PELOS SEUS FRUTOS OS CONHECERÃO
"Sou o pão dos fortes; cresce e comer-Me-ás. Não Me transformarás em ti como ao alimento da tua carne, mas mudar-te-ás em Mim."
Santo Agostinho
Resumo das leituras:
1ª leitura (Êxodo 3,1-8a. 13-15): "Tira as sandálias dos pés, porque o lugar onde estás é uma terra santa"
Salmo 102: O Senhor é bondoso e compassivo.
2ª leitura (I Coríntios 10,1-6. 10-12): "O povo de Israel bebia de um rochedo espiritual que os acompanhava, e esse rochedo era Cristo".
Evangelho (Lucas 13,1-9): "Senhor, deixa a figueira ainda este ano... Pode ser que venha a dar fruto".
REFLEXÃO:
O corpo de São Rafael Guízar Valencia, canonizado por Bento XVI em 2005, está incorrupto, exceto um olho. O santo no ponto da morte o ofereceu pela conversão de um pecador. Foi assim que a sua vida produziu fruto até depois da sua morte.
O evangelho nos apresenta Deus pedindo frutos. Nele observamos que não está interessado na beleza da árvore, na sua folhagem, no tamanho ou qualquer coisa que não seja fruto. Deus exige frutos, não como proposta, mas verdadeiro dever. Pede frutos na vida pessoal: vivendo as virtudes cristãs; frutos na vida familiar: ginásio de união, fidelidade, compreensão; frutos também na vida profissional: sendo honesto, dando testemunho de vida ao meu redor.
NINGUÉM COMPAREÇA DE MÃOS VAZIAS PERANTE MIM. (EX. 23,15)
O que acontece se eu me visse no espelho agora mesmo e me encontrasse sem frutos? É muito simples, Deus sempre dá uma nova oportunidade, como diz o evangelho. Ele é um Pai misericordioso, como diz o salmo, que, quando vê um bom propósito, um desejo de melhorar, se entusiasma porque almeja o meu bem. Agora, ainda que em Deus se acenda a esperança, esse propósito não equivale a fruto, devo começar a trabalhar. Diz Santo Agostinho: “Amor são obras, não boas razões”.
Mas, como dar frutos? Isso também é muito simples e as duas leituras nos dão uma resposta: aproximar-nos de Deus (1ª Leitura) e beber do rochedo que é Cristo (2ª Leitura). É Deus quem dá os frutos como diz São João: “Sem mim nada podeis fazer” (15,5).
Porém, não podemos chegar perto de Deus de qualquer jeito. É preciso tirar as sandálias, como Moisés diante de Deus. Isso quer dizer, deixar de lado as seguranças humanas, os bens deste mundo, e colocar as nossas esperanças em Deus. Temos que nos aproximar de Deus com sinceridade, sem interesses particulares, como quem faz um presente a um amigo por um instante e antes de partir o reclama de volta.
Peçamos a Deus nunca apartar-nos da Sua presença para que, com Ele, possamos dar frutos de vida eterna.
Busquemos fazer uma oração diária de cinco minutos pedindo luz para saber que fruto quer que eu dê.
Sem. Antonio Maldaner, LC
Fonte: www.pastoralis.com.br/pastoralis/html/modules/smartsection/item.php?itemid=648
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