domingo, 23 de maio de 2010

3º Domingo da Páscoa - Ano C

NINGUÉM VAI ATÉ CRISTO, SENÃO ATRAVÉS DA IGREJA.
"Para se aproximar dignamente deste grande sacramento, deve-se escolher aqueles dias nos quais se vive com maior pureza e continência". Santo Agostinho

Resumo das leituras:

1ª leitura (Atos 5, 27b-32.40b-41): "É preciso obedecer a Deus, antes que aos homens".

Salmo 29: Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes.

2ª leitura (Apocalipse 5, 11-14): "O Cordeiro imolado é digno de receber o poder e a riqueza".

Evangelho (João 21, 1-19): "Disse-lhe Jesus: 'Apascenta as minhas ovelhas'".
REFLEXÃO:

Os peregrinos, que antigamente acudiam a Roma, percorriam ruas estreitas sem boa visibilidade sobre as casas. Mas, num determinado momento, deixariam aqueles estreitos espaços para se depararem com a imensa Basílica de São Pedro e a enorme colunata de Bernini. Ela está disposta num semicírculo e simboliza a Igreja com os seus braços abertos, numa expressão de acolhida em seu seio de quantos a ela se dirigem.

A Igreja nunca desfalecerá. Atualmente é atacada por todos os lados; são muitos os leões que lhe colocam ciladas. No entanto, Cristo está do seu lado, é a sua Cabeça, e não deixará que naufrague.

Duas são as pescas dos Evangelhos. Santo Agostinho comenta que a primeira pesca representa a Igreja neste mundo, enquanto a pesca do Evangelho de hoje quer dar a entender o que será a Igreja dos últimos tempos, uma Igreja imaculada, de santos.

A santidade é fruto de muita purificação da forma de ser e de comportamentos contrários à imagem divina, que Deus nos concedeu no dia do nosso batismo. Quem faz da Igreja o seu lar e dos seus ensinamentos norma de vida não verá a corrupção.

Jogar as redes do lado direito... Essa explicitação só aparece nesta pesca. A Igreja da terra recolhe os peixes: bons ou ruins. Ela é feita de santos e pecadores, de árvores que contêm belos frutos ou virtudes, mas também vícios e defeitos.

Nós também experimentamos ambas coisas na nossa vida. Não há pessoa que, por maldosa que seja, não tenha algo de bom. Cristo sabe disso, por isso pede a Pedro repetir três vezes “eu te amo”, a fim de que obedeça ao amor não menos de quanto obedeceu ao temor. Contudo, Cristo pede a Pedro que recolha os frutos. O Pedro dos nos nossos dias é Bento XVI, o Vigário de Cristo na terra. Assim, quem permanece na Igreja de Cristo terá muito fruto.

A rede não se rompe. Esta também é uma expressão distintiva desta pesca. Está caracterizada pela paixão, morte e ressurreição de Cristo. Cristo é a garantia da vida da Igreja. Ele não permitirá que nenhum mal a destrua. Eu não posso estar com Cristo e estar fora da Igreja, porque Cristo é o capitão desta barca. Cristo age de modo visível por meio dos seus representantes na terra, de modo especial através do Papa.

A perseguição que sofre a Igreja requer uma atitude por parte dos seus filhos. A infidelidade de alguns ministros entristece a todos, porém muitos meios querem atribuir o problema à toda a Igreja, ao Papa, aos Bispos, a todos os sacerdotes.

Façamos o propósito de rezar pelos sacerdotes para que, no término do ano a eles dedicado, Deus seja o seu único Amor, como Cristo o foi para Pedro.

Sem. Antonio Maldaner, LC
Fonte: www.pastoralis.com.br/pastoralis/html/modules/smartsection/item.php?itemid=697

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