu – a vinda do Messias esperado – e vivemos na esperança da vida definitiva no paraíso; os israelitas, na expectativa do Salvador prometido ou o Reino de Deus.

Uma eficaz e condigna celebração da Páscoa se obtém, sobretudo, pela lembrança das exigências do Batismo, a frequência em ouvir a Palavra de Deus, a oração, o jejum e a esmola. A penitência é uma característica desta época. Lamentavelmente, hoje em dia, os cristãos, arrefecidos em sua Fé, esquecem-se desses compromissos.

O Concílio Ecumênico, na Constituição “Sacrosanctum Concilium”, adverte: “A penitência no tempo quaresmal não seja somente interna e individual, mas também externa e social” (nº110). São recomendados também “os exercícios espirituais, as liturgias penitenciais, as peregrinações em sinal de penitência, as privações voluntárias, como o jejum e a esmola, a partilha fraterna (obras caritativas e missionárias)” (Catecismo da Igreja Católica, nº1438).

Esse quadro nos indica o caminho da perfeição, que passa pela Cruz. E lembra o dever da santidade, que, para ser cumprido, exige o esforço. Em consequência, a ascese e a mortificação, fazem parte do plano de Deus a respeito de seus filhos.

O quinto mandamento da Igreja prescreve o jejum e a abstinência. Eles são um meio de dominar os instintos e adquirir a liberdade de coração. Estão presentes também no Código de Direito Canônico (cc 1249 a 1253). O primeiro começa: “Todos os fiéis, cada qual a seu modo, estão obrigados pela lei divina a fazer penitência”. E no seguinte: “Os dias e tempos penitenciais em toda a Igreja são todas as sextas-feiras do ano e o tempo da Quaresma”. No Brasil, a abstinência das sextas-feiras – exceto na Semana Santa – pode ser comutada por “outras formas de penitência, principalmente obras de caridade e exercícios de piedade”.

Este período do ano litúrgico coloca diante de nossos olhos, como imperativo da vida cristã, a conversão – através da penitência. Ora, nós respiramos uma atmosfera visceralmente contrária. Tudo em torno de nós sugere o prazer sem limites, isento de compromisso, um comportamento à margem das exigências oriundas das determinações do Evangelho. Essa maneira de ser penetrou os umbrais sagrados. Assim, pouco se fala do pecado, dos deveres que são substituídos por direitos sem barreiras, de um Cristo despojado de seus ensinamentos, que constrangem a sede ilimitada de liberdade sem peias.

Esta época litúrgica tem muita semelhança com o apelo dos profetas à conversão, e esta, a partir do coração. Tanto é assim que usamos os textos do Antigo Testamento na escuta da Palavra de Deus, dirigida a cada um dos fiéis em nossos dias.

O apelo de Pedro deve repercutir em nossos ouvidos: “Salvai-vos, dizia ele, dessa geração perversa” (Atos 2,40). Vivemos no mundo, mas sem seguir suas orientações. O cristão será sempre alguém que “rema contra a corrente”. Quando encontramos um pregador ou um agente pastoral que teme ensinar a mesma Doutrina de Jesus Cristo ou prefere amenizá-la para não afastar os fiéis, sabemos que não são verdadeiros pastores.

A Quaresma é um tempo propício à reflexão cristã, a uma conversão do coração, a uma prática de penitência, tão distanciada de uma mentalidade moderna à margem do Evangelho, mas que penetrou até nas fileiras dos seguidores de Cristo.

Vivendo os ensinamentos da Igreja neste tempo litúrgico, nos dispomos a receber as graças da Páscoa da Ressurreição.

Dom Eugênio de Araújo Sales
Cardeal Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro

Fonte: http://www.pastoralis.com.br/pastoralis/html/modules/smartsection/item.php?itemid=625

Quarta-Feira de Cinzas, Começo da Quaresma

O povo de Israel nasceu na quaresma do deserto, foi consagrado à oração e à penitência. Mas é surpreendente que Deus tenha indicado o caminho mais longo para a fuga do Egito. Fez isso não só porque queria prová-lo, mas porque queria derramar o Seu amor naqueles corações endurecidos. O que seria daquele povo se entrasse em terra pagã sem essa purificação?

