domingo, 20 de dezembro de 2009

NATAL DE JESUS - Missa da Noite - 24.12.2009

Irmãos e irmãs. Alegremo-nos e exultemos de alegria, pois acaba de nascer para nós o Salvador do mundo. Do céu chega até nos a verdadeira paz que vem de Deus, na singela figura do menino que repousa na manjedoura de nossos corações. Naquele presépio divino contemplamos a revelação de Deus na história da humanidade. Venha! Unamo-nos à coorte celeste e cantemos: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade. FELIZ NATAL

24/12/2009 NATAL DE JESUS (Missa da Noite)
Cor Litúrgica: Branca
1ª Leitura: Isaías 9, 1-6
Salmo: 95(96)
2ª Leitura: Tito 2, 11-14
Evangelho: Lc 1,67-79

EVANGELHO:

Zacarias, o pai de João, cheio do Espírito Santo, começou a profetizar. Ele disse:

- Louvemos o Senhor, o Deus de Israel, pois ele veio ajudar o seu povo e lhe dar a liberdade.
Enviou para nós um poderoso Salvador, aquele que é descendente do seu servo Davi.

Faz muito tempo que Deus disse isso por meio dos seus santos profetas.

Ele prometeu nos salvar dos nossos inimigos e nos livrar do poder de todos os que nos odeiam.
Disse que ia mostrar a sua bondade aos nossos antepassados e lembrar da sua santa aliança.

Ele fez um juramento ao nosso antepassado Abraão; prometeu que nos livraria dos nossos inimigos
e que ia nos deixar servi-lo sem medo, para que sejamos somente dele e façamos o que ele quer em todos os dias da nossa vida.

E você, menino, será chamado de profeta do Deus Altíssimo e irá adiante do Senhor a fim de preparar o caminho para ele.

Você anunciará ao povo de Deus a salvação que virá por meio do perdão dos pecados deles.
Pois o nosso Deus é misericordioso e bondoso.
Ele fará brilhar sobre nós a sua luz e do céu iluminará todos os que vivem na escuridão da sombra da morte, para guiar os nossos passos no caminho da paz.

Comentário do Evangelho: A profecia de Zacarias

João Batista, abre caminho para um Deus universalista

No Primeiro Testamento, prevalece o caráter nacionalista na concepção do Deus de Israel, que elege um povo, o qual se confronta com os demais povos como sendo "inimigos".

E no interior deste próprio povo eleito prevalece a discriminação do "pecado", caracterizado a partir das inobservâncias da Lei controlada pelos chefes religiosos de Israel.

João Batista, rompendo com a tradição sacerdotal paterna e com o templo de Jerusalém, abre caminho para um Deus universalista.

Com Jesus dar-se-á a revelação do Deus amoroso e misericordioso que remove os critérios de exclusão e condenação pela Lei e elimina a prevenção contra o "inimigo", proclamando a reconciliação.

Oração

Pai, coloca-me, como João Batista, a serviço de teu Messias, Jesus Cristo, tornando-me teu profeta, anunciador da libertação a ser realizada em favor da humanidade.

Prof. Diácono Miguel A. Teodoro

ESPERAR O SENHOR COM ALEGRIA...

“Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito, alegrai-vos!” (Fl 4, 4). Eis o convite a ressoar no coração de quem ainda acredita no sentido cristão do Natal. O fundamento desta alegria, contudo, não consiste somente na situação em que vivemos, mas, sobretudo, no fato de que o Senhor está para chegar e de que a nossa libertação está próxima.

Preparar-se bem para o Natal de Jesus significa ir ao Seu encontro, carregado de boas obras. Ao chegar, Jesus quer encontrar nossos corações íntegros e santos, diante de Deus, nosso Pai (cf. 1 Ts 3, 13). Fica, portanto, o convite a progredirmos cada vez mais no modo de proceder para agradar a Deus. Não há Natal verdadeiro sem uma vida cristã autêntica. A graça salvadora de Deus ensina-nos a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver neste mundo com ponderação, justiça e piedade (cf. Tt 2, 11-12).

