domingo, 27 de dezembro de 2009

Mensagem Urbi et Orbi, de Bento XVI, por ocasião do Natal

Da Redação, com Rádio Vaticano

Queridos irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro,
e vós todos, homens e mulheres amados pelo Senhor!

«Lux fulgebit hodie super nos,
quia natus est nobis Dominus.
- Hoje sobre nós resplandecerá uma luz
porque nasceu para nós o Senhor»
(Missal Romano: Antífona de Entrada, da Missa da Aurora no Natal do Senhor)

A liturgia da Missa da Aurora lembrou-nos que a noite já passou, o dia vai alto; a luz que provém da gruta de Belém resplandece sobre nós.

Todavia a Bíblia e a Liturgia não nos falam da luz natural, mas de uma luz diversa, especial, de algum modo apontada e orientada para um «nós», o mesmo «nós» para quem o Menino de Belém «nasceu». Este «nós» é a Igreja, a grande família universal dos que acreditam em Cristo, que aguardaram com esperança o novo nascimento do Salvador e hoje celebram no mistério a perene atualidade deste acontecimento.

Ao princípio, ao redor da manjedoura de Belém, aquele «nós» era quase invisível aos olhos dos homens. Como nos diz o Evangelho de São Lucas, englobava, para além de Maria e José, poucos e humildes pastores que acorreram à gruta avisados pelos Anjos. A luz do primeiro Natal foi como um fogo aceso na noite. À volta tudo estava escuro, enquanto na gruta resplandecia a luz verdadeira «que ilumina todo o homem» (Jo 1, 9). E no entanto tudo acontece na simplicidade e ocultamente, segundo o estilo com que Deus atua em toda a história da salvação. Deus gosta de acender luzes circunscritas, para iluminarem depois ao longe e ao largo. A Verdade e também o Amor, que são o seu conteúdo, acendem-se onde a luz é acolhida, difundindo-se depois em círculos concêntricos, quase por contato, nos corações e mentes de quantos, abrindo-se livremente ao seu esplendor, se tornam por sua vez fontes de luz. É a história da Igreja que inicia o seu caminho na pobre gruta de Belém e, através dos séculos, se torna Povo e fonte de luz para a humanidade. Também hoje, por meio daqueles que vão ao encontro do Menino, Deus ainda acende fogueiras na noite do mundo para convidar os homens a reconhecerem em Jesus o «sinal» da sua presença salvífica e libertadora e estender o «nós» dos crentes em Cristo à humanidade inteira.

Onde quer que haja um «nós» que acolhe o amor de Deus, aí resplandece a luz de Cristo, mesmo nas situações mais difíceis. A Igreja, como a Virgem Maria, oferece ao mundo Jesus, o Filho, que Ela própria recebeu em dom e que veio para libertar o homem da escravidão do pecado. Como Maria, a Igreja não tem medo, porque aquele Menino é a sua força. Mas, não O guarda para si: oferece-O a quantos O procuram de coração sincero, aos humildes da terra e aos aflitos, às vítimas da violência, a quantos suspiram pelo bem da paz. Também hoje, à família humana profundamente marcada por uma grave crise, certamente económica mas antes ainda moral, e por dolorosas feridas de guerras e conflitos, a Igreja, com o estilo da partilha e da fidelidade ao homem, repete com os pastores: «Vamos até Belém» (Lc 2, 15), lá encontraremos a nossa esperança.

O «nós» da Igreja vive no território onde Jesus nasceu, na Terra Santa, para convidar os seus habitantes a abandonarem toda a lógica de violência e represália e a comprometerem-se com renovado vigor e generosidade no caminho para uma convivência pacífica. O «nós» da Igreja está presente nos outros países do Médio Oriente. Como não pensar na atribulada situação do Iraque e no «pequenino rebanho» de cristãos que vive na região? Às vezes sofre violências e injustiças, mas está sempre disposto a oferecer a sua própria contribuição para a edificação da convivência civil contrária à lógica do conflito e rejeição do vizinho. O «nós» da Igreja actua no Sri Lanka, na Península Coreana e nas Filipinas, e ainda noutras terras asiáticas, como fermento de reconciliação e de paz. No continente africano, não cessa de erguer a voz até Deus para implorar o fim de toda a prepotência na República Democrática do Congo; convida os cidadãos da Guiné e do Níger ao respeito dos direitos de cada pessoa e ao diálogo; aos de Madagáscar pede para superarem as divisões internas e acolherem-se reciprocamente; a todos lembra que são chamados à esperança, não obstante os dramas, provações e dificuldades que continuam a afligi-los. Na Europa e na América do Norte, o «nós» da Igreja incita a superar a mentalidade egoísta e tecnicista, a promover o bem comum e a respeitar as pessoas mais débeis, a começar daquelas ainda por nascer. Nas Honduras, ajuda a retomar o caminho institucional; em toda a América Latina, o «nós» da Igreja é fator de identidade, plenitude de verdade e caridade que nenhuma ideologia pode substituir, apelo ao respeito dos direitos inalienáveis de cada pessoa e ao seu desenvolvimento integral, anúncio de justiça e fraternidade, fonte de unidade.

Fiel ao mandato do seu Fundador, a Igreja é solidária com aqueles que são atingidos pelas calamidades naturais e pela pobreza, mesmo nas sociedades opulentas. Frente ao êxodo de quantos emigram da sua terra e são arremessados para longe pela fome, a intolerância ou a degradação ambiental, a Igreja é uma presença que chama ao acolhimento. Numa palavra, a Igreja anuncia por toda a parte o Evangelho de Cristo, apesar das perseguições, as discriminações, os ataques e a indiferença, por vezes hostil, mas que lhe consentem de partilhar a sorte do seu Mestre e Senhor.

Queridos irmãos e irmãs, que grande dom é fazer parte de uma comunhão que é para todos! É a comunhão da Santíssima Trindade, de cujo seio desceu ao mundo o Emanuel, Jesus, Deus-conosco. Como os pastores de Belém, contemplamos cheios de maravilha e gratidão este mistério de amor e de luz!

Boas festas de Natal para todos
!

domingo, 20 de dezembro de 2009

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE BENTO XVI PARA A CELEBRAÇÃO DO DIA MUNDIAL DA PAZ - 1 DE JANEIRO DE 2010.

SE QUISERES CULTIVAR A PAZ, PRESERVA A CRIAÇÃO

1. Por ocasião do início do Ano Novo, desejo expressar os mais ardentes votos de paz a todas as comunidades cristãs, aos responsáveis das nações, aos homens e mulheres de boa vontade do mundo inteiro. Para este XLIII Dia Mundial da Paz, escolhi o tema: Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação. O respeito pela criação reveste-se de grande importância, designadamente porque «a criação é o princípio e o fundamento de todas as obras de Deus»[1] e a sua salvaguarda torna-se hoje essencial para a convivência pacífica da humanidade. Com efeito, se são numerosos os perigos que ameaçam a paz e o autêntico desenvolvimento humano integral, devido à desumanidade do homem para com o seu semelhante – guerras, conflitos internacionais e regionais, actos terroristas e violações dos direitos humanos –, não são menos preocupantes os perigos que derivam do desleixo, se não mesmo do abuso, em relação à terra e aos bens naturais que Deus nos concedeu. Por isso, é indispensável que a humanidade renove e reforce «aquela aliança entre ser humano e ambiente que deve ser espelho do amor criador de Deus, de Quem provimos e para Quem estamos a caminho».[2]

2. Na encíclica Caritas in veritate, pus em realce que o desenvolvimento humano integral está intimamente ligado com os deveres que nascem da relação do homem com o ambiente natural, considerado como uma dádiva de Deus para todos, cuja utilização comporta uma responsabilidade comum para com a humanidade inteira, especialmente os pobres e as gerações futuras. Assinalei também que corre o risco de atenuar-se, nas consciências, a noção da responsabilidade, quando a natureza e sobretudo o ser humano são considerados simplesmente como fruto do acaso ou do determinismo evolutivo.[3] Pelo contrário, conceber a criação como dádiva de Deus à humanidade ajuda-nos a compreender a vocação e o valor do homem; na realidade, cheios de admiração, podemos proclamar com o salmista: «Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a lua e as estrelas que lá colocastes, que é o homem para que Vos lembreis dele, o filho do homem para dele Vos ocupardes?» (Sl 8, 4-5). Contemplar a beleza da criação é um estímulo para reconhecer o amor do Criador; aquele Amor que «move o sol e as outras estrelas».[4]

3. Há vinte anos, ao dedicar a Mensagem do Dia Mundial da Paz ao tema Paz com Deus criador, paz com toda a criação, o Papa João Paulo II chamava a atenção para a relação que nós, enquanto criaturas de Deus, temos com o universo que nos circunda. «Observa-se nos nossos dias – escrevia ele – uma consciência crescente de que a paz mundial está ameaçada (…) também pela falta do respeito devido à natureza». E acrescentava que esta consciência ecológica «não deve ser reprimida mas antes favorecida, de maneira que se desenvolva e vá amadurecendo até encontrar expressão adequada em programas e iniciativas concretas».[5] Já outros meus predecessores se referiram à relação existente entre o homem e o ambiente; por exemplo, em 1971, por ocasião do octogésimo aniversário da encíclica Rerum novarum de Leão XIII, Paulo VI houve por bem sublinhar que, «por motivo de uma exploração inconsiderada da natureza, [o homem] começa a correr o risco de a destruir e de vir a ser, também ele, vítima dessa degradação». E acrescentou que, deste modo, «não só o ambiente material se torna uma ameaça permanente – poluições e lixo, novas doenças, poder destruidor absoluto – mas é o próprio contexto humano que o homem não consegue dominar, criando assim para o dia de amanhã um ambiente global que se lhe poderá tornar insuportável. Problema social de grande envergadura, este, que diz respeito à inteira família humana».[6]

4. Embora evitando de intervir sobre soluções técnicas específicas, a Igreja, «perita em humanidade», tem a peito chamar vigorosamente a atenção para a relação entre o Criador, o ser humano e a criação. Em 1990, João Paulo II falava de «crise ecológica» e, realçando o carácter prevalecentemente ético de que a mesma se revestia, indicava «a urgente necessidade moral de uma nova solidariedade».[7] Hoje, com o proliferar de manifestações duma crise que seria irresponsável não tomar em séria consideração, tal apelo aparece ainda mais premente. Pode-se porventura ficar indiferente perante as problemáticas que derivam de fenómenos como as alterações climáticas, a desertificação, o deterioramento e a perda de produtividade de vastas áreas agrícolas, a poluição dos rios e dos lençóis de água, a perda da biodiversidade, o aumento de calamidades naturais, o desflorestamento das áreas equatoriais e tropicais? Como descurar o fenómeno crescente dos chamados «prófugos ambientais», ou seja, pessoas que, por causa da degradação do ambiente onde vivem, se vêem obrigadas a abandoná-lo – deixando lá muitas vezes também os seus bens – tendo de enfrentar os perigos e as incógnitas de uma deslocação forçada? Com não reagir perante os conflitos, já em acto ou potenciais, relacionados com o acesso aos recursos naturais? Trata-se de um conjunto de questões que têm um impacto profundo no exercício dos direitos humanos, como, por exemplo, o direito à vida, à alimentação, à saúde, ao desenvolvimento.

5. Entretanto tenha-se na devida conta que não se pode avaliar a crise ecológica prescindindo das questões relacionadas com ela, nomeadamente o próprio conceito de desenvolvimento e a visão do homem e das suas relações com os seus semelhantes e com a criação. Por isso, é decisão sensata realizar uma revisão profunda e clarividente do modelo de desenvolvimento e também reflectir sobre o sentido da economia e dos seus objectivos, para corrigir as suas disfunções e deturpações. Exige-o o estado de saúde ecológica da terra; reclama-o também e sobretudo a crise cultural e moral do homem, cujos sintomas há muito tempo que se manifestam por toda a parte.[8] A humanidade tem necessidade de uma profunda renovação cultural; precisa de redescobrir aqueles valores que constituem o alicerce firme sobre o qual se pode construir um futuro melhor para todos. As situações de crise que está atravessando, de carácter económico, alimentar, ambiental ou social, no fundo são também crises morais e estão todas interligadas. Elas obrigam a projectar de novo a estrada comum dos homens. Impõem, de maneira particular, um modo de viver marcado pela sobriedade e solidariedade, com novas regras e formas de compromisso, apostando com confiança e coragem nas experiências positivas realizadas e rejeitando decididamente as negativas. É o único modo de fazer com que a crise actual se torne uma ocasião para discernimento e nova projectação.