A Igreja, novo povo de Israel, também caminha na Quaresma; não 40 anos, mas sim 40 dias. Neste tempo faremos uma intensa preparação para entrar na terra prometida, que é a participação na Ressurreição de Cristo. Deus quer dar inumeráveis graças neste período. De fato, o maior dom é a Sua entrega até a morte por mim. Mas o que aconteceria se eu desperdiçasse estes gestos do Seu amor?

Nesta Quaresma, poderíamos pensar que só damos e não recebemos nada: oração, sacrifício, jejum, obras de caridade. Mas Deus, como todo bom pai, não se deixa vencer em generosidade: quando vê que o seu pequeno filho lhe dá um presente, responde com um abraço cheio de ternura. Assim é Deus: toda oração fervorosa, desinteressada, pelo bem da nossa alma ou outra pessoa será recompensada.

As cinzas

Os judeus tinham o costume de se cobrir de cinzas quando faziam algum sacrifício. A Igreja dos primeiros séculos também tinha um costume parecido: aqueles que queriam receber o sacramento da penitência se colocavam as cinzas e se apresentavam à comunidade com um vestido penitencial. Foi no ano 384 que a Quaresma adquiriu um sentido penitencial e, só a partir do século XI, iniciou-se a imposição das cinzas no começo do Tempo da Quaresma.

O significado desse gesto é fazer com que nos lembremos de que um dia morreremos e o nosso corpo se converterá em pó. A morte não é uma ilusão, é uma realidade que toca todo ser humano, mas o cristão sabe que ela tem um sentido. E é suficiente contemplar o itinerário de Nosso Salvador.

Neste dia, a Igreja pede que se faça jejum e abstinência. A abstinência é de preceito a partir dos 14 anos, e o jejum a partir dos 18 anos. Abstinência é não comer carne, enquanto que jejum é fazer uma só refeição completa durante o dia.

ASSIM ESTAREMOS PEDINDO PERDÃO A DEUS PELAS OFENSAS A ELE COMETIDAS E LHE DIREMOS QUE QUEREMOS MUDAR DE VIDA PARA AGRADÁ-LO SEMPRE.

O carnaval

Em uma das interpretações, a palavra carnaval significa “adeus à carne”. Deriva de tempos antigos onde, por falta de refrigeração, deviam consumir os produtos que durante a Quaresma não se podiam comer (carne, ovos, leite). Com este fim, organizavam festas populares, que pouco a pouco se degeneraram em atos dos quais, não raramente, se contrapõem à Moral cristã. Tais atos (desfiles, festas), quando chegam ao extremo da exaltação dos prazeres, ferem o Coração de Jesus, e devem ser desagravados com atos de reparação.

QUEM ACOMPANHA JESUS SABE QUE, NA MORTIFICAÇÃO DA CARNE, BRILHA A LUZ DA RESSURREIÇÃO E DA VIDA.

Sem. Antonio Maldaner, LC
Fonte: http://www.pastoralis.com.br/pastoralis/html/modules/smartsection/item.php?itemid=630

Catequese de Bento XVI na Quarta-feira de Cinzas 2010

Vatican Information Service, com tradução de CN Notícias
Queridos irmãos e irmãs!
Iniciamos hoje, Quarta-feira de cinzas, o caminho quaresmal: um caminho que se desenrola por quarenta dias e que nos leva à alegria da Páscoa do Senhor. Neste itinerário espiritual não estamos sozinhos, porque a Igreja nos acompanha e nos apoia desde o início com a Palavra de Deus, que inclui um programa de vida espiritual e empenho penitencial, e com a graça dos Sacramentos.