Vivamos santamente o Advento. Ele educa o olhar do coração a estar vigilante na oração, esperando com alegria a vinda gloriosa do Senhor Jesus. Intensifiquemos nosso relacionamento íntimo com Ele, tornando nossa relação com o próximo afável e fraterna, pois a bondade e a ternura são sinais da presença de Deus.

A cada Natal, há sempre menos espaço no coração das pessoas para Cristo nascer. Parece que a presença amável do Menino-Deus perturba e atrapalha o “bem-estar” egoísta e individualista de um número crescente de gente fechada em si mesma. Não permitamos que o sentido cristão do Natal dê lugar a buscas vazias de felicidade para o coração humano. Por isso, queremos ir ao encontro do Senhor que vem, abandonando tudo o que obstaculiza Cristo nascer onde Ele ainda não nasceu no ser e no agir de cada pessoa.

O verdadeiro cristão é precursor de Cristo, é transparência viva a quem quer ver Jesus, caminho por onde Ele quer chegar a todos. Acolhamos nosso Salvador na fé, encarnando-O em nosso jeito de ser e de amar. Queremos celebrar o aniversário de Jesus com Ele, permitindo a Maria e José renovarem a experiência de Belém em nossa própria casa e no seio de nossa família.

Desejo que o Natal de cada diocesana e de cada diocesano aconteça num oásis de ternura, acolhimento, bondade, misericórdia, amor e paz.

A todas e a todos um Natal repleto de alegria e santidade, com meu abraço amigo e uma especial bênção.

Dom Nelson Westrupp, scj
Bispo Diocesano de Santo André

domingo, 6 de dezembro de 2009

4º Domingo do Advento - 20 de dezembro de 2009


Neste IV Domingo do Advento nos deparamos com a disponibilidade daquela que, graciosamente, respondeu “sim” a Deus. Nesse sentido, graças ao “sim” de Maria, nos reunimos para celebrar esta eucaristia, na qual buscamos fazer memória da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Busquemos nesta liturgia acompanhar os passos daquela que se tornou bendita entre as mulheres e que, hoje, se dirige solidária e que, a passos largos, visita Isabel para prestar-lhe seus serviços.

20/12/2009 4º Domingo do Advento
Cor Litúrgica: Roxa
1ª Leitura: Miquéias 5, 1- 4
Salmo: 79(80)
2ª Leitura: Hebreus 10, 5-10
Evangelho: Lc 1,39-45

EVANGELHO:

Alguns dias depois, Maria se aprontou e foi depressa para uma cidade que ficava na região montanhosa da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se mexeu na barriga dela. Então, cheia do poder do Espírito Santo, Isabel disse bem alto:

Você é a mais abençoada de todas as mulheres, e a criança que você vai ter é abençoada também! Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha me visitar?! Quando ouvi você me cumprimentar, a criança ficou alegre e se mexeu dentro da minha barriga. Você é abençoada, pois acredita que vai acontecer o que o Senhor lhe disse.

Comentário do Evangelho: Maria visita Isabel

Feliz aquela que acreditou pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido.

O batismo de Jesus feito por João, bem testemunhado pelos quatro evangelistas, revela a íntima ligação entre a proclamação de João e, em continuidade, a proclamação de Jesus com a revelação da Boa-Nova da comunhão de vida com Deus.

Esta ligação é realçada por Lucas, no início de seu Evangelho. Isto é feito com as narrativas dos anúncios a Zacarias e a Maria, respectivamente, com a apresentação dos dois nascimentos, de João e de Jesus, em paralelo, e com esta narrativa davisitação de Maria a Isabel. Estas narrativas visam afirmar a supremacia de Jesus em relação a João Batista desde seus nascimentos. Maria, ao receber o anúncio de que conceberia a Jesus, teve como sinal dado pelo anjo Gabriel a concepção que, também, acontecia a sua prima Isabel, já no sexto mês.