6. Porventura não é verdade que, na origem daquela que em sentido cósmico chamamos «natureza», há «um desígnio de amor e de verdade»? O mundo «não é fruto duma qualquer necessidade, dum destino cego ou do acaso, (…) procede da vontade livre de Deus, que quis fazer as criaturas participantes do seu Ser, da sua sabedoria e da sua bondade».[9] Nas suas páginas iniciais, o livro do Génesis introduz-nos no projecto sapiente do cosmos, fruto do pensamento de Deus, que, no vértice, colocou o homem e a mulher, criados à imagem e semelhança do Criador, para «encher e dominar a terra» como «administradores» em nome do próprio Deus (cf. Gn 1, 28). A harmonia descrita na Sagrada Escritura entre o Criador, a humanidade e a criação foi quebrada pelo pecado de Adão e Eva, do homem e da mulher, que pretenderam ocupar o lugar de Deus, recusando reconhecer-se como suas criaturas. Em consequência, ficou deturpada também a tarefa de «dominar» a terra, de a «cultivar e guardar» e gerou-se um conflito entre eles e o resto da criação (cf. Gn 3, 17-19). O ser humano deixou-se dominar pelo egoísmo, perdendo o sentido do mandato de Deus, e, no relacionamento com a criação, comportou-se como explorador pretendendo exercer um domínio absoluto sobre ela. Mas o verdadeiro significado do mandamento primordial de Deus, bem evidenciado no livro do Génesis, não consistia numa simples concessão de autoridade, mas antes num apelo à responsabilidade. Aliás, a sabedoria dos antigos reconhecia que a natureza está à nossa disposição, mas não como «um monte de lixo espalhado ao acaso»,[10] enquanto a Revelação bíblica nos fez compreender que a natureza é dom do Criador, o Qual lhe traçou os ordenamentos intrínsecos a fim de que o homem pudesse deduzir deles as devidas orientações para a «cultivar e guardar» (cf. Gn 2, 15).[11] Tudo o que existe pertence a Deus, que o confiou aos homens, mas não à sua arbitrária disposição. E quando o homem, em vez de desempenhar a sua função de colaborador de Deus, se coloca no lugar de Deus, acaba por provocar a rebelião da natureza, «mais tiranizada que governada por ele».[12] O homem tem, portanto, o dever de exercer um governo responsável da criação, preservando-a e cultivando-a.[13]

7. Infelizmente temos de constatar que um grande número de pessoas, em vários países e regiões da terra, experimenta dificuldades cada vez maiores, porque muitos se descuidam ou se recusam a exercer sobre o ambiente um governo responsável. O Concílio Ecuménico Vaticano II lembrou que «Deus destinou a terra com tudo o que ela contém para uso de todos os homens e povos».[14] Por isso, a herança da criação pertence à humanidade inteira. Entretanto o ritmo actual de exploração põe seriamente em perigo a disponibilidade de alguns recursos naturais não só para a geração actual, mas sobretudo para as gerações futuras.[15] Ora não é difícil constatar como a degradação ambiental é muitas vezes o resultado da falta de projectos políticos clarividentes ou da persecução de míopes interesses económicos, que se transformam, infelizmente, numa séria ameaça para a criação. Para contrastar tal fenómeno, na certeza de que «cada decisão económica tem consequências de carácter moral»,[16] é necessário também que a actividade económica seja mais respeitadora do ambiente. Quando se lança mão dos recursos naturais, é preciso preocupar-se com a sua preservação prevendo também os seus custos em termos ambientais e sociais, que se devem contabilizar como uma parcela essencial da actividade económica. Compete à comunidade internacional e aos governos nacionais dar os justos sinais para contrastar de modo eficaz, no uso do ambiente, as modalidades que resultem danosas para o mesmo. Para proteger o ambiente e tutelar os recursos e o clima é preciso, por um lado, agir no respeito de normas bem definidas mesmo do ponto de vista jurídico e económico e, por outro, ter em conta a solidariedade devida a quantos habitam nas regiões mais pobres da terra e às gerações futuras.

8. Na realidade, é urgente a obtenção de uma leal solidariedade entre as gerações. Os custos resultantes do uso dos recursos ambientais comuns não podem ficar a cargo das gerações futuras. «Herdeiros das gerações passadas e beneficiários do trabalho dos nossos contemporâneos, temos obrigações para com todos, e não podemos desinteressar-nos dos que virão depois de nós aumentar o círculo da família humana. A solidariedade universal é para nós não só um facto e um benefício, mas também um dever. Trata-se de uma responsabilidade que as gerações presentes têm em relação às futuras, uma responsabilidade que pertence também a cada um dos Estados e à comunidade internacional».[17] O uso dos recursos naturais deverá verificar-se em condições tais que as vantagens imediatas não comportem consequências negativas para os seres vivos, humanos e não humanos, presentes e vindouros; que a tutela da propriedade privada não dificulte o destino universal dos bens;[18] que a intervenção do homem não comprometa a fecundidade da terra para benefício do dia de hoje e do amanhã. Para além de uma leal solidariedade entre as gerações, há que reafirmar a urgente necessidade moral de uma renovada solidariedade entre os indivíduos da mesma geração, especialmente nas relações entre os países em vias de desenvolvimento e os países altamente industrializados: «A comunidade internacional tem o imperioso dever de encontrar as vias institucionais para regular a exploração dos recursos não renováveis, com a participação também dos países pobres, de modo a planificar em conjunto o futuro».[19] A crise ecológica manifesta a urgência de uma solidariedade que se projecte no espaço e no tempo. Com efeito, é importante reconhecer, entre as causas da crise ecológica actual, a responsabilidade histórica dos países industrializados. Contudo os países menos desenvolvidos e, de modo particular, os países emergentes não estão exonerados da sua própria responsabilidade para com a criação, porque o dever de adoptar gradualmente medidas e políticas ambientais eficazes pertence a todos. Isto poder-se-ia realizar mais facilmente se houvesse cálculos menos interesseiros na assistência, na transferência dos conhecimentos e tecnologias menos poluidoras.

9. Um dos nós principais a enfrentar pela comunidade internacional é, sem dúvida, o dos recursos energéticos, delineando estratégias compartilhadas e sustentáveis para satisfazer as necessidades de energia da geração actual e das gerações futuras. Para isso, é preciso que as sociedades tecnologicamente avançadas estejam dispostas a favorecer comportamentos caracterizados pela sobriedade, diminuindo as próprias necessidades de energia e melhorando as condições da sua utilização. Ao mesmo tempo é preciso promover a pesquisa e a aplicação de energias de menor impacto ambiental e a «redistribuição mundial dos recursos energéticos, de modo que os próprios países desprovidos possam ter acesso aos mesmos».[20] Deste modo, a crise ecológica oferece uma oportunidade histórica para elaborar uma resposta colectiva tendente a converter o modelo de desenvolvimento global segundo uma direcção mais respeitadora da criação e de um desenvolvimento humano integral, inspirado nos valores próprios da caridade na verdade. Faço votos, portanto, de que se adopte um modelo de desenvolvimento fundado na centralidade do ser humano, na promoção e partilha do bem comum, na responsabilidade, na consciência da necessidade de mudar os estilos de vida e na prudência, virtude que indica as acções que se devem realizar hoje na previsão do que poderá suceder amanhã.[21]

10. A fim de guiar a humanidade para uma gestão globalmente sustentável do ambiente e dos recursos da terra, o homem é chamado a concentrar a sua inteligência no campo da pesquisa científica e tecnológica e na aplicação das descobertas que daí derivam. A «nova solidariedade», que João Paulo II propôs na Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1990,[22] e a «solidariedade global», a que eu mesmo fiz apelo na Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2009,[23] apresentam-se como atitudes essenciais para orientar o compromisso de tutela da criação através de um sistema de gestão dos recursos da terra melhor coordenado a nível internacional, sobretudo no momento em que se vê aparecer, de forma cada vez mais evidente, a forte relação que existe entre a luta contra a degradação ambiental e a promoção do desenvolvimento humano integral. Trata-se de uma dinâmica imprescindível, já que «o desenvolvimento integral do homem não pode realizar-se sem o desenvolvimento solidário da humanidade».[24] Muitas são hoje as oportunidades científicas e os potenciais percursos inovadores, mediante os quais é possível fornecer soluções satisfatórias e respeitadoras da relação entre o homem e o ambiente. Por exemplo, é preciso encorajar as pesquisas que visam identificar as modalidades mais eficazes para explorar a grande potencialidade da energia solar. A mesma atenção se deve prestar à questão, hoje mundial, da água e ao sistema hidrogeológico global, cujo ciclo se reveste de primária importância para a vida na terra, mas está fortemente ameaçado na sua estabilidade pelas alterações climáticas. De igual modo deve-se procurar apropriadas estratégias de desenvolvimento rural centradas nos pequenos cultivadores e nas suas famílias, sendo necessário também elaborar políticas idóneas para a gestão das florestas, o tratamento do lixo, a valorização das sinergias existentes no contraste às alterações climáticas e na luta contra a pobreza. São precisas políticas nacionais ambiciosas, completadas pelo necessário empenho internacional que há-de trazer importantes benefícios sobretudo a médio e a longo prazo. Enfim, é necessário sair da lógica de mero consumo para promover formas de produção agrícola e industrial que respeitem a ordem da criação e satisfaçam as necessidades primárias de todos. A questão ecológica não deve ser enfrentada apenas por causa das pavorosas perspectivas que a degradação ambiental esboça no horizonte; o motivo principal há-de ser a busca duma autêntica solidariedade de dimensão mundial, inspirada pelos valores da caridade, da justiça e do bem comum. Por outro lado, como já tive ocasião de recordar, a técnica «nunca é simplesmente técnica; mas manifesta o homem e as suas aspirações ao desenvolvimento, exprime a tensão do ânimo humano para uma gradual superação de certos condicionamentos materiais. Assim, a técnica insere-se no mandato de “cultivar e guardar a terra” (cf. Gn 2, 15) que Deus confiou ao homem, e há-de ser orientada para reforçar aquela aliança entre ser humano e ambiente em que se deve reflectir o amor criador de Deus».[25]

11. É cada vez mais claro que o tema da degradação ambiental põe em questão os comportamentos de cada um de nós, os estilos de vida e os modelos de consumo e de produção hoje dominantes, muitas vezes insustentáveis do ponto de vista social, ambiental e até económico. Torna-se indispensável uma real mudança de mentalidade que induza a todos a adoptarem novos estilos de vida, «nos quais a busca do verdadeiro, do belo e do bom e a comunhão com os outros homens, em ordem ao crescimento comum, sejam os elementos que determinam as opções do consumo, da poupança e do investimento».[26] Deve-se educar cada vez mais para se construir a paz a partir de opções clarividentes a nível pessoal, familiar, comunitário e político. Todos somos responsáveis pela protecção e cuidado da criação. Tal responsabilidade não conhece fronteiras. Segundo o princípio de subsidiariedade, é importante que cada um, no nível que lhe corresponde, se comprometa a trabalhar para que deixem de prevalecer os interesses particulares. Um papel de sensibilização e formação compete de modo particular aos vários sujeitos da sociedade civil e às organizações não-governamentais, empenhados com determinação e generosidade na difusão de uma responsabilidade ecológica, que deveria aparecer cada vez mais ancorada ao respeito pela «ecologia humana». Além disso, é preciso lembrar a responsabilidade dos meios de comunicação social neste âmbito, propondo modelos positivos que sirvam de inspiração. É que ocu-par-se do ambiente requer uma visão larga e global do mundo; um esforço comum e responsável a fim de passar de uma lógica centrada sobre o interesse egoísta da nação para uma visão que sempre abrace as necessidades de todos os povos. Não podemos permanecer indiferentes àquilo que sucede ao nosso redor, porque a deterioração de uma parte qualquer do mundo recairia sobre todos. As relações entre pessoas, grupos sociais e Estados, bem como as relações entre homem e ambiente são chamadas a assumir o estilo do respeito e da «caridade na verdade». Neste contexto alargado, é altamente desejável que encontrem eficaz correspondência os esforços da comunidade internacional que visam obter um progressivo desarmamento e um mundo sem armas nucleares, cuja mera presença ameaça a vida da terra e o processo de desenvolvimento integral da humanidade actual e futura.