São as palavras do apóstolo Paulo que nos apresentam uma entrega necessária: "Exortamo-vos a que não recebais a graça de Deus em vão. [...] Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação!" (II Cor 6, 1-2). Com efeito, na visão cristã da vida, todos os momentos devem ser favoráveis e todo o dia deve ser dia de salvação, mas a liturgia da Igreja refere esta palavra de um modo todo particular neste tempo da Quaresma. E que os quarenta dias de preparação para a Páscoa são um tempo favorável e de graça o podemos realmente compreender no apelo que o austero rito de imposição das cinzas nos dirige e que se expressa com duas fórmulas: "Convertei-vos e crede no evangelho!", "Lembra-te que és pó e ao pó voltarás".

O primeiro convite é à conversão, palavra que deve ser compreendida em sua extraordinária seriedade, colhendo a surpreendente novidade que expressa. O apelo à conversão, de fato, expõe e denuncia a superficialidade fácil que muitas vezes caracteriza o nosso viver. Converter-se significa mudar a direção no caminho da vida: não, porém, com um pequeno ajuste, mas com uma verdadeira e real inversão de marcha. A conversão é ir contra a corrente, onde a "corrente" é o estilo de vida superficial, incoerente e ilusório, que muitas vezes nos arrasta, nos domina e nos torna escravos do mal ou como que prisioneiros da mediocridade moral. Com a conversão, ao contrário, se aponta para a medida alta da vida cristã, nos confiamos ao Evangelho vivo e pessoal, que é Cristo Jesus. É a Sua pessoa o objetivo final e o significado profundo da conversão, é Ele o caminho ao qual todos somos chamados a caminhar na vida, deixando-se iluminar pela sua luz e sustentar pela sua força que move os nossos passos. Desse modo, a conversão manifesta a sua face mais esplêndida e fascinante: não é apenas uma simples decisão moral, que corrige os nossos modos de vida, mas é uma escolha de fé, que nos atrai inteiramente na comunhão íntima com a pessoa viva e concreta de Jesus. Converter-se e crer no Evangelho não são duas coisas distintas ou, de qualquer modo, justapostas entre si, mas expressam a mesma realidade. A conversão é o "sim" total de quem entrega a própria existência ao Evangelho, respondendo livremente a Cristo que por primeiro se oferece ao homem como caminho, verdade e vida, como aquele que o livra e salva. Exatamente esse é o significado das primeiras palavras com que, segundo o evangelista Marcos, Jesus abre a pregação do "Evangelho de Deus": ""Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho" (Mc 1, 15).

O "convertei-vos e crede no evangelho" não está apenas ao início da vida cristã, mas acompanha todos os seus passos, ainda que se renovando e difundindo ramos em todas as suas expressões. Cada dia é um momento favorável e de graça, porque todos os dias nos solicitam uma entrega a Jesus, a ter confiança n'Ele, a permanecer n'Ele, a compartilhar de Seu estilo de vida, a aprender d'Ele o amor verdadeiro, a segui-Lo no cumprimento cotidiano da vontade do Pai, a única grande lei da vida. Todos os dias, também lá nas dificuldades e fadigas, nos cansaços e nas quedas, mesmo quando somos tentados a abandonar o caminho do seguimento de Cristo e fechar-mo-nos em nós mesmos, no nosso egoísmo, sem dar-se conta da necessidade que temos de nos abrir ao amor de Deus em Cristo, para viver a mesma lógica da justiça e do amor. Na recente Mensagem para a Quaresma, desejei recordar que "é necessário humildade para aceitar que se precisa que um Outro me liberte do 'meu' para me dar gratuitamente o 'seu'. Isto acontece particularmente nos sacramentos da Penitência e da Eucaristia. Graças à ação de Cristo, nós podemos entrar na justiça 'maior', que é aquela do amor (cf. Rom 13,8-10), a justiça de quem se sente, em todo o caso, sempre mais devedor do que credor, porque recebeu mais do que aquilo que poderia esperar".