Ela parte então para visitar e servir Isabel já nos últimos meses de gravidez. Lucas apresenta Maria, com seu fi lho no ventre, seguindo o percurso da gentílica e periférica Galiléia à Judéia, na casa de Zacarias, sacerdote do templo de Jerusalém, em um encontro do desabrochar da vida.

Mais tarde, Jesus fará este percurso, em direção a Jerusalém, para o momento da consumação fi nal de seu ministério e de sua vida. Da mesma forma como o anjo entrou na casa de Maria e a saudou, comunicando-lhe o Espírito Santo, Maria, agora, entra e saúda Isabel.

Esta, ouvindo a saudação de Maria, fica cheia do Espírito Santo. Isabel passa então a profetizar. Confi rma que Maria é mãe do seu Senhor, cuja presença comunica alegria ao menino em seu ventre.

E Maria, em sua maternidade, é bem-aventurada por ter acreditado em tudo o que foi dito da parte do Senhor, e que será realizado. Ao consentimento de Maria, "faça-se em mim segundo a tua palavra", seguir-se-á, depois, o "eis que eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade", de Jesus (segunda leitura). Jesus o realizará pelo convívio amoroso e misericordioso que comunica a santidade e a vida divina a todos.

A antiga religião baseada em vítimas e oferendas, holocaustos e sacrifícios pelo pecado não foi do agrado de Deus. O Evangelho de Lucas, acompanhando o de Mateus, narrará o nascimento do menino Jesus em Belém de Judá, como sendo o cumprimento da profecia de Miquéias. Por aquela que aceita dar à luz, nascerá aquele que traz a paz.

Oração

Pai, a exemplo de Isabel, anseio conhecer a verdadeira identidade de Maria que, na sua humildade, tornou-se o ser humano abençoado por excelência.
Prof. Diácono Miguel A. Teodoro
fonte:
http://www.teologiafeevida.com.br/

3º Domingo do Advento - 13 de dezembro de 2009

Hoje, a alegria deve invadir nossos corações, pois o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo se aproxima. Não devemos permitir que essa alegria seja ofuscada pelo capitalismo exacerbado e, muito menos, pelos interesses egoístas. Vamos abrir nossos corações para a Palavra de Deus que nos é dirigida neste III Domingo do Advento, pois temos muito a aprender com a mensagem de João Batista.

13/12/2009 3º Domingo do Advento
Cor Litúrgica: Rósea - Domingo da Alegria ou Domingo Gaudete
1ª Leitura: Sofonias 3, 14-18
Salmo: Is 12
2ª Leitura: Filipenses 4, 4-7
Evangelho: Lc 3,10-18

EVANGELHO:

Então o povo perguntava:
- O que devemos fazer?
Ele respondia:
- Quem tiver duas túnicas dê uma a quem não tem nenhuma, e quem tiver comida reparta com quem não tem.
Alguns cobradores de impostos também chegaram para serem batizados e perguntaram a João:
- Mestre, o que devemos fazer?
- Não cobrem mais do que a lei manda! - respondeu João.
Alguns soldados também perguntavam:
- E nós, o que devemos fazer?
E João respondia:
- Não tomem dinheiro de ninguém, nem pela força nem por meio de acusações falsas. E se contentem com o salário que recebem.

As esperanças do povo começaram a aumentar, e eles pensavam que talvez João fosse o Messias. Mas João disse a todos:

Eu batizo vocês com água, mas está chegando alguém que é mais importante do que eu, e não mereço a honra de desamarrar as correias das sandálias dele. Ele os batizará com o Espírito Santo e come fogo. Com a pá que tem na mão, ele vai separar o trigo da palha. Guardará o trigo no seu depósito, mas queimará a palha no fogo que nunca se apaga.

João anunciava de muitas maneiras diferentes a boa notícia ao povo e apelava a eles para que mudassem de vida.

Comentário do Evangelho: A mensagem de João Batista

Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que eu.