12. A Igreja tem a sua parte de responsabilidade pela criação e sente que a deve exercer também em âmbito público, para defender a terra, a água e o ar, dádivas feitas por Deus Criador a todos, e antes de tudo para proteger o homem contra o perigo da destruição de si mesmo. Com efeito, a degradação da natureza está intimamente ligada à cultura que molda a convivência humana, pelo que, «quando a “ecologia humana”é respeitada dentro da sociedade, beneficia também a ecologia ambiental».[27] Não se pode pedir aos jovens que respeitem o ambiente, se não são ajudados, em família e na sociedade, a respeitar-se a si mesmos: o livro da natureza é único, tanto sobre a vertente do ambiente como sobre a da ética pessoal, familiar e social.[28] Os deveres para com o ambiente derivam dos deveres para com a pessoa considerada em si mesma e no seu relacionamento com os outros. Por isso, de bom grado encorajo a educação para uma responsabilidade ecológica, que, como indiquei na encíclica Caritas in veritate, salvaguarde uma autêntica «ecologia humana» e consequentemente afirme, com renovada convicção, a inviolabilidade da vida humana em todas as suas fases e condições, a dignidade da pessoa e a missão insubstituível da família, onde se educa para o amor ao próximo e o respeito da natureza.[29] É preciso preservar o património humano da sociedade. Este património de valores tem a sua origem e está inscrito na lei moral natural, que é fundamento do respeito da pessoa humana e da criação.

13. Por fim não se deve esquecer o facto, altamente significativo, de que muitos encontram tranquilidade e paz, sentem-se renovados e revigorados quando entram em contacto directo com a beleza e a harmonia da natureza. Existe aqui uma espécie de reciprocidade: quando cuidamos da criação, constatamos que Deus, através da criação, cuida de nós. Por outro lado, uma visão correcta da relação do homem com o ambiente impede de absolutizar a natureza ou de a considerar mais importante do que a pessoa. Se o magistério da Igreja exprime perplexidades acerca de uma concepção do ambiente inspirada no ecocentrismo e no biocentrismo, fá-lo porque tal concepção elimina a diferença ontológica e axiológica entre a pessoa humana e os outros seres vivos. Deste modo, chega-se realmente a eliminar a identidade e a função superior do homem, favorecendo uma visão igualitarista da «dignidade» de todos os seres vivos. Assim se dá entrada a um novo panteísmo com acentos neopagãos que fazem derivar apenas da natureza, entendida em sentido puramente naturalista, a salvação para o homem. Ao contrário, a Igreja convida a colocar a questão de modo equilibrado, no respeito da «gramática» que o Criador inscreveu na sua obra, confiando ao homem o papel de guardião e administrador responsável da criação, papel de que certamente não deve abusar mas também não pode abdicar. Com efeito, a posição contrária, que considera a técnica e o poder humano como absolutos, acaba por ser um grave atentado não só à natureza, mas também à própria dignidade humana.[30]

14. Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação. A busca da paz por parte de todos os homens de boa vontade será, sem dúvida alguma, facilitada pelo reconhecimento comum da relação indivisível que existe entre Deus, os seres humanos e a criação inteira. Os cristãos, iluminados pela Revelação divina e seguindo a Tradição da Igreja, prestam a sua própria contribuição. Consideram o cosmos e as suas maravilhas à luz da obra criadora do Pai e redentora de Cristo, que, pela sua morte e ressurreição, reconciliou com Deus «todas as criaturas, na terra e nos céus» (Cl 1, 20). Cristo crucificado e ressuscitado concedeu à humanidade o dom do seu Espírito santificador, que guia o caminho da história à espera daquele dia em que, com o regresso glorioso do Senhor, serão inaugurados «novos céus e uma nova terra» (2 Pd 3, 13), onde habitarão a justiça e a paz para sempre. Assim, proteger o ambiente natural para construir um mundo de paz é dever de toda a pessoa. Trata-se de um desafio urgente que se há-de enfrentar com renovado e concorde empenho; é uma oportunidade providencial para entregar às novas gerações a perspectiva de um futuro melhor para todos. Disto mesmo estejam cientes os responsáveis das nações e quantos, nos diversos níveis, têm a peito a sorte da humanidade: a salvaguarda da criação e a realização da paz são realidades intimamente ligadas entre si. Por isso, convido todos os crentes a elevarem a Deus, Criador omnipotente e Pai misericordioso, a sua oração fervorosa, para que no coração de cada homem e de cada mulher ressoe, seja acolhido e vivido o premente apelo: Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação.

Vaticano, 8 de Dezembro de 2009.
BENEDICTUS PP. XVI


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[1] Catecismo da Igreja Católica, 198.
[2] Bento XVI, Mensagem para o Dia Mundial da Paz (1 de Janeiro de 2008), 7.
[3] Cf. n. 48.
[4] Dante Alighieri, Divina Comédia: O Paraíso, XXXIII, 145.
[5] Mensagem para o Dia Mundial da Paz (1 de Janeiro de 1990), 1.
[6] Carta ap. Octogesima adveniens, 21.
[7] Mensagem para o Dia Mundial da Paz (1 de Janeiro de 1990), 10.
[8] Cf. Bento XVI, Carta enc. Caritas in veritate, 32.
[9] Catecismo da Igreja Católica, 295.
[10] Heráclito de Éfeso(± 535-475 a.C.), Fragmento 22B124, in H. Diels-W. Kranz, Die Fragmente der Vorsokratiker (Weidmann, Berlim 19526).
[11] Cf. Bento XVI, Carta enc. Caritas in veritate, 48.
[12] João Paulo II, Carta enc. Centesimus annus, 37.
[13] Cf. Bento XVI, Carta enc. Caritas in veritate, 50.
[14] Const. past. Gaudium et spes, 69.
[15] Cf. João Paulo II, Carta enc.Sollicitudo rei socialis, 34.
[16] Bento XVI, Carta enc. Caritas in veritate, 37.
[17] Pont. Conselho «Justiça e Paz», Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 467;cf. Paulo VI, Carta enc. Populorum progressio, 17.
[18] Cf. João Paulo II, Carta enc. Centesimus annus, 30-31.43.
[19] Bento XVI, Carta enc. Caritas in veritate, 49.
[20] Ibid., 49.
[21] Cf. São Tomás de Aquino, Summa theologiae, II-II, q. 49, 5.
[22] Cf. n. 9.
[23] Cf. n. 8.
[24] Paulo VI, Carta enc. Populorum progressio, 43.
[25] Carta enc. Caritas in veritate, 69.
[26] João Paulo II, Carta enc. Centesimus annus, 36.
[27] Bento XVI, Carta enc. Caritas in veritate, 51.
[28] Cf. ibid., 15.51.
[29] Cf. ibid., 28.51.61; João Paulo II, Carta enc. Centesimus annus, 38.39.
[30] Cf. Bento XVI, Carta enc. Caritas in veritate, 70.

© Copyright 2009 - Libreria Editrice Vaticana

Fonte: http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/messages/peace/documents/hf_ben-xvi_mes_20091208_xliii-world-day-peace_po.html

Domingo da Sagrada Família: JESUS, MARIA E JOSÉ - 27.12.2009

Vivenciamos, hoje, o domingo da Sagrada Família e, por isso, somos convidados a celebrar a Páscoa de Jesus, a qual se realiza em todas as famílias que aceitam o projeto de Deus na Família de Nazaré, e que encarnam os valores propostos por Jesus, Maria e José: primeira igreja doméstica, exemplo de valores humanos e cristãos.

27/12/2009 Sagrada Família de Jesus, Maria e José
Cor Litúrgica: Branca
1ª Leitura: Eclosiastes 3, 3-7. 14-17
Salmo: 127 (128)
2ª Leitura: Colossenses 3, 12-21
Evangelho: 2, 41-52

Todos os anos os pais de Jesus iam a Jerusalém para a Festa da Páscoa. Quando Jesus tinha doze anos, eles foram à Festa, conforme o seu costume. Depois que a Festa acabou, eles começaram a viagem de volta para casa. Mas Jesus tinha ficado em Jerusalém, e os seus pais não sabiam disso. Eles pensavam que ele estivesse no grupo de pessoas que vinha voltando e por isso viajaram o dia todo. Então começaram a procurá-lo entre os parentes e amigos. Como não o encontraram, voltaram a Jerusalém para procurá-lo. Três dias depois encontraram o menino num dos pátios do Templo, sentado no meio dos mestres da Lei, ouvindo-os e fazendo perguntas a eles. Todos os que o ouviam estavam muito admirados com a sua inteligência e com as respostas que dava. Quando os pais viram o menino, também ficaram admirados. E a sua mãe lhe disse:
Meu filho, por que foi que você fez isso conosco? O seu pai e eu estávamos muito aflitos procurando você.
Jesus respondeu:
Por que vocês estavam me procurando? Não sabiam que eu devia estar na casa do meu Pai?
Mas eles não entenderam o que ele disse.
Então Jesus voltou com os seus pais para Nazaré e continuava a ser obediente a eles. E a sua mãe guardava tudo isso no coração.
Conforme crescia, Jesus ia crescendo também em sabedoria, e tanto Deus como as pessoas gostavam cada vez mais dele.

Comentário do Evangelho: Jesus no Templo

O espaço familiar, iluminado pela fé, torna-se ambiente propício para se viver os valores do Reino.

Lucas, em seu Evangelho e em Atos, destaca Jerusalém como centro de irradiação do cristianismo. Assim, seu Evangelho, desde o início, com as narrativas de infância, realça Jerusalém (Zacarias no templo, apresentação no templo, Jesus entre os doutores) e encerra-se em Jerusalém. Sua intenção teológica é apresentar o cristianismo como um novo Israel, que se irradia a partir da velha Jerusalém.

Os demais evangelistas apresentam a Galiléia, e não Jerusalém, como centro de retomada da missão, depois da ressurreição. Este episódio da ida da família de Jesus a Jerusalém assemelha-se à ida de Ana, com seu filho Samuel, à casa do Senhor, em Silo (primeira leitura).

A cena do menino Jesus entre os doutores no templo envolve temas que serão aprofundados ao longo do Evangelho. Ao afirmar "eu devo estar na casa ("naquilo") que é de meu pai", Jesus revela-se como Filho de Deus.

Inicia seu ensinamento no templo, voltando depois para denunciá-lo por ter-se transformado em covil de ladrões. Priorizando o que é do Pai, mesmo obediente a seus pais, Jesus indica que a família, sendo todos fi lhos de Deus (segunda leitura), deve ser estabelecida em torno do cumprimento da vontade do Pai.

A Sagrada Família questiona e convida à conversão aquelas famílias estabelecidas sob a continuidade do vínculo sanguíneo de raça eleita, bem como as famílias tradicionais, conservadoras em torno de suas propriedades e riquezas.

Oração

Espírito que orienta nossa vida para Deus, ajuda-me a crescer, cada dia, em sabedoria e graça, buscando, como Jesus, adequar minha vida ao querer do Pai.


Prof. Diácono Miguel A. Teodoro

NATAL DE JESUS - Missa do Dia - 25.12.2009

Deus mantém sua Palavra com seu povo escolhido, pois cumpriu-se a promessa: um menino nasceu para nós; O Emanuel – Deus-conosco – é o princípio da paz e a luz que brilha em meio às trevas. Percebe-se que, na fragilidade da criança, Deus se torna presente entre nós. O Divino que se torna humano para tornar o humano Divino.