O momento favorável e de graça da Quaresma mostra-nos o seu próprio significado espiritual através da antiga fórmula: Recorda-te que és pó e ao pó voltarás, que o sacerdote pronuncia quando impõe sobre a nossa cabeça um pouco de cinzas. Somos, assim, reportados ao início da história humana, quando o Senhor disse a Adão depois do pecado original: "Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado; porque és pó, e pó te hás de tornar" (Gn 3, 19). Aqui, a palavra de Deus nos recorda de nossa fragilidade, também de nossa morte, que é a sua forma mais extrema. Frente ao medo inato do fim, e ainda mais no contexto de uma cultura que, de diversos modos, tende a censurar a realidade e a experiência humana de morrer, a liturgia quaresmal, por um lado, nos lembra da morte e nos convida ao realismo e à sabedoria, mas, por outro lado, exorta-nos sobretudo a compreender e a viver na novidade inesperada que a fé cristã irradia na realidade da própria morte.

O homem é pó e ao pó retornará, mas é pó precioso aos olhos de Deus, porque Deus criou o homem destinando-o à imortalidade. Assim, a fórmula litúrgica "Lembra-te que és pó e ao pó voltarás" encontra a plenitude de seu significado em referência ao novo Adão, Cristo. Também o Senhor Jesus quis livremente compartilhar com todos os homens o destino da fragilidade, especialmente através de sua morte na cruz; mas é esta morte, cheia do Seu amor pelo Pai e pela humanidade, que se torna caminho para a gloriosa ressurreição, através do qual Cristo se tornou uma fonte de graça dada àqueles que crêem n'Ele e se tornam participantes de sua própria vida divina. Esta vida que não terá fim já está em curso na fase terrena da existência, mas será levada a termo após "a ressurreição da carne". O pequeno gesto de imposição das cinzas nos revela a extraordinária riqueza de seu significado: é um convite à percorrer o Tempo Quaresmal como uma imersão mais conciente e intensa no mistério pascal de Jesus, em sua morte e ressurreição, através da participação na Eucaristia e da vida de caridade, que nasce da Eucaristia e na qual encontra sua realização. Com a imposição das cinzas, renovamos o nosso compromisso de seguir Jesus, de nos deixar ser transformado por seu mistério pascal, para vencer o mal e fazer o bem, para fazer morrer o nosso "homem velho" ligado ao pecado e fazer nascer o "homem novo" transformado pela graça de Deus.

Queridos amigos! Enquanto nos preparamos para percorrer o austero itinerário quaresmal, queremos invocar com particular confiança a proteção e a ajuda da Virgem Maria. Seja Ela, a primeira crente em Cristo, a acompanhar-nos nestes quarenta dias de intensa oração e de sincera penitência, a fim de celebrar, purificados e totalmente renovados na mente e no espírito, o grande mistério da Páscoa de Seu Filho.

Fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=275546

Ano Litúrgico 2009-2010 – Ano C

TEMPO DO ADVENTO

Data

Liturgia

Significado

Leituras

29/11

1º Domingo do
Advento

A redenção está próxima.

Jeremias 33,14-16;
Salmo 25(24);
1 Tessalonicenses 3,12-4,2;
Lucas 21,25-28. 34-36

6/12

2º Domingo do
Advento

Todos os homens encontrarão o
Deus que salva.

Baruc 5,1-9;
Salmo 126(125);
Filipenses 1,4-6.8-11;
Lc 3,1-6

13/12

3º Domingo do
Advento

Alegrai-vos! O Senhor está próximo.

Sofonias 3,14-18a;
Salmo (Isaías 12,2-6);
Filipenses 4,4-7;
Lucas 3,10-18

20/12

4º Domingo do
Advento

Jesus, Filho de Maria.

Miquéias 5,1-4a;
Salmo 80(79);
Hebreus 10,5-10;
Lucas 1,39-45

TEMPO DO NATAL

Data

Liturgia

Significado

Leituras

24/12

Vigília de Natal
(Quinta-Feira)

Deus se faz homem
por nós.

Isaías 62,1-5;
Salmo 89(88);
Atos dos Apóstolos 13,14-25;
Mateus 1,1-25

Festa de Natal
(após 18h do
dia 24/12)

Isaías 9,1-6;
Salmo 96(95);
Tito 2,11-14;
Lucas 2,1-14

25/12

Festa de Natal

(Sexta-Feira,
na aurora)

Isaías 62,1-12;
Salmo 97(96);
Tito 3,4-7;
Lucas 2,15-20

Festa de Natal

(Sexta-Feira,
de dia)

Isaías 52,7-10;
Salmo 98(97);
Hebreus 1,1-6;
João 1,1-18

27/12

Sagrada Família

Família, pequena Igreja.

