domingo, 23 de maio de 2010

6º Domingo da Páscoa - Ano C

O AMOR SE TRADUZ EM OBRAS, NÃO EM BOAS RAZÕES.

"Cada Santa Missa que assistires, alcançar-te-á, no Céu, maior grau de glória". São Jerônimo.

Resumo das leituras:


1ª leitura (Atos 15, 1-2. 22-29): "Decidimos, o Espírito Santo e nós, não vos impor nenhum fardo".

Salmo 66: Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor.

2ª leitura (Apocalipse 21, 10-14. 22-23): "Mostrou-lhe a cidade santa, descendo do céu".

Evangelho (João 14, 23-29): "Se alguém me ama guardará a minha palavra".

REFLEXÃO:

Leônidas, pai de Orígines, beijava o peito do pequeno filho dizendo: “Aqui mora a Santíssima Trindade”. Nós, batizados, somos Templos do Espírito Santo. Não estamos sós, porque Ele está conosco. Mas, devemos acolher e dar atenção a este hóspede ilustre para que esteja sempre feliz nessa morada.

Somos amigos de Deus quando observamos os mandamentos. Quando não tínhamos o uso de razão éramos inocentes; inculpáveis dos nossos atos. Deus habitava no nosso interior, passeando livremente como se de um jardim de Éden se tratasse. Com o passar do tempo, à medida que crescemos, adquirimos responsabilidade, de forma que livremente devemos conservar essa amizade com Deus com nossas obras.

Antes Deus morava espontaneamente na nossa vida, suprindo a nossa carência de liberdade, mas com o uso da razão, requer uma correspondência livre da nossa parte para permanecer.

Deus entra e fica... Quem realmente ama a Deus observa os Seus mandamentos. Deus entra no seu coração e permanece, porque o amor enche plenamente o seu coração, de forma que quando vem a tentação, não causará nenhum dano a este amor.

Devemos realmente considerar se com a língua, com o pensamento, ou com as ações estamos realmente amando a Deus. Quando existe amor, também existirão obras. Eu não conheço um jovem apaixonado que esteja isolado reprimindo o seu amor. Pelo contrário, manifestará à pessoa amada os sentimentos do seu coração, lhe fará carícias, dará flores no dia do seu aniversário, etc. A prova do amor está nas obras. Se há amor a Deus, far-se-á coisas grandes, mas se não houver obras, tampouco haverá amor.

Em alguns entra Deus, mas não fica. Deus entra na vida deles por duas razões principais: pela recepção do Batismo ou por um ato forte de compunção e arrependimento, mas em seguida se apresenta a tentação que faz esquecer essa compunção e a pessoa troca Deus pelo pecado. Assim, a alma deixa de ser templo de Deus para ser um hotel sujeito aos vaivéns dos prazeres da carne. Amamos a Deus quando orientamos o nosso prazer seguindo a norma dos Seus mandamentos. A causa pela qual Deus não permanece é que as suas obras perdem essa amizade.

Portanto, amamos a Deus quando orientamos o nosso prazer seguindo a norma dos Seus mandamentos. Amamos a Deus indo à Missa no domingo quando gostaria de continuar dormindo; amamos a Deus voltando cedo para casa sem fazer esperar a esposa amada; amamos a Deus quando não comprometo a minha saúde ou vida, nem daqueles ao meu redor, etc. Essas são as obras de alguém que valoriza o que tem: a amizade de Deus.

As obras são a coroa da presença de Deus. Se as nossas obras são más, é porque as palavras de Deus não repercutem na nossa vida, como diz o Evangelho, ou em outras palavras: Deus não habita em nós. Façamos um exame de consciência sobre as minhas obras e em oração coloquemos um propósito de adesão pessoal a Deus.

Sem. Antonio Maldaner, LC
Fonte: www.pastoralis.com.br/pastoralis/html/modules/smartsection/item.php?itemid=707

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