25/12/2009 NATAL DE JESUS (Missa do Dia)
Cor Litúrgica: Branca
1ª Leitura: Isaías 52, 7-10
Salmo: 97(98)
2ª Leitura: Hebreus 1, 1-6
Evangelho: João 1, 1-18 ou 1-5. 8-14

EVANGELHO:

Naquele tempo o imperador Augusto mandou uma ordem para todos os povos do Império. Todas as pessoas deviam se registrar a fim de ser feita uma contagem da população. Quando foi feito esse primeiro recenseamento, Cirênio era governador da Síria. Então todos foram se registrar, cada um na sua própria cidade.

Por isso José foi de Nazaré, na Galiléia, para a região da Judéia, a uma cidade chamada Belém, onde tinha nascido o rei Davi. José foi registrar-se lá porque era descendente de Davi. Levou consigo Maria, com quem tinha casamento contratado. Ela estava grávida, e aconteceu que, enquanto se achavam em Belém, chegou o tempo de a criança nascer. Então Maria deu à luz o seu primeiro filho. Enrolou o menino em panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na pensão.

Naquela região havia pastores que estavam passando a noite nos campos, tomando conta dos rebanhos de ovelhas. Então um anjo do Senhor apareceu, e a luz gloriosa do Senhor brilhou por cima dos pastores. Eles ficaram com muito medo, mas o anjo disse:

- Não tenham medo! Estou aqui a fim de trazer uma boa notícia para vocês, e ela será motivo de grande alegria também para todo o povo! Hoje mesmo, na cidade de Davi, nasceu o Salvador de vocês - o Messias, o Senhor! Esta será a prova: vocês encontrarão uma criancinha enrolada em panos e deitada numa manjedoura.

No mesmo instante apareceu junto com o anjo uma multidão de outros anjos, como se fosse um exército celestial. Eles cantavam hinos de louvor a Deus, dizendo:

- Glória a Deus nas maiores alturas do céu!
E paz na terra para as pessoas a quem ele quer bem!

Comentário do Evangelho: O nascimento de Jesus

Maria, dá à luz o Filho de Deus e revela a realidade histórica da comunhão de Deus com nossa humanidade.

Por Maria, que concebe e dá à luz o Filho de Deus, todo amoroso e eterno, revela-se a realidade histórica da comunhão de Deus com nossa humanidade.

O Prefácio III da missa do Natal proclama: "Por ele (Jesus) realizou-se neste dia o maravilhoso encontro que nos faz renascer, pois, enquanto o vosso Filho assume a nossa fraqueza, a natureza humana recebe uma incomparável dignidade; torna-se de tal modo um de nós, que nos tornamos eternos".

Jesus, Filho de Deus e Filho de Maria, nasce em uma manjedoura, assumindo a condição dos empobrecidos. Com o anúncio prioritário de seu nascimento aos pastores que, à noite, tomavam conta do rebanho de seu patrão, o evangelista Lucas destaca que Deus escolhe os pequeninos para neles manifestar sua presença.

Oração

Pai, dá-me um coração de pobre que me permita contemplar o nascimento de teu Filho Jesus, que viveu pobre para ser solidário com os pobres.

Prof. Diácono Miguel A. Teodoro

NATAL DE JESUS - Missa da Noite - 24.12.2009

Irmãos e irmãs. Alegremo-nos e exultemos de alegria, pois acaba de nascer para nós o Salvador do mundo. Do céu chega até nos a verdadeira paz que vem de Deus, na singela figura do menino que repousa na manjedoura de nossos corações. Naquele presépio divino contemplamos a revelação de Deus na história da humanidade. Venha! Unamo-nos à coorte celeste e cantemos: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade. FELIZ NATAL

24/12/2009 NATAL DE JESUS (Missa da Noite)
Cor Litúrgica: Branca
1ª Leitura: Isaías 9, 1-6
Salmo: 95(96)
2ª Leitura: Tito 2, 11-14
Evangelho: Lc 1,67-79

EVANGELHO:

Zacarias, o pai de João, cheio do Espírito Santo, começou a profetizar. Ele disse:

- Louvemos o Senhor, o Deus de Israel, pois ele veio ajudar o seu povo e lhe dar a liberdade.
Enviou para nós um poderoso Salvador, aquele que é descendente do seu servo Davi.

Faz muito tempo que Deus disse isso por meio dos seus santos profetas.

Ele prometeu nos salvar dos nossos inimigos e nos livrar do poder de todos os que nos odeiam.
Disse que ia mostrar a sua bondade aos nossos antepassados e lembrar da sua santa aliança.

Ele fez um juramento ao nosso antepassado Abraão; prometeu que nos livraria dos nossos inimigos
e que ia nos deixar servi-lo sem medo, para que sejamos somente dele e façamos o que ele quer em todos os dias da nossa vida.

E você, menino, será chamado de profeta do Deus Altíssimo e irá adiante do Senhor a fim de preparar o caminho para ele.

Você anunciará ao povo de Deus a salvação que virá por meio do perdão dos pecados deles.
Pois o nosso Deus é misericordioso e bondoso.
Ele fará brilhar sobre nós a sua luz e do céu iluminará todos os que vivem na escuridão da sombra da morte, para guiar os nossos passos no caminho da paz.

Comentário do Evangelho: A profecia de Zacarias

João Batista, abre caminho para um Deus universalista

No Primeiro Testamento, prevalece o caráter nacionalista na concepção do Deus de Israel, que elege um povo, o qual se confronta com os demais povos como sendo "inimigos".

E no interior deste próprio povo eleito prevalece a discriminação do "pecado", caracterizado a partir das inobservâncias da Lei controlada pelos chefes religiosos de Israel.

João Batista, rompendo com a tradição sacerdotal paterna e com o templo de Jerusalém, abre caminho para um Deus universalista.

Com Jesus dar-se-á a revelação do Deus amoroso e misericordioso que remove os critérios de exclusão e condenação pela Lei e elimina a prevenção contra o "inimigo", proclamando a reconciliação.

Oração

Pai, coloca-me, como João Batista, a serviço de teu Messias, Jesus Cristo, tornando-me teu profeta, anunciador da libertação a ser realizada em favor da humanidade.

Prof. Diácono Miguel A. Teodoro

ESPERAR O SENHOR COM ALEGRIA...

“Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito, alegrai-vos!” (Fl 4, 4). Eis o convite a ressoar no coração de quem ainda acredita no sentido cristão do Natal. O fundamento desta alegria, contudo, não consiste somente na situação em que vivemos, mas, sobretudo, no fato de que o Senhor está para chegar e de que a nossa libertação está próxima.

Preparar-se bem para o Natal de Jesus significa ir ao Seu encontro, carregado de boas obras. Ao chegar, Jesus quer encontrar nossos corações íntegros e santos, diante de Deus, nosso Pai (cf. 1 Ts 3, 13). Fica, portanto, o convite a progredirmos cada vez mais no modo de proceder para agradar a Deus. Não há Natal verdadeiro sem uma vida cristã autêntica. A graça salvadora de Deus ensina-nos a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver neste mundo com ponderação, justiça e piedade (cf. Tt 2, 11-12).

Vivamos santamente o Advento. Ele educa o olhar do coração a estar vigilante na oração, esperando com alegria a vinda gloriosa do Senhor Jesus. Intensifiquemos nosso relacionamento íntimo com Ele, tornando nossa relação com o próximo afável e fraterna, pois a bondade e a ternura são sinais da presença de Deus.

A cada Natal, há sempre menos espaço no coração das pessoas para Cristo nascer. Parece que a presença amável do Menino-Deus perturba e atrapalha o “bem-estar” egoísta e individualista de um número crescente de gente fechada em si mesma. Não permitamos que o sentido cristão do Natal dê lugar a buscas vazias de felicidade para o coração humano. Por isso, queremos ir ao encontro do Senhor que vem, abandonando tudo o que obstaculiza Cristo nascer onde Ele ainda não nasceu no ser e no agir de cada pessoa.

O verdadeiro cristão é precursor de Cristo, é transparência viva a quem quer ver Jesus, caminho por onde Ele quer chegar a todos. Acolhamos nosso Salvador na fé, encarnando-O em nosso jeito de ser e de amar. Queremos celebrar o aniversário de Jesus com Ele, permitindo a Maria e José renovarem a experiência de Belém em nossa própria casa e no seio de nossa família.

Desejo que o Natal de cada diocesana e de cada diocesano aconteça num oásis de ternura, acolhimento, bondade, misericórdia, amor e paz.

A todas e a todos um Natal repleto de alegria e santidade, com meu abraço amigo e uma especial bênção.

Dom Nelson Westrupp, scj
Bispo Diocesano de Santo André

domingo, 6 de dezembro de 2009

4º Domingo do Advento - 20 de dezembro de 2009


Neste IV Domingo do Advento nos deparamos com a disponibilidade daquela que, graciosamente, respondeu “sim” a Deus. Nesse sentido, graças ao “sim” de Maria, nos reunimos para celebrar esta eucaristia, na qual buscamos fazer memória da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Busquemos nesta liturgia acompanhar os passos daquela que se tornou bendita entre as mulheres e que, hoje, se dirige solidária e que, a passos largos, visita Isabel para prestar-lhe seus serviços.

20/12/2009 4º Domingo do Advento
Cor Litúrgica: Roxa
1ª Leitura: Miquéias 5, 1- 4
Salmo: 79(80)
2ª Leitura: Hebreus 10, 5-10
Evangelho: Lc 1,39-45

EVANGELHO:

Alguns dias depois, Maria se aprontou e foi depressa para uma cidade que ficava na região montanhosa da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se mexeu na barriga dela. Então, cheia do poder do Espírito Santo, Isabel disse bem alto:

Você é a mais abençoada de todas as mulheres, e a criança que você vai ter é abençoada também! Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha me visitar?! Quando ouvi você me cumprimentar, a criança ficou alegre e se mexeu dentro da minha barriga. Você é abençoada, pois acredita que vai acontecer o que o Senhor lhe disse.

Comentário do Evangelho: Maria visita Isabel

Feliz aquela que acreditou pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido.

O batismo de Jesus feito por João, bem testemunhado pelos quatro evangelistas, revela a íntima ligação entre a proclamação de João e, em continuidade, a proclamação de Jesus com a revelação da Boa-Nova da comunhão de vida com Deus.

Esta ligação é realçada por Lucas, no início de seu Evangelho. Isto é feito com as narrativas dos anúncios a Zacarias e a Maria, respectivamente, com a apresentação dos dois nascimentos, de João e de Jesus, em paralelo, e com esta narrativa davisitação de Maria a Isabel. Estas narrativas visam afirmar a supremacia de Jesus em relação a João Batista desde seus nascimentos. Maria, ao receber o anúncio de que conceberia a Jesus, teve como sinal dado pelo anjo Gabriel a concepção que, também, acontecia a sua prima Isabel, já no sexto mês.

Ela parte então para visitar e servir Isabel já nos últimos meses de gravidez. Lucas apresenta Maria, com seu fi lho no ventre, seguindo o percurso da gentílica e periférica Galiléia à Judéia, na casa de Zacarias, sacerdote do templo de Jerusalém, em um encontro do desabrochar da vida.

Mais tarde, Jesus fará este percurso, em direção a Jerusalém, para o momento da consumação fi nal de seu ministério e de sua vida. Da mesma forma como o anjo entrou na casa de Maria e a saudou, comunicando-lhe o Espírito Santo, Maria, agora, entra e saúda Isabel.

Esta, ouvindo a saudação de Maria, fica cheia do Espírito Santo. Isabel passa então a profetizar. Confi rma que Maria é mãe do seu Senhor, cuja presença comunica alegria ao menino em seu ventre.

E Maria, em sua maternidade, é bem-aventurada por ter acreditado em tudo o que foi dito da parte do Senhor, e que será realizado. Ao consentimento de Maria, "faça-se em mim segundo a tua palavra", seguir-se-á, depois, o "eis que eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade", de Jesus (segunda leitura). Jesus o realizará pelo convívio amoroso e misericordioso que comunica a santidade e a vida divina a todos.