1 Samuel 1,20-22.24-28;
Salmo 84(83);
1 João 3,1-2;21-24;
Lucas 2,41-52

OITAVA DA FESTA DO NATAL

Data

Liturgia

Significado

Leituras

1º/01

Santa Mãe de Deus
(Sexta-Feira)

Maria dá ao mundo Cristo, nossa Paz.

Números 6,22-27;
Salmo 67(66);
Gálatas 4,4-7;
Lucas 2,16-21.

3/01

Epifania
Santos Reis
(2º Domingo do Natal)

Na Igreja Cristo se revela a todos os povos.
(comemora-se 6 de janeiro)

Isaías 60,1-6;
Salmo 72(71);
Efésios 3,2-6;
Mateus 2,1-12.

10/01

Batismo do Senhor

O Pai manifesta
a missão do Filho.

Isaías 42,1-7;
Salmo 29(28);
Atos dos Apóstolos 10,34-38;
Lucas 3,15-16.21-22.

No primeiro domingo após a Epifania comemora-se o Batismo do Senhor, marcando o início do
Tempo Comum. Cessa o Tempo Comum na Quarta-Feira de Cinzas, quando inicia um novo ciclo,
o Ciclo Quaresmal (são os “Domingos da Quaresma”).

O Tempo Comum reiniciará somente no Primeiro Domingo após Pentecostes.

TEMPO COMUM

Data

Liturgia

Significado

Leituras

17/01

2º Domingo do
Tempo Comum

A nova comunidade
nasce na fé.

Isaías 62,1-5;
Salmo 96(95);
1 Coríntios 12,4-11;
João 2,1-11

24/01

3º Domingo do
Tempo Comum

Uma comunidade de escuta.

Neemias 8,2-10;
Salmo 19(18B);
1Coríntios 12,12-30;
Lucas 1,1-4; 4,14-21

31/01

4º Domingo do
Tempo Comum

Uma comunidade de profetas.

Jeremias 1,4-5.17-19;
Salmo 71(70);
1 Coríntios 12,31-13,13;
Lucas 4,21-30

7/02

5º Domingo do
Tempo Comum

Uma comunidade de missionários.

Isaías 6,1-2a.3-8;
Salmo 138(137);
1 Coríntios 15,1-11;
Lucas 5,1-11

14/02

6º Domingo do
Tempo Comum

Um Anúncio que transforma
o mundo:
as Bem-Aventuranças.

Jeremias 17,5-8;
Salmo 1,1-2.3.4.6;
1 Coríntios 15,12.16-20;
Lucas 6,17.20-26

TEMPO DE QUARESMA

Data

Liturgia

Significado

Leituras

17/02

Quarta-Feira
de Cinzas

O jejum que salva.

Joel 2,12-18;
Salmo 50(51);
2 Coríntios 5,20-6.2;
Mateus 6,1-6.16-18

21/02

1º Domingo da
Quaresma

Libertação: dom e compromisso.

Deuteronômio 26,4-10;
Salmo 91(90);
Romanos 10,8-13;
Lucas 4,1-13

28/02

2º Domingo da
Quaresma

Deus se faz "Aliado" do homem.

Gênesis 15,5-12.17-18;
Salmo 27(26);
Filipenses 3,17-4,1;
Lucas 9,28b-36

7/03

3º Domingo da
Quaresma

Deus não nos salva sem nós.

Êxodo 3,1-8a.13-15;
Salmo 103(102);
1 Coríntios 10,1-6.10-12;
Lucas 13,1-9

14/03

4º Domingo da
Quaresma

Um Pai espera a volta do Filho.

Josué 5,9-12;
Salmo 34(33);
2 Coríntios 5,17-21;
Lucas 15,1-3.11-32

21/03

5º Domingo da
Quaresma

Vai e não peques mais.

