A QUARESMA É O MELHOR PERÍODO PARA A ALMA
"Se Ele declara sobre o pão: 'Isto é o meu Corpo', quem se atreverá a negá-lo? E se afirma: 'Este é o meu Sangue', quem duvidará sustendo que não é o Seu Sangue".
São Cirilo de Jerusalém
Resumo das leituras:
1ª leitura (Deuteronômio 26,4-10): Profissão de fé do povo eleito.
Salmo 90: Em minhas dores, ó Senhor, permanecei junto de mim!
2ª leitura (Romanos 10,8-13): Profissão de fé dos que creem em Cristo.
Evangelho (Lucas 4,1-13): Jesus, no deserto, era guiado pelo Espírito e foi tentado.
REFLEXÃO:
A Quarta-Feira de Cinzas marcou o início da Quaresma. As cinzas apresentam já, de entrada, o sentido de penitência que este período comporta. Temos que nos preparar intensamente nessa marcha de quarenta dias para poder obter, da melhor forma possível, a coroa da Ressurreição, oferecida por Cristo.
O Evangelho de hoje nos indica os principais elementos da Quaresma: o deserto, os quarenta dias, a oração, o jejum, a luta contra a tentação. Fixemos o olhar neste último aspecto.
Quem é o tentador? Não é Deus, como diz o apóstolo Tiago (1,13), mas sim o Diabo. Tal nome vem do grego e significa “mentiroso”, enquanto que Satanás em hebreu significa “adversário”. Isso é o que ele faz: Põe-nos em dúvida e nos provoca de forma suspicaz com mentiras, porque quer o mal para nós.
Satanás sempre lança as suas tentações pelo nosso lado mais fraco. Quando nos divertimos com os amigos no sábado, ele sussurra ao nosso ouvido interior: “Você trabalhou toda a semana, agora bebe quanto quiser para matar as penas”; assim também quando estamos cansados no domingo, nos sugere: “Não seja fanático, hoje você está cansado, ninguém pode lhe obrigar a ir à missa”.
Com Cristo, aconteceu a mesma coisa. No momento em que Ele mais precisava de comida, o Diabo investe oferecendo comida. Satanás efetuou o seu ataque de forma oportunista, suspicaz. Não podemos pensar que queria oferecer uma ajuda a Cristo. De jeito nenhum, seu objetivo era outro.
O DIABO QUERIA DESVIÁ-LO DA SUA MISSÃO: NÃO SERVIR O PAI, MAS A SI MESMO.
Age de forma progressiva. No começo, sugere transformar pedras em pão, parece um ato de clemência. A tentação num segundo momento atinge dimensões mais evidentes: tentação de vanglória. Além do mais, se declara mentiroso porque o Diabo não é o dono da criação de Deus. É mais, só pode ser dono de quem se oferece a ele, é por isso que se dão possessões diabólicas.
Novamente tenta afastá-Lo da missão: em lugar da Cruz, humildade e serviço, propõe um reino de domínio, de poder, esplendor.
Enfrentemos a tentação seguindo o exemplo de Cristo: com a oração, a vigilância, o sacrifício e o jejum.
Cristo nos convidou a acompanhá-Lo em oração no Getsêmani, acompanhemos-lhe também agora no deserto.
Façamos uma lista de quatro propósitos para vivê-los nesta Quaresma.
Sem. Antonio Maldaner, LC
Fonte: www.pastoralis.com.br/pastoralis/html/modules/smartsection/item.php?itemid=631
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