A antiga religião baseada em vítimas e oferendas, holocaustos e sacrifícios pelo pecado não foi do agrado de Deus. O Evangelho de Lucas, acompanhando o de Mateus, narrará o nascimento do menino Jesus em Belém de Judá, como sendo o cumprimento da profecia de Miquéias. Por aquela que aceita dar à luz, nascerá aquele que traz a paz.

Oração

Pai, a exemplo de Isabel, anseio conhecer a verdadeira identidade de Maria que, na sua humildade, tornou-se o ser humano abençoado por excelência.
Prof. Diácono Miguel A. Teodoro
fonte:
http://www.teologiafeevida.com.br/

3º Domingo do Advento - 13 de dezembro de 2009

Hoje, a alegria deve invadir nossos corações, pois o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo se aproxima. Não devemos permitir que essa alegria seja ofuscada pelo capitalismo exacerbado e, muito menos, pelos interesses egoístas. Vamos abrir nossos corações para a Palavra de Deus que nos é dirigida neste III Domingo do Advento, pois temos muito a aprender com a mensagem de João Batista.

13/12/2009 3º Domingo do Advento
Cor Litúrgica: Rósea - Domingo da Alegria ou Domingo Gaudete
1ª Leitura: Sofonias 3, 14-18
Salmo: Is 12
2ª Leitura: Filipenses 4, 4-7
Evangelho: Lc 3,10-18

EVANGELHO:

Então o povo perguntava:
- O que devemos fazer?
Ele respondia:
- Quem tiver duas túnicas dê uma a quem não tem nenhuma, e quem tiver comida reparta com quem não tem.
Alguns cobradores de impostos também chegaram para serem batizados e perguntaram a João:
- Mestre, o que devemos fazer?
- Não cobrem mais do que a lei manda! - respondeu João.
Alguns soldados também perguntavam:
- E nós, o que devemos fazer?
E João respondia:
- Não tomem dinheiro de ninguém, nem pela força nem por meio de acusações falsas. E se contentem com o salário que recebem.

As esperanças do povo começaram a aumentar, e eles pensavam que talvez João fosse o Messias. Mas João disse a todos:

Eu batizo vocês com água, mas está chegando alguém que é mais importante do que eu, e não mereço a honra de desamarrar as correias das sandálias dele. Ele os batizará com o Espírito Santo e come fogo. Com a pá que tem na mão, ele vai separar o trigo da palha. Guardará o trigo no seu depósito, mas queimará a palha no fogo que nunca se apaga.

João anunciava de muitas maneiras diferentes a boa notícia ao povo e apelava a eles para que mudassem de vida.

Comentário do Evangelho: A mensagem de João Batista

Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu.

João Batista tem um destaque especial nas narrativas dos Evangelhos. Ele é situado no início do ministério de Jesus, e é a partir do encontro com João, recebendo seu batismo, que Jesus muda seu modo de viver: deixa sua família e transforma-se em um pregador itinerante. João, com o rito simbólico de seu batismo, conclamava o povo à conversão (metanóia), ou seja, uma mudança de vida, mudança de comportamento e de valores.

Esse batismo significava um compromisso com a prática da justiça, através da qual o pecado é superado. Procurado pelas multidões, João lhes apresenta o essencial da nova prática a ser assumida a partir do compromisso do batismo: "Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo".

É o apelo à partilha e à solidariedade com os mais fracos e pobres. Este anúncio corresponde bem a uma das perspectivas dominantes de Lucas, que é a atenção à pobreza, procurando remover as relações pessoais e estruturais de exploração dos pobres.

Diante de outros questionamentos particulares (publicanos, soldados), João conclamava para a renúncia à corrupção e à violência.

Jesus assume o batismo e o anúncio de João à conversão. Porém, como portador do Espírito, revela que esta prática da justiça, da partilha e da fraternidade é o caminho para a comunhão de vida com o Pai, com Deus. O povo estava na expectativa de um líder poderoso libertador, o "ungido" (messias, do hebraico; cristo, do grego).

João Batista dava a entender que seu batismo tinha um sentido novo que não correspondia a esta expectativa popular. A consistente pregação dele resultou na formação de um amplo discipulado.

Vários destes discípulos, contudo, ficaram distantes do movimento de Jesus que se seguiu. A fim de atraí-los, os evangelistas, ao redigirem seus Evangelhos, insistem em afirmar a subalternidade de João a Jesus.

Neste tempo do Advento, ao renovarmos a consciência da presença de Jesus entre nós, Filho de Deus encarnado e eterno, enchemo-nos de alegria. "O Senhor está a teu lado... apaixonado de amor por ti". "Alegrai-vos sempre no Senhor".

Prof. Diácono Miguel A. Teodoro

2º Domingo do Advento - 06 de dezembro de 2009



Neste segundo Domingo do Advento, Deus nos convida, por meio do testemunho de João Batista, a preparar os caminhos da penitência e da conversão. Busquemos aplainar as montanhas do egoísmo que nos afasta de nossos irmão e de nosso Deus. Venha! Vamos celebrar a eucaristia e fazer memória da misericórdia de Deus para conosco. Ele que é Pai e Mãe de todos nós, bondoso e amoroso, e que nos salva em Jesus Cristo. Venha! Levantemo-nos, pois a salvação está próxima.

06/12/2009 2º Domingo do Advento
Cor Litúrgica: Roxa
1ª Leitura: Baruc 5, 1-9
Salmo: 125(126)
2ª Leitura: Filipenses 1, 4-6.8-11
Evangelho: Lucas 3, 1-6

EVANGELHO:

Fazia quinze anos que Tibério era o Imperador romano. Nesse tempo Pôncio Pilatos era o governador da Judéia, Herodes governava a Galiléia, o seu irmão Filipe governava a região da Ituréia e Traconites, e Lisânias era o governador de Abilene. E Anás e Caifás eram os Grandes Sacerdotes.

Foi nesse tempo que a mensagem de Deus foi dada, no deserto, a João, filho de Zacarias. E João atravessou toda a região do rio Jordão, anunciando esta mensagem:

- Arrependam-se dos seus pecados e sejam batizados, que Deus perdoará vocês.
Isso aconteceu como o profeta Isaías tinha escrito no seu livro:

"Alguém está gritando no deserto:
Preparem o caminho para o Senhor passar!
Abram estradas retas para ele!
Todos os vales serão aterrados,
e todos os morros e montes
serão aplanados.

Os caminhos tortos serão endireitados,
e as estradas esburacadas
serão consertadas.

E todos verão a salvação que Deus dá."

Comentário do Evangelho: A mensagem de João Batista

João percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados.

Lucas inicia seu Evangelho expondo sua pretensão de escrever seu texto a partir de uma "acurada investigação" e "de modo ordenado", sobre os eventos relacionados a Jesus.

Dentro destes critérios preestabelecidos, após as narrativas de infância de João Batista e de Jesus, ele procura situar historicamente o início do ministério de João, referindo-se a algumas datas dos governantes de seu tempo, tanto no poder civil como no religioso.

A intenção dele é estabelecer um marco histórico para os acontecimentos envolvendo Jesus e as primeiras comunidades, inserindo-os na própria história. João prega nas regiões de periferia ("deserto"), nas proximidades do rio Jordão.

Antigamente o povo libertara-se da escravidão no Egito, atravessando o deserto em busca da "terra prometida". Agora, João lidera a libertação em relação ao poder religioso do templo e do sacerdócio de Jerusalém, voltando ao deserto, invertendo e preparando "o caminho do Senhor" para uma nova terra.

Aquela que era considerada a terra prometida, Israel, com sua teocracia, na realidade tornou-se uma terra de opressão para o povo. João Batista é como "aquele que começou uma boa obra", a qual encontra sua plenitude em Jesus de Nazaré.

A nova terra, o mundo novo possível, é marcada pela ternura de Jesus, pelos laços do amor. Com lucidez, busca-se discernir e libertar-se das falsas ideologias emanadas do poder econômico, muitas vezes associado ao poder religioso.

Com esperança, procura-se um mundo melhor, tecendo-se a rede de relações sociais comunitárias em vista de implantar a justiça e estabelecer a paz.

Oração
Espírito que converte, toca o coração de todas as pessoas para que, abandonando seus erros e vícios, voltem-se para Jesus, por uma sincera conversão.



Prof. Diácono Miguel A. Teodoro
fonte: http://www.teologiafeevida.com.br/

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

1º Domingo do Advento - 29 de novembro de 2009


Um novo tempo se aproxima: novo Ano Litúrgico.O mês de novembro intercala a expectativa de um novo ano. A liturgia de seus quatro domingos (01, 08,15 e 22) nos prepara para a chegada de um novo tempo, o qual se fará inaugurar em seu quinto domingo (29) – o 1º do Advento – Sim. O Advento que nos conduzirá até ao Menino-Deus: o Deus que se faz menino encarnado no Emanuel – o Deus-Conosco, esperado com ansiedade pelos homens do Antigo Testamento e anunciado pelo Arcanjo Gabriel como primícia de um novo tempo. Tempo que viria inaugurar um novo capítulo da história da humanidade. Tempo que esse Deus-Conosco se despojará de si mesmo, de todo seu poder e glória e que se humilhará ao assumir a forma humana para fazer do homem um “Ser-divino”.Esse Divino-Ser que nos faz Ser-Divino revela-se para nós, como poderemos perceber através do apoio pedagógico do evangelista Lucas, cujas narrativas nos ensinará que Deus não é só Pai, mas Pai e Mãe de todos nós. Suas assertivas irão destacar a figura materna desse Deus maravilhoso, pois em seus escritos poderemos descobrir a excelência da figura feminina também revelada no Emanuel, o Deus-Conosco. Tudo isso bem explicado, conforme a introdução publicada em seu evangelho ao escrever em seu prólogo, cujo destinatário é Teófilo, as seguintes palavras: “... Desse modo, você poderá verificar a solidez dos ensinamentos que recebestes”. E esse novo tempo que começa com o Advento admoesta-nos para essa “solidez dos ensinamentos”.Ah. O Advento! O ponto de partida e de chegada do Ano Litúrgico. É o tempo de expectativa diante do Cristo que irá nascer. A espiritualidade está focalizada na Esperança e Purificação da Vida. O ensinamento da Igreja Católica está direcionado para o anúncio da vinda do Messias e lembra a espera da humanidade, escrava do pecado, pelo libertador. Por isso é tempo de penitência e conversão. A cor predominante é a Roxa, mas recomenda-se a rosa no III domingo do advento. A cor rosada no altar, na mesa da palavra e nas vestes litúrgicas lembra-nos uma espera alegre, enche nossos corações de esperança e nos ajuda a distinguir do tempo quaresmal, marcado pelo roxo de penitência. São as quatro semanas que antecedem o Natal até o dia 24 de dezembro, à tarde, a Vigília do Natal. Vinde! Preparemo-nos para esse

Ao longo desta nova caminhada estaremos sendo motivados pelo evangelista Lucas. Devemos nos ingressar neste novo tempo nos preparando para o Natal, quando celebramos a encarnação de Deus na pessoa de Jesus. E o primeiro apelo forte nesta caminhada é para a vigilância.

Domingo 29/11/2009: 1º Domingo do Advento
Cor Litúrgica: Roxo
1ª Leitura: Jeremias 33,14-16
Salmo: 24(25)
2ª Leitura: 1 Ts 3, 12-4,2
Evangelho: Lucas 21, 25-28.34-36

Evangelho.
Tema: Estais vigilantes

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com o pavor do barulho do mar e das ondas. Os homens vão desmaiar de medo só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas. Então eles verão o Filho do Homem vindo numa nuvem com grande poder e glória. Quando essas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida e esse dia não caia de repente sobre vós; pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra. Portanto, ficai atentos e orai a todo o momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem.

Comentário do Evangelho

A oração contínua é a oração do coração e do compromisso, que completa a vida em comunhão fraterna.

Esta exortação à vigilância encerra o discurso escatológico, iniciado com a fala de Jesus sobre a ruína do templo. Os discípulos, comprometidos com a libertação dos oprimidos e a restauração da dignidade humana, devem estar atentos para não se deixarem seduzir pelas propagandas e pelos projetos de sucesso oferecidos pelo sistema sob controle dos poderosos, que escravizam o povo.