Isaías 43,16-21;
Salmo 126(125);
Filipenses 3,8-14;
João 8,1-11

28/03

Domingo de Ramos

Cristo vai ao encontro da morte com liberdade de Filho

Bendito o que vem em
Nome do Senhor

Lucas 19,28-40

Procissão em honra de
Cristo-Rei.

Salmo 24(23);
Salmo 47(46)

Celebração Eucarística

Isaías 50,4-7;
Salmo 22(21);
Filipenses 2,6-11;
Lucas 22,14-23,56

TRÍDUO PASCAL

Data

Liturgia

Significado

Leituras

1º/04

Quinta-Feira Santa

Missa da Ceia do Senhor

Êxodo 12,1-8.11-14;
Salmo 116(115);
1 Coríntios 11,23-26;
João 13,1-15

2/04

Sexta-Feira Santa

Cristo, verdadeiro Cordeiro Pascoal.

Isaías 52,13-53,12;
Salmo 31(30);
Hebreus 4,14-16; 5,7-9;
João 18,1-19,42

3/04

Vigília Pascal

Liturgia da Palavra

Gênesis 1,1-2,2; Salmo 104(103) ou Salmo 33(32).

Gênesis 22,1-18; Salmo 16(15).

Êxodo 14,15-15,1; Salmo (Êxodo 15,1-18).

Isaías 54,5-14; Salmo 30(29).

Isaías 55,1-11; Salmo (Isaías 12,2-6).

Baruc 3,9-15.32; 4,4; Salmo 19(18).

Ez 36,16-28; Salmo 42(41).

Romanos 6,3-11; Salmo 118(117); Lucas 24,1-12.

TEMPO DA PÁSCOA

Data

Liturgia

Significado

Leituras

4/04

Páscoa do Senhor

Nova Criação e Novo Êxodo.

Atos dos Apóstolos
10,34a.37-43;
Salmo 118(117);
Colossenses 3,1-4;
João 20,1-9

11/04

2º Domingo de
Páscoa

Os Poderes do Ressuscitado.

Atos dos Apóstolos 5,12-16;
Salmo 118(117);
Apocalipse 1,9-13.17-19;
João 20,19-31

18/04

3º Domingo de
Páscoa

Liturgia do Céu e da Terra.

Atos dos Apóstolos
5,27b-32.40-41;
Salmo 30(29);
Apocalipse 5,11-14;
João 21,1-19

25/04

4º Domingo de
Páscoa

O Cordeiro-Pastor da Humanidade.

Atos dos Apóstolos
13,14.43-52;
Salmo 100(99);
Apocalipse 7,9.14b-17;
João 10,27-30.

2/05

5º Domingo de
Páscoa

A Nova Jerusalém.

Atos dos Apóstolos 14,21b-27;
Salmo 145(144);
Apocalipse 21,1-5a;
João 13,31-35

9/05

6º Domingo de
Páscoa

Não haverá mais tempo algum.

Atos dos Apóstolos
15,1-2.22-29;
Salmo 67(66);
Apocalipse 21,10-14.22-23 ou
Apocalipse 22,12-14.16-17.20;
João 14,23-29 ou
João 17,20-26

16/05

Ascensão do Senhor

O destino do homem novo.

Atos dos Apóstolos 1,1-11;
Salmo 47(46);
Efésios 1,17-23 ou
Hebreus 9,24-28;10,19-23;
Lucas 24,46-53

No domingo seguinte à Ascensão do Senhor, vem o Domingo de Pentecostes. É o fim do Tempo da Páscoa. A preparação para a Festa de Pentecostes, compreende o período entre o Domingo da Ascensão até o Domingo de Pentecostes. Significado de Pentecostes (Penta = 50), ou seja, a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos 50 dias após a ressurreição de Jesus.

PENTECOSTES

Data

Liturgia

Significado

Leituras

23/05

Pentecostes

A Igreja vive no
Espírito Santo.