João Batista tem um destaque especial nas narrativas dos Evangelhos. Ele é situado no início do ministério de Jesus, e é a partir do encontro com João, recebendo seu batismo, que Jesus muda seu modo de viver: deixa sua família e transforma-se em um pregador itinerante. João, com o rito simbólico de seu batismo, conclamava o povo à conversão (metanóia), ou seja, uma mudança de vida, mudança de comportamento e de valores.

Esse batismo significava um compromisso com a prática da justiça, através da qual o pecado é superado. Procurado pelas multidões, João lhes apresenta o essencial da nova prática a ser assumida a partir do compromisso do batismo: "Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo".

É o apelo à partilha e à solidariedade com os mais fracos e pobres. Este anúncio corresponde bem a uma das perspectivas dominantes de Lucas, que é a atenção à pobreza, procurando remover as relações pessoais e estruturais de exploração dos pobres.

Diante de outros questionamentos particulares (publicanos, soldados), João conclamava para a renúncia à corrupção e à violência.

Jesus assume o batismo e o anúncio de João à conversão. Porém, como portador do Espírito, revela que esta prática da justiça, da partilha e da fraternidade é o caminho para a comunhão de vida com o Pai, com Deus. O povo estava na expectativa de um líder poderoso libertador, o "ungido" (messias, do hebraico; cristo, do grego).

João Batista dava a entender que seu batismo tinha um sentido novo que não correspondia a esta expectativa popular. A consistente pregação dele resultou na formação de um amplo discipulado.

Vários destes discípulos, contudo, ficaram distantes do movimento de Jesus que se seguiu. A fim de atraí-los, os evangelistas, ao redigirem seus Evangelhos, insistem em afirmar a subalternidade de João a Jesus.

Neste tempo do Advento, ao renovarmos a consciência da presença de Jesus entre nós, Filho de Deus encarnado e eterno, enchemo-nos de alegria. "O Senhor está a teu lado... apaixonado de amor por ti". "Alegrai-vos sempre no Senhor".

Prof. Diácono Miguel A. Teodoro

2º Domingo do Advento - 06 de dezembro de 2009



Neste segundo Domingo do Advento, Deus nos convida, por meio do testemunho de João Batista, a preparar os caminhos da penitência e da conversão. Busquemos aplainar as montanhas do egoísmo que nos afasta de nossos irmão e de nosso Deus. Venha! Vamos celebrar a eucaristia e fazer memória da misericórdia de Deus para conosco. Ele que é Pai e Mãe de todos nós, bondoso e amoroso, e que nos salva em Jesus Cristo. Venha! Levantemo-nos, pois a salvação está próxima.

06/12/2009 2º Domingo do Advento
Cor Litúrgica: Roxa
1ª Leitura: Baruc 5, 1-9
Salmo: 125(126)
2ª Leitura: Filipenses 1, 4-6.8-11
Evangelho: Lucas 3, 1-6

EVANGELHO:

Fazia quinze anos que Tibério era o Imperador romano. Nesse tempo Pôncio Pilatos era o governador da Judéia, Herodes governava a Galiléia, o seu irmão Filipe governava a região da Ituréia e Traconites, e Lisânias era o governador de Abilene. E Anás e Caifás eram os Grandes Sacerdotes.

Foi nesse tempo que a mensagem de Deus foi dada, no deserto, a João, filho de Zacarias. E João atravessou toda a região do rio Jordão, anunciando esta mensagem:

- Arrependam-se dos seus pecados e sejam batizados, que Deus perdoará vocês.
Isso aconteceu como o profeta Isaías tinha escrito no seu livro:

"Alguém está gritando no deserto:
Preparem o caminho para o Senhor passar!
Abram estradas retas para ele!
Todos os vales serão aterrados,
e todos os morros e montes
serão aplanados.

Os caminhos tortos serão endireitados,
e as estradas esburacadas
serão consertadas.

E todos verão a salvação que Deus dá."

Comentário do Evangelho: A mensagem de João Batista

João percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados.