Estes poderosos forjam armadilhas para manter o povo iludido, esperançoso e dependente, usado como instrumento de lucro do sistema. Corre-se atrás do dinheiro e das benesses dos poderosos, curvando-se aos seus interesses e desumanizando-se. Cai-se, assim, na embriaguez da riqueza, com a preocupação em conquistá-la e, caso a consiga, em preservá-la.

A oração contínua é a oração do coração e do compromisso, que completa a vida em comunhão fraterna. É uma forma de comunhão com Jesus e com o Pai, no Espírito, que nos ensina a orar.

Pela oração temos consciência da presença de Deus entre nós, reconhecendo a própria humanidade de Jesus, que nos fortalece. Os falsos valores vão sendo derrubados, mas os discípulos,
perseverantes na construção do novo mundo no qual a prioridade seja a promoção da vida, permanecem de pé diante de Jesus, o Filho do Homem.

Oração
Pai, ajuda-me a estar em permanente vigilância e oração, preparando-me para o encontro com teu Filho Jesus e ser acolhido por ele.

Prof. Diácono Miguel A. Teodoro
fonte: http://www.teologiafeevida.com.br/

sábado, 10 de outubro de 2009

Nossa Senhora Aparecida - 12 de Outubro

ORAÇÃO OFICIAL DA ACADEMIA MARIAL

Oração Oficial
(com aprovação eclesiástica)


Nossa Senhora da Conceição Aparecida,
Maria de todos os nomes,
protetora de nossa Academia Marial,
cantada na arte e na literatura de todos os povos e nações, Filha predileta do Pai, Virgem fiel,
servidora da Palavra, discípula fiel do Senhor,
mãe e modelo de fé, de esperança e de caridade,
intercedei por nós
para que possamos saber e viver cada vez melhor
os mistérios da salvação e perseverar até o fim,
dóceis ao Espírito Santo,
no seguimento de vosso Filho Jesus.
Amém!
Descrição histórica da Imagem de Nossa Senhora Aparecida

A Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi encontrada no Rio Paraíba na segunda quinzena de outubro de 1717. É de terracota, isto é, argila que, depois de modelada, é cozida em forno apropriado, medindo 40 centímetros de altura.
Hipoteticamente, ela teria, originalmente, uma policromia, como era costume na época, mas não há documentos que comprovem. Quando foi pescada, o corpo estava separado da cabeça e, muito provavelmente, sem a policromia original, devido aos anos em que esteve mergulhada nas águas e no lodo do rio.
A cor acanelada com que hoje é conhecida deve-se ao fato de ter sido exposta, durante anos, ao picumã das chamas das velas e dos candeeiros. Seu estilo é seiscentista, como atestam alguns especialistas que a estudaram.
Entre os que confirmam ser a Imagem do Século XVII estão o Dr. Pedro de Oliveira Ribeiro Neto, os monges beneditinos do mosteiro de São Salvador, na Bahia, Dom Clemente da Silva Nigra e Dom Paulo Lachenmayer.
Finalmente, em 1978, após o atentado que a reduzira em quase duzentos fragmentos, foi encaminhada ao Prof. Pietro Maria Bardi – na época diretor do Museu de Arte de São Paulo –, que a examinou, juntamente com o Dr. João Marinho, colecionador de imagens brasileiras.
Foi totalmente reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Ainda conforme estudos dos peritos mencionados, a Imagem foi moldada com argila paulista, da região de Santana do Parnaíba, situada na Grande São Paulo.
O mais difícil foi determinar o autor da pequena imagem, pois não está assinada ou datada. Assim, após um estudo comparativo, os peritos chegaram à conclusão de que se tratava de um escultor, discípulo do monge beneditino Frei Agostinho da Piedade, e também seu colega de Ordem, Frei Agostinho de Jesus.
Caracterizam seu estilo: forma sorridente dos lábios, queixo encastoado, tendo, no centro, uma covinha; penteado, flores em relevo nos cabelos, broche de três pérolas na testa e porte empinado para trás.
Todos esses detalhes se encontram na Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, por isso, concluíram os peritos, Dom Clemenente da Silva Nigra e Dom Paulo Lachenmayer, que a Imagem foi esculpida pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus.

Coroa e Manto

A partir de 8 de setembro de 1904, quando foi coroada, a Imagem passou a usar, oficialmente, a coroa ofertada pela Princesa Isabel, em 1884, bem como o manto azul-marinho.
Fontes de consulta:
a) Livro "A Mensagem da Senhora Aparecida", Pe. Júlio J. Brustoloni, C.Ss.R., p. de 28 a 30, Aparecida, Editora Santuário, 1994;
b) Informações prestadas pela restauradora da Imagem, artista plástica Maria Helena Chartuni.

Nossa Senhora da Imaculada Conceição Aparecida
A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto (MG).
Convocados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram. Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu.
João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançou novamente a rede e apanhou a cabeça da mesma imagem. Daí em diante, os peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadores.
Durante 15 anos seguidos, a imagem ficou com a família de Felipe Pedroso, que a levou para casa, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para rezar. A devoção foi crescendo no meio do povo e muitas graças foram alcançadas por aqueles que rezavam diante da imagem.
A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. A família construiu um oratório, que logo se tornou pequeno. Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha). No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora "Aparecida" das águas.
A 8 de setembro de 1904, a Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi coroada, solenemente, por D. José Camargo Barros. No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor.
Vinte anos depois, a 17 de dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Município. E, em 1929, nossa Senhora foi proclamada RAINHA DO BRASIL E SUA PADROEIRA OFICIAL, por determinação do Papa Pio XI.


Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena.
Era necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início, em 11 de novembro de 1955, a construção de uma outra igreja, atual Basílica Nova.
Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo ll e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional, "maior Santuário Mariano do mundo".
O padre Francisco da Silveira, que escreveu a crônica de uma Missão realizada em Aparecida em 1748, qualificou a imagem da Virgem Aparecida como “famosa pelos muitos milagres realizados”. E acrescentava que numerosos eram os peregrinos que vinham de longas distâncias para agradecer os favores recebidos. Mencionamos aqui três grandes prodígios ocorridos por intercessão de Nossa Senhora Aparecida.
O primeiro prodígio, sem dúvida alguma, foi a pesca abundante que se seguiu ao encontro da imagem. Não há outras referências sobre o fato, a não ser aquela da narrativa do achado da imagem: “E, continuando a pescaria, não tendo até então pego peixe algum, dali por diante foi tão abundante a pesca, que receosos de naufragarem pelo muito peixe que tinham nas canoas, os pescadores se retiraram as suas casas, admirados com o que ocorrera”.
Entretanto, o mais simbólico e rico de significativo, sem dúvida, foi o milagre das velas pela sua íntima relação com a fé. Aconteceu no primitivo oratório do Itaguaçu, quando o povo se encontrava em oração diante da imagem.
Numa noite, durante a reza do Terço, as velas apagaram-se repentinamente e sem motivo, pois não ventava na ocasião. Houve espanto entre os devotos e, quando Silvana da Rocha procurou acendê-las novamente, elas se acenderam por si, prodigiosamente.
Significativo também é o prodígio das correntes que se soltaram das mãos de um escravo, quando este implorava a proteção da Senhora Aparecida. Existem muitas versões orais sobre o fato. Algumas são ricas em pormenores. O primeiro a mencioná-lo por escrito foi o padre Claro Francisco de Vasconcelos, em 1828.

A pesca milagrosa

A Câmara Administrativa de Guaratinguetá decidiu e pronto. A época não era favorável à pescaria, mas os pescadores que se virassem. O Conde tinha que provar do peixe do Rio Paraíba.
E a convocação foi lida em toda a redondeza. João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso, moradores de Itaguaçu, pegaram seus barcos, suas redes e se lançaram na difícil tarefa. Remaram a noite toda sem nada pescar.
No Porto de Itaguaçu, lançaram mais uma vez as redes. João Alves sentiu que a sua rede pesava. Serão peixes? Puxou-a. Não. Não eram peixes. Era o corpo de uma imagem. Mas... e a cabeça, onde estava? Guardou o achado no fundo do barco. Continuaram tentando achar peixes.
De repente, na rede do mesmo pescador, uma cabeça enegrecida da imagem. João Alves pegou o corpo do fundo do barco e aproximou-o da cabeça. Justinhos. Aquilo só podia ser milagre. Benzeram-se e enrolaram os pedaços num pano. Continuaram a pescaria. Agora os peixes sabiam direitinho o endereço de suas redes. E foram tantos que temeram pela fragilidade dos barcos...

O milagre das velas

Depois que chegaram da pescaria onde encontraram a Senhora, Felipe Pedroso levou a imagem para sua casa conservando-a durante cinco anos.
Quando de sua mudança para o bairro da Ponte Alta, deu a imagem a seu filho Athanásio Pedroso, que morava no Porto de Itaguaçu bem perto de onde seu pai Felipe Pedroso, João Alves e Domingos Garcia haviam encontrado a imagem.
Athanásio fez um altar de madeira e colocou a Imagem Milagrosa da Senhora Aparecida. Aos sábados, seus vizinhos se reuniam para rezar um Terço em sua devoção. Em certa ocasião, ao rezar o Terço, duas velas se apagaram no altar de Nossa Senhora, o que era muito estranho, pois aquela noite estava muito calma e não havia motivo para o acontecimento.
Silvana da Rocha, que no dia acompanhava o Terço, quis acender as velas, porém elas se acenderam sem que ninguém as tocasse, como um perfeito milagre. Dessa data em diante, a Imagem Milagrosa de Nossa Senhora Aparecida deixou de pertencer à família de Felipe Pedroso para ficar pertencendo a todos nós, devotos da Santa Milagrosa.

Pe. Antonio Queiroz dos Santos, C.Ss.R.
Site: www.santuarionacional.com

Endereço:
Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida
Avenida Dr.. Júlio Prestes, s/n
Bairro Ponte Alta
CEP 12570-000 Aparecida SP
Brasil.
Telefone: (12)3104 1000



domingo, 30 de agosto de 2009

Calendário de Nossa Senhora



As datas em que se celebra os dias de Nossa Senhora durante todos os anos.
Categoria: Maria

Janeiro

1 - Santa Maria, Mãe de Deus

Fevereiro

2 - Nossa Senhora da Candelária

2 - Nossa Senhora de Copacabana

2 - Nossa Senhora da Luz

2 - Nossa Senhora da Purificação

2 - Nossa Senhora das Candeias

2 - Nossa Senhora dos Navegantes

11 - Nossa Senhora de Lourdes

Abril

2 - Nossa Senhora do Desterro

8 - Nossa Senhora da Penha

26 - Nossa Senhora do Bom Conselho

Maio

6 - Nossa Senhora do Caravaggio

13 - Nossa Senhora de Fátima

24 - Nossa Senhora Auxiliadora

26 - Nossa Senhora de Caravaggio

31 - Nossa Senhora da Visitação

31 - Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças

Junho

27 - Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Julho

5 - Nossa Senhora Bruna

5 - Nossa Senhora da Piruetas

8 - Nossa Senhora das Graças

16 - Nossa Senhora do Carmo

16 - Nossa Senhora da Conceição

Agosto

2 - Nossa Senhora dos Anjos

5 - Nossa Senhora das Neves

15 - Nossa Senhora da Assunção

15 - Nossa Senhora Desatadora dos Nós

15 - Nossa Senhora da Abadia

15 - Nossa Senhora dos Impossíveis

15 - Nossa Senhora dos Prazeres

15 - Nossa Senhora da Saúde

15 - Nossa Senhora do Calvário

16 - Nossa Senhora do Amparo

22 - Nossa Senhora Rainha

26 - Nossa Senhora de Czestochowa

Setembro

8 - Nossa Senhora do Monte Serrat

8 - Nossa Senhora da Luz (Lagoa)