Atos dos Apóstolos 2,1-11;
Salmo 104(103);
1 Coríntios 12,3-7.12-13 ou
Romanos 8,8-17;
João 20,19-23 ou
João 14,15-16.23b-26

TEMPO COMUM – SOLENIDADE DO SENHOR

Data

Liturgia

Significado

Leituras

30/05

Santíssima Trindade

Deus sempre se dá a
conhecer aos homens.

Provérbios 8,22-31;
Salmo 8(7);
Romanos 5,1-5;
João 16,12-15

Aqui reinicia o Tempo Comum. A letra dominical irá mudar somente no 1º Domingo do Advento.

TEMPO COMUM – SOLENIDADE DO SENHOR

Data

Liturgia

Significado

Leituras

3/06

Corpus Christi
(Quinta-Feira)

O Pão e o Vinho para
a vida dos homens.

Gênesis 14,18-20;
Salmo 110(109);
1 Coríntios 11,23-26;
Lucas 9,11b-17

6/06

10º Domingo do
Tempo Comum

Cristo que vence a morta
é a Salvação.

1 Reis 17,17-24;
Salmo 30(29);
Gálatas 1,11-19;
Lucas 7,11-17

Corpus Christi significa “Corpo de Deus” e comemora-se na quinta-feira após o Domingo da Santíssima Trindade

Data

Liturgia

Significado

Leituras

11/06

Sagrado Coração de Jesus
(Sexta-Feira)

O amor que salva os que
não amam.

Ezequiel 34,11-16;
Salmo 23(22);
Romanos 5,5b-11;
Lucas 15,3-7

Comemora-se na oitava de Corpus Christi, ou seja, na sexta-feira da semana subseqüente.
A Igreja estabeleceu junho como mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus.

Data

Liturgia

Significado

Leituras

12/06

Imaculado Coração de Maria
(Sábado)

"Chamar-me-ão bem-aventurada todas as nações".

Isaias 61,9-11;
Salmo 1 Sm 2,1.4-8;
Lucas 2,41-51

No dia imediato à solenidade do Coração de Jesus existe a Memória facultativa do Coração de Maria, remontando assim à origem histórica desta devoção.

TEMPO COMUM

Data

Liturgia

Significado

Leituras

13/06

11º Domingo do
Tempo Comum

O amor gratuito de Deus
vence o pecado,

2 Samuel 12,7-10.13;
Salmo 32(31);
Gálatas 2,16.19-21;
Lucas 7,36-8,3

20/06

12º Domingo do
Tempo Comum

A morte como caminho
para a vida.

Zacarias 12,10-10-11;13,1;
Salmo 63(62);
Gálatas 3,26-29;
Lucas 9,18-24

27/06

13º Domingo do
Tempo Comum

Cristão é aquele que escolheu
Cristo e o segue.

1 Reis 19,16b.19-21;
Salmo 16(15);
Gálatas 5,1.13-18;
Lucas 9,51-62

4/07

14º Domingo do
Tempo Comum

Os discípulos, mensageiros da salvação.

Isaías 66,10-14c;
Salmo 66965);
Gálatas 6,14-18;
Lucas 10,1-12.17-20

11/07

15º Domingo do
Tempo Comum

Quem ama os irmãos revela Deus.

Deuteronômio 30,10-14;
Salmo 69(68) ou
Salmo 19(18),8-11;
Colossenses 1,15-20;
Lucas 10,25-37

18/07

16º Domingo do
Tempo Comum

A casa do cristão e a hospitalidade.

Gênesis 18,1-10a;
Salmo 15(14);
Colossenses 1,24-28;
Lucas 10,38-42

25/07

17º Domingo do
Tempo Comum

Como reza o discípulo de Jesus.

Gênesis 18,20-32;
Salmo 138(137);
Colossenses 2,12-14;
Lucas 11,1-13

1º/08

18º Domingo do
Tempo Comum

O dinheiro, uma falsa segurança.

Eclesiastes 1,2; 2,21-23;
Salmo 90(89);
Colossenses 3,1-5.9-11;
Lucas 12,13-21

6/08

Transfiguração do
Senhor
(Sexta-Feira)

Moisés e Elias conversavam sobre a morte, que Jesus iria sofrer.