Lucas inicia seu Evangelho expondo sua pretensão de escrever seu texto a partir de uma "acurada investigação" e "de modo ordenado", sobre os eventos relacionados a Jesus.

Dentro destes critérios preestabelecidos, após as narrativas de infância de João Batista e de Jesus, ele procura situar historicamente o início do ministério de João, referindo-se a algumas datas dos governantes de seu tempo, tanto no poder civil como no religioso.

A intenção dele é estabelecer um marco histórico para os acontecimentos envolvendo Jesus e as primeiras comunidades, inserindo-os na própria história. João prega nas regiões de periferia ("deserto"), nas proximidades do rio Jordão.

Antigamente o povo libertara-se da escravidão no Egito, atravessando o deserto em busca da "terra prometida". Agora, João lidera a libertação em relação ao poder religioso do templo e do sacerdócio de Jerusalém, voltando ao deserto, invertendo e preparando "o caminho do Senhor" para uma nova terra.

Aquela que era considerada a terra prometida, Israel, com sua teocracia, na realidade tornou-se uma terra de opressão para o povo. João Batista é como "aquele que começou uma boa obra", a qual encontra sua plenitude em Jesus de Nazaré.

A nova terra, o mundo novo possível, é marcada pela ternura de Jesus, pelos laços do amor. Com lucidez, busca-se discernir e libertar-se das falsas ideologias emanadas do poder econômico, muitas vezes associado ao poder religioso.

Com esperança, procura-se um mundo melhor, tecendo-se a rede de relações sociais comunitárias em vista de implantar a justiça e estabelecer a paz.

Oração
Espírito que converte, toca o coração de todas as pessoas para que, abandonando seus erros e vícios, voltem-se para Jesus, por uma sincera conversão.



Prof. Diácono Miguel A. Teodoro
fonte: http://www.teologiafeevida.com.br/

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

1º Domingo do Advento - 29 de novembro de 2009


Um novo tempo se aproxima: novo Ano Litúrgico.O mês de novembro intercala a expectativa de um novo ano. A liturgia de seus quatro domingos (01, 08,15 e 22) nos prepara para a chegada de um novo tempo, o qual se fará inaugurar em seu quinto domingo (29) – o 1º do Advento – Sim. O Advento que nos conduzirá até ao Menino-Deus: o Deus que se faz menino encarnado no Emanuel – o Deus-Conosco, esperado com ansiedade pelos homens do Antigo Testamento e anunciado pelo Arcanjo Gabriel como primícia de um novo tempo. Tempo que viria inaugurar um novo capítulo da história da humanidade. Tempo que esse Deus-Conosco se despojará de si mesmo, de todo seu poder e glória e que se humilhará ao assumir a forma humana para fazer do homem um “Ser-divino”.Esse Divino-Ser que nos faz Ser-Divino revela-se para nós, como poderemos perceber através do apoio pedagógico do evangelista Lucas, cujas narrativas nos ensinará que Deus não é só Pai, mas Pai e Mãe de todos nós. Suas assertivas irão destacar a figura materna desse Deus maravilhoso, pois em seus escritos poderemos descobrir a excelência da figura feminina também revelada no Emanuel, o Deus-Conosco. Tudo isso bem explicado, conforme a introdução publicada em seu evangelho ao escrever em seu prólogo, cujo destinatário é Teófilo, as seguintes palavras: “... Desse modo, você poderá verificar a solidez dos ensinamentos que recebestes”. E esse novo tempo que começa com o Advento admoesta-nos para essa “solidez dos ensinamentos”.Ah. O Advento! O ponto de partida e de chegada do Ano Litúrgico. É o tempo de expectativa diante do Cristo que irá nascer. A espiritualidade está focalizada na Esperança e Purificação da Vida. O ensinamento da Igreja Católica está direcionado para o anúncio da vinda do Messias e lembra a espera da humanidade, escrava do pecado, pelo libertador. Por isso é tempo de penitência e conversão. A cor predominante é a Roxa, mas recomenda-se a rosa no III domingo do advento. A cor rosada no altar, na mesa da palavra e nas vestes litúrgicas lembra-nos uma espera alegre, enche nossos corações de esperança e nos ajuda a distinguir do tempo quaresmal, marcado pelo roxo de penitência. São as quatro semanas que antecedem o Natal até o dia 24 de dezembro, à tarde, a Vigília do Natal. Vinde! Preparemo-nos para esse