8 - Nossa Senhora dos Remédios

8 - Nossa Senhora de Campanhã

15 - Nossa Senhora das Mercês

15 - Nossa Senhora da Piedade

15 - Nossa Senhora das Dores

18 - Nossa Senhora da Defesa

19 - Nossa Senhora da Salette

Outubro

7 - Nossa Senhora do Rosário

8 - Nossa Senhora do Parto

12 - Nossa Senhora da Conceição Aparecida
27 - Nossa Senhora da Medalha Milagrosa e das Graças

Novembro

1 - Nossa Senhora do Bom Sucesso (Cacilhas, Almada)

8 - Nossa Senhora Mediadora

15 - Nossa Senhora do Rocio

21 - Nossa Senhora da Apresentação

21 - Nossa Senhora dos Impossíveis

27 - Nossa Senhora das Graças

Dezembro

8 - Imaculada Conceição

12 - Nossa Senhora de Guadalupe

12 - Nossa Senhora da Boa Viagem

Festas móveis

Nossa Sra da Lapa - 2º Domingo de Julho

Nossa Sra da Rocha - 1º Domingo de Agosto, Alporchinhos (Lagoa)

Nossa Sra da Boa Viagem - 1º Domingo de Agosto (Peniche)

Nossa Sra dos Navegantes - 2º Domingo de Agosto, Armação de Pêra (Silves)

Nossa Sra da Encarnação - Último Domingo de Agosto, Carvoeiro (Lagoa)

Nossa Sra da Conceição - Último Domingo de Agosto, Ferragudo (Lagoa)

Nossa Sra das Dores - 1º Domingo de Setembro, Estômbar (Lagoa)

Nossa Sra da Encarnação - 1º Domingo de Setembro, Porches (Lagoa)

Nossa Sra da Carvalha - 1º Domingo de Set, Freixo de Numão (Vila Nova de Foz)

Nossa Sra dos Aflitos - Último Domingo de Setembro, Armação de Pêra (Silves)

Nossa Senhora da Nazaré - 2º Domingo de Outubro, Belém do Pará (Brasil)

Fonte: www.diocesejoinville.com.br

Todos os nomes de Maria


Os Nomes de Nossa Senhora pelo mundo:

1 - Nossa Senhora da Abadia - Imagem encontrada perto da Abadia de Bouro, Braga, Portugal
2 - Nossa Senhora da Ajuda - Relembra Maria junto à cruz, também implorando a Deus pelo gênero humano;
3 - Nossa Senhora do Amor Divino - Relembra o amor especial que Deus dedicou a Maria, escolhendo-a por sua Mãe;
4 - Nossa Senhora do Amparo - Relembra Jesus crucificado, entregando Maria como Mãe de todos os homens;
5 - Nossa Senhora das Angústias - Relembra as angústias de Maria ao presenciar a paixão e morte de Jesus;
6 - Nossa Senhora dos Anjos - Relembra Maria, como rainha das cortes celestes e também faz alusão à cidade de Assis, Itália, local para onde havia sido levado um pedaço do túmulo da Virgem e se ouvia sempre o canto dos anjos;
7 - Nossa Senhora da Anunciação - Visita do arcanjo Gabriel a Maria;
8 - Nossa Senhora Aparecida, ou da Conceição Aparecida - Imagem encontrada no Vale do Rio Paraíba (São Paulo).
9 - Nossa Senhora da Apresentação - Apresentação de Maria, no Templo de Jerusalém;
10 - Nossa Senhora Aquiropita - Imagem que não foi pintada por mão humana, de devoção em Rossano, na Calábria.
11- Nossa Senhora da Assunção - Relembra a elevação de Maria, de corpo e alma, aos céus;
12 - Nossa Senhora Auxiliadora - Relembra o auxílio de Maria ao Papa Pio VII, durante o domínio napoleônico;
13 - Nossa Senhora do Belém - Relembra a maternidade de Maria, na cidade de Belém;
Nossa Senhora da Boa Hora - Relembra a proteção de Maria na hora dos partos e na hora da morte;
14 - Nossa Senhora da Boa Morte - Proteção aos agonizantes; Nme de diversas confrarias;
Nossa Senhora da Boa Nova - Maria é que traz aos homens a Boa Nova (Evangelho) do nascimento de Jesus;
15 - Nossa Senhora da Boa Viagem - Relembra Maria como protetora dos portugueses que partiam nas viagens de descobrimento do Novo Mundo;
16 - Nossa Senhora do Bom Conselho relembra Maria como grande conselheira dos Apóstolos, cultuada desde o século V, na cidade italiana de Genazzano;
17 - Nossa Senhora do Bom Despacho - Celebra o prestígio de Maria perante Deus, pelo despacho da encarnação do Verbo;
18 - Nossa Senhora do Bom Parto / do Parto - Nascimento de Jesus, tendo Maria permanecido virgem antes, durante e depois do parto.
19 - Nossa Senhora do Bom Socorro - Relembra o socorro de Maria aos cristãos, celebrado, desde o século X, em Blosville, na Normandia;
20 - Nossa Senhora do Bom Sucesso - Relembra o auxílio da Mãe de Deus para os que almejam sucesso em seus tratamentos de saúde e nos seus empreendimentos materiais;
21 - Nossa Senhora do Brasil - Relembra as inúmeras graças concedidas, por seu intermédio, aos brasileiros;
22 - Nossa Senhora das Brotas - Relembra o fato de folhas brotarem numa altar de Nossa Senhora, no início do povoamento de Cuiabá, no estado de Mato Grosso, no século XVIII;
23 - Nossa Senhora da Cabeça - Imagem encontrada no Pico da Cabeça, Serra Morena, na Andaluzia, no século XIII ;
24 - Nossa Senhora do Cabo da Boa Esperança - Relembra a proteção de Maria, no século XV, quando protegeu os portugueses, na sua esperança de chegar às Índias, dobrando o Cabo das Tormentas;
25 - Nossa Senhora das Candeias - Relembra a purificação de Maria no Templo, comemorada com uma procissão luminosa;
26 - Nossa Senhora da Candelária - Relembra a purificação de Maria no Templo, comemorada com uma procissão luminosa;
27 - Nossa Senhora de Caravaggio - Aparição da Virgem , no século XV, em Caravaggio, cidade italiana próxima a Milão.;
28 - Nossa Senhora do Carmo, do Monte Carmelo - Relembra o convento construído em honra à Virgem, nos primeiros séculos do cristianismo, no Monte Carmelo, na Samaria;
29 - Nossa Senhora da Carpição - Originária de cerimonial de carpição ou capina de um terreno onde foi ereta uma capela dedicada à Virgem Maria, em São José dos Campos, São Paulo, no século XIX;
30 - Nossa Senhora de Ceuta ou do Bastão - Relembra o auxílio da Virgem Ana conquista de Ceuta, por Dom João I; sua imagem traz um rico bordão na mão, donde vem o termo “do Bastão”;
31 - Nossa Senhora da Conceição / da Imaculada Conceição - Relembra que Santana concebeu Maria, pura sem pecado. Prenome feminino: Maria da Conceição, Conceição
32 - Nossa Senhora da Consolação - Relembra a Virgem como “Consoladora dos aflitos”, devoção iniciada por Santa Mônica;
33 - Nossa Senhora de Copacabana - Imagem esculpida por um índio, Francisco Tito Iupanqui, no século XVI, na aldeia de Copacabana, às margens do Lago Titicaca;
34 - Nossa Senhora da Correia - Relembra a correia da cintura da Virge Maria, símbolo de pureza, com que as mulheres judias eram cingidas desde a infância;
35 - Nossa Senhora dos Desamparados - Relembra a proteção de Maria a uma confraria criada , no século XV, em Valência, Espanha, para acolher crianças desamparadas; Confrarias;
36 - Nossa Senhora Desatadora de Nós - Relembra que a Virgem Maria liberta os homens das aflições da vida, desata os nós que os escravizam;
37 - Nossa Senhora do Desterro - A fuga para o Egito. Antigo nome de Florianópolis e de Jundiaí.
38 - Nossa Senhora Divina Pastora - Devoção a Virgem Maria como pastora de almas, surgida no século XVIII, em Sevilha, Espanha;
39 - Nossa Senhora da Divina Providência - Relembra que a Virgem confiou plenamente na Divina Proviência, entregando-se totalmente a Deus;
40 - Nossa Senhora das Dores - Refere-se às sete dores da Virgem Maria: a profecia de Simeão, a fuga para o Egito, a perda do menino Jesus, o encontro no caminho do Calvário, a morte de Jesus, o golpe da lança e a descida da cruz, e o sepultamento de Cristo.
41 - Nossa Senhora da Encarnação - Relembra a encarnação do Verbo no seio puríssimo da Virgem;
42 - Nossa Senhora da Escada - A Virgem é comparada à “Escada de Jacó”, que liga o céu e a terra. També faz alusão aos trinta e um degraus que davam aceso a um santuário de Lisboa;
43 - Nossa Senhora da Esperança - Relembra a Virgem na esperança e na iminência do parto divino; Confrarias;