Daniel 7,9-10.13-14;
Salmo 97(96);
2 Pedro 1,16-19;
Lucas 9,28b-36

8/08

19º Domingo do
Tempo Comum

Pobreza voluntária,
sinal do Reino.

Sabedoria 18,3.6-9;
Salmo 33(32);
Hebreus 11,1-2.8-19;
Lucas 12,32-48

15/08

20º Domingo do
Tempo Comum

A Palavra de Cristo,
sinal de divisão.

Jeremias 38,4-6.8-10;
Salmo 40(39);
Hebreus 12,1-4;
Lucas 12,49-53

22/08

21º Domingo do
Tempo Comum

Estreita é a porta para
entrar no Reino.

Isaías 66,18-21;
Salmo 117(116);
Hebreus 12,5-7.11-13;
Lucas 13,22-30

29/08

22º Domingo do
Tempo Comum

A escolha do último lugar.

Eclesiástico 3,19-21.30-31;
Salmo 68(67);
Hebreus 12,18-19.22-24a;
Lucas 14,1.7-14

5/09

23º Domingo do
Tempo Comum

Opção de fé, opção radical.

Sabedoria 9,13-18;
Salmo 90(89);
Filêmon 9b-10.12-17;
Lucas 14,25-33

12/09

24º Domingo do
Tempo Comum

A experiência do perdão, renovação do íntimo.

Êxodo 32,7-11.13-14;
Salmo 51(50);
1Timóteo 1,12-17;
Lucas 15,1-32

19/09

25º Domingo do
Tempo Comum

A riqueza para construir a fraternidade.

Amós 8,4-7;
Salmo 113(112);
1Timóteo 2,1-8;
Lucas 16,1-13

26/09

26º Domingo do
Tempo Comum

A riqueza que aliena
dos bens do Reino.

Amós 6,1a.4-7;
Salmo 146(145);
1 Timóteo 6,11-16;
Lucas 16,19-31

3/10

27º Domingo do
Tempo Comum

A força de quem tem fé.

Habacuc 1,2-3; 2,2-4;
Salmo 95(94);
2 Timóteo 1,6-8.13-14;
Lucas 17,5-10

10/10

28º Domingo do
Tempo Comum

A fé se torna
Ação de Graças.

2 Reis 5,14-17;
Salmo 98(97);
2 Timóteo 2,8-13;
Lucas 17,11-19

17/10

29º Domingo do
Tempo Comum

A oração, clamor da nossa pobreza.

Êxodo 17,8-13;
Salmo 121(120);
2Timóteo 3,14-4,2;
Lucas 18,1-8

24/10

30º Domingo do
Tempo Comum

Deus torna justo que o busca com fé.

Eclesiástico 35,15b-17.20-22a;
Salmo 34(33);
2 Timóteo 4,6-8.16-18;
Lucas 18,9-14

31/10

31º Domingo do
Tempo Comum

A revolução no coração do homem.

Sabedoria 11,22-12,2;
Salmo 145(144);
2 Tessalonicenses 1,11-2,2;
Lucas 19,1-10

1/11

Todos os Santos

Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.

Apocalipse 7,2-4.9-14;
Salmo 24(23);
1 João 3,1-3;
Mateus 5,1-12a

2/11 Fiéis Defuntos Vinde, Benditos de meu Pai! Jó 19,1.23-27;
Salmo 27(26);
Romanos 5,5-11;
João 6,37-40

14/11

33º Domingo do
Tempo Comum

O Reino está entre nós, mas ainda não se completou.

Malaquias 3,19-20;
Salmo 98(97);
2 Tessalonicenses 3,7-12;
Lucas 21,5-19

21/11

Solenidade de Cristo Rei

Jesus Cristo, Rei do Universo.
Cristo, Senhor da Paz e da Unidade.

2 Samuel 5,1-3;
Salmo 122(121);
Colossenses 1,12-20;
Lucas 23,35-43

Fonte: http://www.pauxiliadora.com.br/liturgia/ano_liturgico/2009_2010_ano_c.htm