Ao longo desta nova caminhada estaremos sendo motivados pelo evangelista Lucas. Devemos nos ingressar neste novo tempo nos preparando para o Natal, quando celebramos a encarnação de Deus na pessoa de Jesus. E o primeiro apelo forte nesta caminhada é para a vigilância.

Domingo 29/11/2009: 1º Domingo do Advento
Cor Litúrgica: Roxo
1ª Leitura: Jeremias 33,14-16
Salmo: 24(25)
2ª Leitura: 1 Ts 3, 12-4,2
Evangelho: Lucas 21, 25-28.34-36

Evangelho.
Tema: Estais vigilantes

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com o pavor do barulho do mar e das ondas. Os homens vão desmaiar de medo só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas. Então eles verão o Filho do Homem vindo numa nuvem com grande poder e glória. Quando essas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida e esse dia não caia de repente sobre vós; pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra. Portanto, ficai atentos e orai a todo o momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem.

Comentário do Evangelho

A oração contínua é a oração do coração e do compromisso, que completa a vida em comunhão fraterna.

Esta exortação à vigilância encerra o discurso escatológico, iniciado com a fala de Jesus sobre a ruína do templo. Os discípulos, comprometidos com a libertação dos oprimidos e a restauração da dignidade humana, devem estar atentos para não se deixarem seduzir pelas propagandas e pelos projetos de sucesso oferecidos pelo sistema sob controle dos poderosos, que escravizam o povo.

Estes poderosos forjam armadilhas para manter o povo iludido, esperançoso e dependente, usado como instrumento de lucro do sistema. Corre-se atrás do dinheiro e das benesses dos poderosos, curvando-se aos seus interesses e desumanizando-se. Cai-se, assim, na embriaguez da riqueza, com a preocupação em conquistá-la e, caso a consiga, em preservá-la.

A oração contínua é a oração do coração e do compromisso, que completa a vida em comunhão fraterna. É uma forma de comunhão com Jesus e com o Pai, no Espírito, que nos ensina a orar.

Pela oração temos consciência da presença de Deus entre nós, reconhecendo a própria humanidade de Jesus, que nos fortalece. Os falsos valores vão sendo derrubados, mas os discípulos,
perseverantes na construção do novo mundo no qual a prioridade seja a promoção da vida, permanecem de pé diante de Jesus, o Filho do Homem.

Oração
Pai, ajuda-me a estar em permanente vigilância e oração, preparando-me para o encontro com teu Filho Jesus e ser acolhido por ele.

Prof. Diácono Miguel A. Teodoro
fonte: http://www.teologiafeevida.com.br/

sábado, 10 de outubro de 2009

Nossa Senhora Aparecida - 12 de Outubro

ORAÇÃO OFICIAL DA ACADEMIA MARIAL

Oração Oficial
(com aprovação eclesiástica)


Nossa Senhora da Conceição Aparecida,
Maria de todos os nomes,
protetora de nossa Academia Marial,
cantada na arte e na literatura de todos os povos e nações, Filha predileta do Pai, Virgem fiel,
servidora da Palavra, discípula fiel do Senhor,
mãe e modelo de fé, de esperança e de caridade,
intercedei por nós
para que possamos saber e viver cada vez melhor
os mistérios da salvação e perseverar até o fim,
dóceis ao Espírito Santo,
no seguimento de vosso Filho Jesus.
Amém!
Descrição histórica da Imagem de Nossa Senhora Aparecida

A Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi encontrada no Rio Paraíba na segunda quinzena de outubro de 1717. É de terracota, isto é, argila que, depois de modelada, é cozida em forno apropriado, medindo 40 centímetros de altura.
Hipoteticamente, ela teria, originalmente, uma policromia, como era costume na época, mas não há documentos que comprovem. Quando foi pescada, o corpo estava separado da cabeça e, muito provavelmente, sem a policromia original, devido aos anos em que esteve mergulhada nas águas e no lodo do rio.
A cor acanelada com que hoje é conhecida deve-se ao fato de ter sido exposta, durante anos, ao picumã das chamas das velas e dos candeeiros. Seu estilo é seiscentista, como atestam alguns especialistas que a estudaram.
Entre os que confirmam ser a Imagem do Século XVII estão o Dr. Pedro de Oliveira Ribeiro Neto, os monges beneditinos do mosteiro de São Salvador, na Bahia, Dom Clemente da Silva Nigra e Dom Paulo Lachenmayer.
Finalmente, em 1978, após o atentado que a reduzira em quase duzentos fragmentos, foi encaminhada ao Prof. Pietro Maria Bardi – na época diretor do Museu de Arte de São Paulo –, que a examinou, juntamente com o Dr. João Marinho, colecionador de imagens brasileiras.
Foi totalmente reconstituída pela artista plástica Maria Helena Chartuni, na época restauradora do Museu de Arte de São Paulo. Ainda conforme estudos dos peritos mencionados, a Imagem foi moldada com argila paulista, da região de Santana do Parnaíba, situada na Grande São Paulo.
O mais difícil foi determinar o autor da pequena imagem, pois não está assinada ou datada. Assim, após um estudo comparativo, os peritos chegaram à conclusão de que se tratava de um escultor, discípulo do monge beneditino Frei Agostinho da Piedade, e também seu colega de Ordem, Frei Agostinho de Jesus.
Caracterizam seu estilo: forma sorridente dos lábios, queixo encastoado, tendo, no centro, uma covinha; penteado, flores em relevo nos cabelos, broche de três pérolas na testa e porte empinado para trás.
Todos esses detalhes se encontram na Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e, por isso, concluíram os peritos, Dom Clemenente da Silva Nigra e Dom Paulo Lachenmayer, que a Imagem foi esculpida pelo monge beneditino Frei Agostinho de Jesus.

Coroa e Manto

A partir de 8 de setembro de 1904, quando foi coroada, a Imagem passou a usar, oficialmente, a coroa ofertada pela Princesa Isabel, em 1884, bem como o manto azul-marinho.
Fontes de consulta:
a) Livro "A Mensagem da Senhora Aparecida", Pe. Júlio J. Brustoloni, C.Ss.R., p. de 28 a 30, Aparecida, Editora Santuário, 1994;
b) Informações prestadas pela restauradora da Imagem, artista plástica Maria Helena Chartuni.

Nossa Senhora da Imaculada Conceição Aparecida
A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto (MG).
Convocados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram. Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu.
João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançou novamente a rede e apanhou a cabeça da mesma imagem. Daí em diante, os peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadores.
Durante 15 anos seguidos, a imagem ficou com a família de Felipe Pedroso, que a levou para casa, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para rezar. A devoção foi crescendo no meio do povo e muitas graças foram alcançadas por aqueles que rezavam diante da imagem.
A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. A família construiu um oratório, que logo se tornou pequeno. Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha). No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora "Aparecida" das águas.
A 8 de setembro de 1904, a Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi coroada, solenemente, por D. José Camargo Barros. No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor.
Vinte anos depois, a 17 de dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Município. E, em 1929, nossa Senhora foi proclamada RAINHA DO BRASIL E SUA PADROEIRA OFICIAL, por determinação do Papa Pio XI.


Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena.
Era necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início, em 11 de novembro de 1955, a construção de uma outra igreja, atual Basílica Nova.
Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo ll e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional, "maior Santuário Mariano do mundo".
O padre Francisco da Silveira, que escreveu a crônica de uma Missão realizada em Aparecida em 1748, qualificou a imagem da Virgem Aparecida como “famosa pelos muitos milagres realizados”. E acrescentava que numerosos eram os peregrinos que vinham de longas distâncias para agradecer os favores recebidos. Mencionamos aqui três grandes prodígios ocorridos por intercessão de Nossa Senhora Aparecida.
O primeiro prodígio, sem dúvida alguma, foi a pesca abundante que se seguiu ao encontro da imagem. Não há outras referências sobre o fato, a não ser aquela da narrativa do achado da imagem: “E, continuando a pescaria, não tendo até então pego peixe algum, dali por diante foi tão abundante a pesca, que receosos de naufragarem pelo muito peixe que tinham nas canoas, os pescadores se retiraram as suas casas, admirados com o que ocorrera”.
Entretanto, o mais simbólico e rico de significativo, sem dúvida, foi o milagre das velas pela sua íntima relação com a fé. Aconteceu no primitivo oratório do Itaguaçu, quando o povo se encontrava em oração diante da imagem.
Numa noite, durante a reza do Terço, as velas apagaram-se repentinamente e sem motivo, pois não ventava na ocasião. Houve espanto entre os devotos e, quando Silvana da Rocha procurou acendê-las novamente, elas se acenderam por si, prodigiosamente.
Significativo também é o prodígio das correntes que se soltaram das mãos de um escravo, quando este implorava a proteção da Senhora Aparecida. Existem muitas versões orais sobre o fato. Algumas são ricas em pormenores. O primeiro a mencioná-lo por escrito foi o padre Claro Francisco de Vasconcelos, em 1828.

A pesca milagrosa

A Câmara Administrativa de Guaratinguetá decidiu e pronto. A época não era favorável à pescaria, mas os pescadores que se virassem. O Conde tinha que provar do peixe do Rio Paraíba.
E a convocação foi lida em toda a redondeza. João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso, moradores de Itaguaçu, pegaram seus barcos, suas redes e se lançaram na difícil tarefa. Remaram a noite toda sem nada pescar.
No Porto de Itaguaçu, lançaram mais uma vez as redes. João Alves sentiu que a sua rede pesava. Serão peixes? Puxou-a. Não. Não eram peixes. Era o corpo de uma imagem. Mas... e a cabeça, onde estava? Guardou o achado no fundo do barco. Continuaram tentando achar peixes.
De repente, na rede do mesmo pescador, uma cabeça enegrecida da imagem. João Alves pegou o corpo do fundo do barco e aproximou-o da cabeça. Justinhos. Aquilo só podia ser milagre. Benzeram-se e enrolaram os pedaços num pano. Continuaram a pescaria. Agora os peixes sabiam direitinho o endereço de suas redes. E foram tantos que temeram pela fragilidade dos barcos...

O milagre das velas

Depois que chegaram da pescaria onde encontraram a Senhora, Felipe Pedroso levou a imagem para sua casa conservando-a durante cinco anos.
Quando de sua mudança para o bairro da Ponte Alta, deu a imagem a seu filho Athanásio Pedroso, que morava no Porto de Itaguaçu bem perto de onde seu pai Felipe Pedroso, João Alves e Domingos Garcia haviam encontrado a imagem.
Athanásio fez um altar de madeira e colocou a Imagem Milagrosa da Senhora Aparecida. Aos sábados, seus vizinhos se reuniam para rezar um Terço em sua devoção. Em certa ocasião, ao rezar o Terço, duas velas se apagaram no altar de Nossa Senhora, o que era muito estranho, pois aquela noite estava muito calma e não havia motivo para o acontecimento.
Silvana da Rocha, que no dia acompanhava o Terço, quis acender as velas, porém elas se acenderam sem que ninguém as tocasse, como um perfeito milagre. Dessa data em diante, a Imagem Milagrosa de Nossa Senhora Aparecida deixou de pertencer à família de Felipe Pedroso para ficar pertencendo a todos nós, devotos da Santa Milagrosa.

Pe. Antonio Queiroz dos Santos, C.Ss.R.
Site: www.santuarionacional.com

Endereço:
Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida
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