44 - Nossa Senhora da Estrela - Imagem oculta por Dom Rodrigo, último rei dos visigodos, em 711, quando da invasão árabe; sendo descoberta, quando a Vila de Marvão, em Portugal, foi liberada do domínio muçulmano; Maria é chamada “Aurora da Salvação” Confrarias;
45 - Nossa Senhora da Expectação - Relembra a Virgem na esperança e na iminência do parto divino; Confrarias;
46 - Nossa Senhora de Fátima, do Rosário de Fátima - Aparição em Fátima (Portugal)
47 - Nossa Senhora da Fé - Relembra que a vida da Virgem foi um contínuo “Ato de Fé, sendo esta devoção medieval originária da França e Bélgica;
48 - Nossa Senhora da Glória - Relembra coroação da Virgem como rainha;
49 - Nossa Senhora da Graça - Imagem encontrada por pescadores na praia de cascais, Portugal, em 1362 e que apareceu a Catarina Álvares,Paraguaçu, no século XVI;
50 - Nossa Senhora das Graças ou da Medalha MIlagrosa - Relembra uma aparição feita a Catarina Labouré, em Paris;
51 - Nossa Senhora de Guadalupe - Aparição ao índio Juan Diego, em Guadalupe, México, em 1531
52 - Nossa Senhora da Guia - Relembra que a Virgem Maria guiou Jesus, na sua infância e juventude; é chamada pelos ortodoxos de “Odegitria” (‘οδεγός);
53 - Nossa Senhora da Lampadosa - Relembra a padroeira da ilha de Lampadosa, no Mar Mediterrâneo, entre a ilha de Malta e a Tunísia;
54 - Nossa Senhora da Lapa - Imagem escondida dos muçulmanos numa lapa, no século X, pelas monjas beneditinas de Aguiar da Beira, sendo encontrada em 1498, por uma menina , que muda de nascença, começou a falar;
55 - Nossa Senhora do Leite ou da Lactação - Relembra a Virgem nutrindo o Menino-Deus com seu leite materno; célebre igreja de Belém;
56 - Nossa Senhora do Líbano - Relembra a milenar devoção dos libaneses á Virgem Maria, e também o santuário construído, entre 1904 e 1908, no cume Haruça, no Monte Líbano, para honrar a Imaculada Conceição de Maria;
57 - Nossa Senhora do Livramento - Relembra o livramento do fidalgo português Rodrigo Homem de Azevedo, preso pelo Duque de Alba, no século XVI.;
58 - Nossa Senhora do Loreto - Refere-se à “Casa de Nazaré”, onde viveu a Virgem Maria, transladada para um bosque de loureiros, próximo a Recanati, na Itália;
ladainhas Loretanas (de Nossa Senhora);
59 - Nossa Senhora de Lourdes - Aparição, no século XIX, na Gruta de Massabielle, em Lourdes (França)
60 - Nossa Senhora de Lujan - Refere-se a uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, mandada esculpir no Brasil, em 1630, por um português, residente na Argentina; que ao ser transportada, encalhou às margens do Rio Lujan ; Toponímico;
61 - Nossa Senhora da Luz - Imagem encontrada por Pedro Martins, entre uma estranha luz, que lhe apareceu em Carnide, Portugal; Maria é lembrada como aquela que apresenta seu Filho Jesus como “Luz das Nações”; Confrarias. Famoso convento de São Paulo;
62 - Nossa Senhora Madre de Deus - Relembra a maternidade divina de Maria, cultuada desde os primeiros séculos e confirmada pelo Concílio de Éfeso ; Antigo nome de Porto Alegre - RS;
63 - Nossa Senhora Mãe da Igreja - Relembra a proclamação de Maria como “Mãe de todo o povo de Deus”, pelo Papa Paulo VI, em 1964, durante o Concílio Vaticano II;
64 - Nossa Senhora Mãe dos Homens - Devoção surgida no convento de São Francisco das Chagas, no bairro de Xabregas, em Lisboa, relembrando que Maria além de Mãe de Deus é Mãe de todos os homens;
65 - Nossa Senhora das Maravilhas - Relembra que a vida de Maria foi uma sucessão de maravilhas, das quais a maior foi a encarnação do Verbo. Isto atesta a própria Virgem, no canto do “Magnificat”; Toponímico e cânticos;
66 - Nossa Senhora dos Mares - Desde os primeiros séculos do cristianismo, Maria é invocada como protetora das viagens marítimas; Confrarias;
67 - Nossa Senhora dos Mártires - Invocada em homenagem dos cristãos que tombaram no Cerco de Lisboa (1147);
68 - Nossa Senhora Medianeira - Relembra o papel de intermediária entre o fiel e Jesus, devoção que teve origem em Veneza, durante a grande epidemia de 1630; —
69 - Nossa Senhora de Međugorje (Medjugórie) - Aparição em Međugorje na Croácia
70 - Nossa Senhora Menina, Menina Maria - Relembra a infância da Virgem, do nascimento aos 3 anos junto a seus pais, São Joaquim e Sant\\\\\\\'Ana; e dos 3 aos 12 anos, no Templo de Jerusalém;
71 - Nossa Senhora das Mercês - Relembra a aparição a São Pedro Nolasco, no início do século XII, solicitando a criação de uma Ordem destinada ao resgate de cristãos feito cativos pelos muçulmanos; Ordem religiosa e confrarias;
72 - Nossa Senhora dos Milagres - Relembra os grande prodígios operados pela Mãe de Deus, Onipotência suplicante e canal de todas as graças, a quem nada Deus recusa;
73 - Nossa Senhora da Misericórdia - Por conseguir inúmeros benefícios de Deus para os homens, Maria é chamada “Mãe de Misericórdia”; o título também lembra a proteção da Virgem ás Santas Casas de Misericórdia, cuja primeira do gênero foi fundada em Lisboa, em 1498;
74 - Nossa Senhora do Monte - Relembra que a Virgem é um monte altíssimo, que vence a altura de todos os outros montes, em santidade e virtude; célebres igrejas: na Ilha da Madeira e em Olinda;
75 - Nossa Senhora de Monserrate - Relembra a imagem da Virgem levada a Barcelona, Espanha, nos primeiros séculos do cristianismo, sendo que durante a invasão árabe, os cristãos esconderam a imagem na escarpada montanha de Monserrate. Mais tarde, esta imagem foi milagrosamente encontrada e no local foi construída uma grande abadia beneditina; Abadia de Monserrate;
76 - Nossa Senhora de Muquém - Relembra o auxílio da Virgem Maria a um garimpeiro português, na vila de São Tomé de Muquém, no início da mineração em Goiás; célebre romaria;
77 - Nossa Senhora da Natividade - Relembra o nascimento da virgem Maria, que, segundo a tradição, foi num sábado, 8 de setembro, do ano 20 a.C., na cidade de Jerusalém;
78 - Nossa Senhora dos Navegantes - Maria é invocada como protetora dos navegantes, devoção que teve seu auge durante as cruzadas e, depois, durante o período das grandes navegações;
79 - Nossa Senhora de Nazaré - Relembra a vida da Virgem Maria, em Nazaré, junto à sua sagrada família; Círio de Nazaré;
80 - Nossa Senhora das Neves - Refere-se a um milagre, anunciado pela Virgem Maria, de que em pleno verão, na noite de 4 para 5 de agosto, nevaria em Roma, o que realmente aconteceu no local onde hoje se ergue a basílica de Santa Maria Maior; Antigo nome de João Pessoa, PB;
81 - Nossa Senhora do Ó - Alusão à Nossa Senhora nas proximidades de seu parto. Houve um sermão proferido pelo Padre Vieira, onde compara as virtudes de Maria à "perfeição da letra o", símbolo da imortalidade e de Deus, de quem Maria é mãe. Referências às sete antífonas do Ó, nas proximidades do Natal. Freguesia do Ó em São Paulo.
82 - Nossa Senhora da Oliveira - Refere-se a uma imagem levada para Guimarães, Portugal, por São Tiago, que a colocou num templo, ao lado qual havia uma oliveira. Também, a Virgem Maria é comparada na passagem bíblica: “sua glória é igual ao fruto da Oliveira” (Os 14,6);
83 - Nossa Senhora do Parto, do Bom Parto - Recorda a proteção Virgem Maria às mães que estão para dar à luz; Célebre recolhimento do Rio de Janeiro;
84 - Nossa Senhora do Patrocínio - Relembra a intercessão da Virgem Maria junto a seu Filho, em favor dos homens, como nas Bodas de Caná; Toponímicos;
85 - Nossa Senhora da Paz / Rainha da Paz - Relembra a intervenção da Virgem Maria na devolução da catedral de Toledo, Espanha, aos cristãos;
86 - Nossa Senhora da Penha - Relembra a Virgem como inspiradora e padroeira das letras e das artes;
87 - Nossa Senhora da Penha - Relembra o milagre realizado, no início do século XVII, por intercessão da Virgem Maria invocada por Baltazar de Abreu Cardoso, fazendeiro brasileiro, que encontrou uma serpente ao subir um penhasco (penha) que levava à sua fazenda no Rio de Janeiro;
88 - Nossa Senhora da Penha de França - Relembra a aparição da Virgem Maria a Simão Vela, monge francês, na serra chamada Penha de França, no norte da Espanha;
89 - Nossa Senhora da Purificação - Relembra a purificação de Maria no Templo, comemorada com uma procissão luminosa;
90 - Nossa Senhora Peregrina - Alusão à imagem de Nossa Senhora de Fátima - Peregrinação da imagem pelos lares católicos;
91 - Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Relembra a Virgem Maria como socorro dos cristãos, em suas horas de necessidade.Refere-se a um quadro milagroso da ilha de Creta, que após ser roubado, foi recuperado em Roma e posto, no século XIX, sob a guarda dos padres redentoristas ;
92 - Nossa Senhora da Piedade - Relembra que Jesus, após o descimento da Cruz, foi entregue aos braços de sua Mãe Santíssima Prenome feminino: Maria da Piedade. Pietà: famosa escultura de Michelangelo;
93 - Nossa Senhora do Pilar - Refere-se a uma aparição da Virgem Maria a São Tiago, que estava evangelizando em Saragoça. A virgem lhe apareceu sentada num pilar, donde lhe vem o nome;
94 - Nossa Senhora de Pompéia - Relembra a aparição da Virgem a Bartolo Longo, em Pompéia, no sul da Itália;
95- Nossa Senhora da Ponte - Refere-se à comparação de Maria à ponte donde passamos da terra para o céu; Antigo nome de Sorocaba;
96 - Nossa Senhora Porta do Céu - Refere-se à máxima que diz: “Ninguém chega ao Pai, a não ser por Jesus; e nimguém chega ao Filho, a não ser por Maria”. Esta é uma das invocações das “Ladainhas Loretanas”, considerando pois que o culto da Mãe de Deus é a porta que leva os fiéis ao paraíso;
97 - Nossa Senhora do Porto - Refere-se a uma imagem bizantina colocada no célebre santuário, cuja construção foi iniciada no século VI, no bairro do Porto (Le Port), em Clermont-Ferrand, na França. Uma cópia deste ícone foi levada na batalha aos mulçumanos, para a retomada da cidade do Porto, em Portugal;
98 - Nossa Senhora do Povo - Relembra a construção, pelo povo de Roma, de uma igreja dedicada à Virgem Maria, no local onde se erguera o mausoléu dos Domícios, família a qual pertencia o imperador Nero;
99 - Nossa Senhora dos Prazeres - Relembra os sete principais prazeres da vida da Virgem Maria: a anunciação, a saudação de Santa Isabel, o nascimento de seu Filho, a visita dos Reis Magos, o encontro de Jesus no Templo, a primeira aparição de Jesus ressuscitado, a sua coroação no céu;
100 - Nossa Senhora do Presépio - Relembra a maternidade de Maria, na cena do presépio, conforme a tradição franciscana;
101 - Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos - Relembra que a Virgem Maria foi mãe, mestra e rainha dos apóstolos, que lhe devotavam especial veneração;
102 - Nossa Senhora Rainha do Céu - Relembra a coroação de Maria, após sua assunção aos céus;
103 - Nossa Senhora Rainha dos Homens - Relembra que Maria é rainha de todos os homens, portanto digna de todos os louvores, por parte de todos;
104 - Nossa Senhora Rainha, Vencedora e Três vezes Admirável de Schoenstatt - Imagem da Virgem Maria, padroeira do Movimento Apostólico de Schoenstatt, e relembra a aliança de amor que o padre Joseph Kentenich (1885 - 1968), selou pela primeira, 18 de Outubro de 1914, em Schoenstatt, Alemanha, com a Virgem Maria; Movimento de Evangelização “Mãe Peregrina”;
105 - Nossa Senhora dos Remédios - Relembra a Virgem Maria como único remédio para todos os nossos trabalhos, angústias, necessidades e doenças;
106 - Nossa Senhora do Rocio - Imagem encontrada no mar, no final do século XVII, por um pescador que vivia em Rocio, próximo a Paranaguá - Padroeira do Paraná;
107 - Nossa Senhora do Rosário - Relembra a aparição da Virgem Maria a São Domingos de Gusmão, no século XIII, pedindo-lhe a divulgação do seu rosário de orações. A consagração definitiva do Rosário de Nossa senhora deu-se a 7 de outubro de 1571, com a vitória dos cristãos na batalha de Lepanto; Ordem Dominicana;
108 - Nossa Senhora do Sagrado Coração - Relembra que de Maria foi formado o coração divinal de Jesus;
109 - Nossa Senhora da Salete - Relembra a aparição da Virgem Maria, a 19 de setembro de 1846, a dois pastorinhos, na montanha de Salete, Isére, nos Alpes franceses;
110 - Nossa Senhora da Saudade - Relembra a imensa saudade que a Virgem Maria teve de seu Filho, nos três dias incompletos que seu corpo esteve no sepulcro;
111 - Nossa Senhora da Saúde - Relembra que a Virgem Maria é fonte de vigor físico e moral para os homens; Ladainhas Loretanas;
112 - Nossa Senhora Salvação do Povo Romano - Relembra que a Virgem Maria sempre socorreu o povo de Roma, em todas as suas situações de necessidade. Célebre ícone, do século I, da Capela Paulina, na Basílica de Santa Maria Maior;
113 - Nossa Senhora do Sion - Relembra a aparição da Virgem Maria, em 1842, em Roma, a Alfredo Ratisbona, ateu de origem judaica, que converteu-se ao catolicismo; Congregação e Colégios do Sion;
114 - Nossa Senhora da Soledade - Relembra a solidão, a tristeza e saudade da Virgem Maria, por ocasião da paixão de seu Filho;
115 - Nossa Senhora do Terço - Similar à invocação de Nossa Senhora do Rosário, mas refere-se apenas a cinco mistérios da vida de Jesus;
116 - Nossa Senhora da Visitação - Relembra a visita da Virgem Maria a sua prima Santa Isabel; Congregação das visitandinas;
117 - Nossa Senhora da Vitória - Relembra que a Virgem Maria, vitoriosa, pode levar os cristãos à vitória em suas vidas. Em Portugal, foi introduzida a devoção por Dom João I, para comemorar a vitória na Batalha de Aljubarrota.

Fonte: www.diocesejoinville.com.br