domingo, 8 de fevereiro de 2009

Tempo Comum

Podemos descrevê-lo, mais precisamente, da seguinte maneira:

CICLO DE NATAL

Inicia-se com o Advento, que é um período de preparação - e não de penitência - e esperança, recordando a chegada do Natal e o
eminente retorno de Cristo. A seguir vem o Natal, que lembra o nascimento humano do Verbo divino. Depois vem a Epifania, que
mostra Jesus se manifestando às nações como o Filho de Deus. Por fim, vem o Batismo do Senhor, que marca o início da missão de
Jesus que culminará com a Páscoa.

PRIMEIRA PARTE DO TEMPO COMUM

Inicia-se após o Batismo do Senhor e vai até a terça-feira anterior à Quarta-Feira de Cinzas. É um tempo destinado ao acolhimento do
Reino de Deus pregado por Jesus.

CICLO DA PÁSCOA

Começa na Quarta-Feira de Cinzas, quando se inicia a Quaresma; esta dura quarenta dias, os quais são destinados à penitência,
oração, jejum e, principalmente, conversão. Durante a Quaresma não proferimos "aleluias" e nem enfeitamos as igrejas com flores.
Ao final da Quaresma, inicia-se a Semana Santa, que é formada pelo Domingo de Ramos (que mostra a entrada triunfal de Jesus em
Jerusalém, anunciando a proximidade da Páscoa) e o Tríduo Pascal (que tem, na Ressurreição do Senhor o seu ponto máximo no Ano
Litúrgico e que ocorre durante a vigília do Domingo da Páscoa). Cinqüenta dias depois da Páscoa, temos o Pentecostes, que assinala
o nascimento da Igreja iluminada pela presença vivificadora do Espírito Santo.

SEGUNDA PARTE DO TEMPO COMUM

Começa na segunda-feira após o Domingo de Pentecostes e termina no sábado anterior ao Primeiro Domingo do Advento (ver Ciclo de
Natal). Possui a mesma finalidade da primeira parte do Tempo Comum.

A LITURGIA DA IGREJA CATÓLICA

As Cores Litúrgicas

Quando vamos à Igreja, notamos que o altar, o tabernáculo, o ambão e até mesmo a estola usada pelo sacerdote combinam todos
com uma mesma cor. Percebemos também que, a cada semana que passa, essa cor pode variar ou permanecer a mesma. Se
acontecer de, no mesmo dia, irmos a duas igrejas diferentes comprovaremos que ambas utilizam as mesmíssimas coisas. Dessa
forma, concluímos que as cores possuem algum significado para a Igreja. Na verdade, a cor usada em um certo dia é válida para toda
a Igreja, que obedece um mesmo calendário litúrgico. Conforme a missa do dia - indicada pelo calendário - fica estabelecida
determinada cor. Mas o que simbolizam essas cores?
VERDE
Simboliza a esperança que todo cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
BRANCO
Simboliza a alegria cristã e o Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades, pode ser substituída
pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
VERMELHO
Simboliza o fogo purificador, o sangue e o martírio. Usada no Domingo de Ramos, na sexta-feira santa, na missa de Pentecostes e
dos santos mártires.
ROXO
Simboliza a preparação, penitência ou conversão. Usada nas missas da Quaresma e do Advento, dia de finados e eventualmente na
missa Exéquias.
ROSA
Raramente usada nos dias de hoje, simboliza uma breve "pausa" na tristeza da Quaresma e na preparação do Advento.
PRETO
Também em desuso, simboliza a morte. Usada em funerais, vem sendo substituída pela cor Roxa.

Fonte: www.missaocefas.org

O Tempo Comum (TC) é o período mais extenso do ano litúrgico: 33 - 34 semanas distribuídas entre a festa do Batismo de Jesus até o começo da Quaresma e as outras semanas entre a segunda-feira depois de Pentecostes ao início do Advento.

Este tempo existe não para celebrar algum aspecto particular do Mistério de Cristo, mas para celebrá-lo em sua globalidade, especialmente em cada Domingo (cf. Nalc 43: Norma gerais para a organização do ano litúrgico e do calendário); durante este tempo se aprofunda e se assimila o Mistério de Cristo que se insere na vida do povo de Deus para torná-la plenamente pascal.

O TC possui um dia forte, muito forte: O Domingo que surgiu antes mesmo da celebração anual da Páscoa. Era o único elemento celebrativo no correr do ano: a grande celebração semanal da Páscoa.

É um tempo marcadamente caracterizado pelo domingo, quer pela teologia, quer pela espiritualidade. A celebração anual da Páscoa é posterior à semanal. Constitui como que a espinha dorsal do ano litúrgico do qual é fundamento e núcleo.

Não se podem contrapor os chamados “tempos fortes” ao Tempo Comum como se este tempo fosse um tempo fraco ou inferior. É o tecido concreto da vida normal do cristão, fora das festas, ou seja, não há uma desvalorização do TC por causa dos outros tempos.

Duas fontes são importantes para a espiritualidade e força do TC: Os Domingos e os tempos fortes. O Tempo Comum é vivido como prolongamento do respectivo tempo forte. Vejamos: a primeira parte do TC, iniciada após a Epifania e o Batismo de Jesus, constitui tempo de crescimento da vida nascida no Natal e manifestada na Epifania, representada pela cor verde.

Esta vida para crescer e manifestar-se em plenitude e produzir frutos, necessita da ação do Espírito Santo na Igreja: fecundada pelo Espírito ela produz frutos de boas obras. que age no Batismo do Senhor. A partir daqui Jesus começa a exercer seu poder messiânico. Também a

A composição dos anos em "A", centrado em Mateus; "B", centrado em Marcos; "C", centrado em Lucas, com inserções de João presente nos diversos ciclos especiais, ajuda enormemente a magnitude do TC.

No TC temos algo semelhante ao recomeçar por volta do 9º Domingo imediatamente depois de Pentecostes: a vida renasce na Páscoa e desenvolve-se através do TC depois de fecundado pelo Espírito em Pentecostes. A força do Mistério Pascal é vivida pela Igreja através dos Domingos durante o ano que amadurece os frutos de boas obras, preparando a vinda do Senhor.

Durante o Ano Litúrgico o culto à Nossa Senhora e aos Santos é integrado à Liturgia enriquecendo a participação dos fiéis. É claro que toda ação litúrgica é dirigida ao Pai, por Cristo, que é o centro. É sempre o Mistério Pascal que se conta e evidencia. Deus fez maravilhas através dos Santos e de Maria que depois do Senhor ocupa um especial lugar na vida da Igreja e em seu culto.

Maria revela o mistério de Cristo e da Igreja de maneira forte e eficaz. Seu culto não é algo paralelo e independente; está integrado ao Mistério Pascal; em Maria a Igreja vive o mistério de Cristo.

Algumas solenidades são celebradas no Domingo, por exemplo: São Pedro e São Paulo, Assunção de Nossa Senhora, Todos os Santos. As festas referentes à pessoa de Jesus são celebradas no Domingo e também a comemoração dos mortos (finados) (2 de novembro).

Os meses temáticos do Ano Litúrgico não fazem parte do calendário e nunca suas celebrações sobrepõem àquelas contidas no Domingo. Os meses Vocacional, da Bíblia, das Missões, a Campanha da Fraternidade e outras comemorações ajudam na madura adaptação e criatividade nas celebrações, mas nunca são superiores à mística da liturgia dominical.

Fonte: www.docemaededesu.com

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